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Metal mais caro do mundo não é o ouro e nem a platina

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 28/05/2025 às 00:30
Ródio: o metal mais caro do mundo (comercial)? 💰 Frequentemente supera ouro/platina!
Ródio: o metal mais caro do mundo (comercial)? 💰 Frequentemente supera ouro/platina!

Esqueça o ouro ou a platina. O título de metal mais caro do mundo comercialmente viável frequentemente pertence ao ródio, um metal raro usado em catalisadores automotivos e conhecido por sua extrema volatilidade de preço.

Quando se pensa no metal mais caro do mundo, o ouro e a platina são os primeiros que vêm à mente. No entanto, um metal menos conhecido pelo grande público, o ródio, frequentemente ostenta esse título, atingindo valores que superam em muito os dos seus primos mais famosos. Essa proeminência é impulsionada por seu uso crucial na indústria automotiva.

A percepção comum elege o ouro e a platina como os metais de maior valor. Contudo, o ródio frequentemente se destaca como o metal precioso comercializável mais caro, uma realidade que surpreende muitos. Seu papel insubstituível em catalisadores automotivos é a principal razão, mas sua raridade e a complexidade de sua extração também contribuem para essa valorização e para um mercado volátil.

O que é o ródio e por que seu preço atinge patamares tão elevados no cenário internacional?

O ródio é um metal do grupo da platina, caracterizado por ser raro, duro, de cor branco-prateada, com brilho intenso e excepcional resistência à corrosão e oxidação – ele normalmente não forma óxido. Seu valor elevado deriva principalmente de sua função crítica e, até o momento, insubstituível em catalisadores automotivos de três vias, onde é essencial para reduzir as emissões de óxidos de nitrogênio (NOx) em veículos a gasolina.

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Embora seu mercado seja menor e menos líquido que o do ouro, o ródio é considerado “comercialmente viável” devido a essa demanda industrial essencial, que responde por 80-85% de seu consumo.

Ródio vs. Ouro vs. Platinauma, análise comparativa de preços atuais (maio de 2025) e do histórico de cotações

Metal mais caro do mundo não é o ouro e nem a platina

No final de maio de 2025, o ródio confirmava sua posição de metal mais valioso entre os três. O preço do ródio variava entre aproximadamente $166,54 e $186,48 por grama, enquanto o ouro era negociado entre $102,88 e $107,70 por grama, e a platina entre $31,19 e $35,36 por grama.

Historicamente, o ródio é notório por sua extrema volatilidade. Atingiu um pico dramático de cerca de $29.800 por onça troy em março de 2021, contrastando com valores em torno de $600-$800 por onça entre 2016-2017. Após 2021, sofreu correções significativas.

O ouro, por sua vez, teve uma trajetória ascendente mais gradual, e a platina frequentemente ficou atrás do ouro em anos recentes. Entre 2019 e 2022, o ródio consistentemente superou $10.000 por onça, enquanto ouro e platina negociavam em patamares muito inferiores.

Entendendo a oferta, demanda e da acentuada volatilidade

A posição singular do ródio é moldada por fatores específicos. Sua oferta é limitada pela raridade geológica (0,0002 partes por milhão na crosta terrestre) e por ser quase exclusivamente um subproduto da mineração de platina e níquel, com cerca de 80% da produção global concentrada na África do Sul. Isso torna a oferta inelástica e vulnerável a interrupções.

A demanda é esmagadoramente dominada pelo setor automotivo (80-90%), impulsionada por regulamentações ambientais globais cada vez mais rigorosas para controle de emissões de NOx. O mercado de ródio é menor, menos líquido e com demanda de investimento limitada em comparação com o ouro, o que amplifica as oscilações de preço. A reciclagem de catalisadores automotivos é uma fonte crescente de oferta secundária.

Outras aplicações industriais do ródio e as perspectivas futuras para este valioso e volátil metal precioso

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Apesar do domínio automotivo, o ródio tem outras aplicações importantes. Na indústria química, é usado como catalisador na produção de ácido nítrico e ácido acético. Em eletrônicos, é utilizado em contatos elétricos devido à sua baixa resistência e alta resistência à corrosão, e em termopares para medição de altas temperaturas. Na joalheria, é amplamente usado para banhar ouro branco e prata, conferindo brilho e resistência.

O futuro do ródio é complexo. A transição para veículos elétricos a bateria (BEVs), que não utilizam catalisadores, representa a maior ameaça de longo prazo à sua demanda. Esforços para reduzir a quantidade de ródio por catalisador (“thrifting”) e desenvolver alternativas também podem modular a demanda. No entanto, enquanto veículos a combustão interna com rigorosos controles de emissão continuarem a ser produzidos, a demanda por ródio deve permanecer robusta a curto e médio prazo.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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