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Metal raro que valorizou mais de 260% e vale quase 20 vezes mais que ouro está em extinção e causando pânico na indústria devido às suas propriedades únicas

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 26/06/2024 às 00:48
Ródio desbanca ouro, prata e platina: o metal precioso mais caro do mundo, valendo 17 vezes mais que ouro e vendido por US$ 29.800 a onça!
Foto: Ródio – mais valioso que ouro/Midjourney

Imagine um metal tão precioso que seu valor supera em quase vinte vezes o do ouro. Este é o ródio, um elemento raro e essencial para diversas indústrias, que enfrenta uma alarmante escassez.

Atualmente cotado a US$29.800 por onça (aproximadamente R$142.900, considerando a cotação de junho de 2024), o ródio é vital para o setor automotivo, onde é utilizado em catalisadores para reduzir emissões nocivas. A crise de oferta deste metal levanta preocupações significativas sobre o futuro de muitas tecnologias.

Ródio e suas Utilidades: Uma Joia da Indústria Automotiva

O ródio se destaca por suas propriedades químicas únicas, sendo extremamente eficaz na neutralização de gases poluentes emitidos pelos veículos.

Graças ao ródio, os catalisadores automotivos conseguem transformar gases tóxicos em substâncias menos prejudiciais ao meio ambiente. Este uso crítico faz do ródio um componente indispensável, especialmente em tempos de crescente rigor nas regulamentações ambientais.

Onde é Encontrado: Um Subproduto Valioso

A produção de ródio é complexa e limitada. Principalmente extraído como subproduto da mineração de platina na África do Sul e de níquel na Rússia, o ródio enfrenta uma oferta restrita.

A África do Sul é responsável por aproximadamente 80% da produção global de ródio, tornando-se um país-chave no mercado deste metal precioso. No entanto, a produção sul-africana tem sofrido com desafios como greves, instabilidade política e custos elevados, impactando a oferta global.

A Montanha-Russa dos Preços do Ródio

Historicamente, os preços do ródio têm mostrado uma volatilidade extrema. De acordo com especialistas, o ródio atingiu seu pico em 2022, sendo vendido por US$29.800 (aproximadamente R$142.900) por onça, um aumento expressivo comparado aos US$639 (aproximadamente R$3.065) registrados em 2016.

Esta flutuação reflete as incertezas do mercado e a dificuldade em manter um suprimento constante. Os investidores observam de perto, conscientes de que as regulamentações ambientais e a demanda industrial podem provocar novas altas nos preços.

Impacto no Brasil: Explorando o Potencial

No Brasil, a mineração de ródio ainda está em fase inicial, mas o país possui potencial para explorar este mercado. Conforme estudos geológicos, há indícios de depósitos de platina e níquel que poderiam, eventualmente, incluir ródio como subproduto.

O desenvolvimento desta exploração poderia representar uma nova fonte de receitas para a indústria mineral brasileira, além de contribuir para a oferta global do metal.

Desafios e Perspectivas Futuras

A escassez de ródio não apenas gera volatilidade nos preços, mas também pressiona a busca por alternativas.

De acordo com especialistas, a reciclagem de catalisadores usados é uma das soluções mais promissoras, reduzindo a dependência de novas extrações. No entanto, ainda conforme esses especialistas, a viabilidade econômica e técnica da reciclagem ainda enfrenta obstáculos significativos.

Além disso, pesquisas estão em andamento para desenvolver catalisadores que utilizem menos ródio ou outros materiais. Enquanto isso, a indústria continua a depender fortemente deste metal, especialmente nas áreas automotiva e eletrônica.

Nesse sentido, especialistas avaliam que a crise do ródio ilustra os desafios enfrentados por uma indústria dependente de materiais raros e difíceis de extrair. Com preços flutuantes e oferta limitada, o futuro do ródio permanece incerto, mas sua importância estratégica é inegável.

Por conta disso, investidores, cientistas e indústrias observam atentamente as próximas etapas na saga deste metal precioso, conscientes de que suas propriedades únicas são insubstituíveis no atual cenário tecnológico e ambiental.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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