Prefeitos de Arapongas e Londrina se unem para investir R$ 12 milhões em nova rota asfaltada, criando alternativa prática ao pedágio na região norte do Paraná.
As cidades de Arapongas e Londrina, localizadas no norte do Paraná, deram um passo estratégico para oferecer aos motoristas uma nova alternativa de trajeto, sem a necessidade de passar pelos tradicionais pedágios.
As prefeituras firmaram, em 20 de junho de 2025, um acordo para pavimentar um trecho de 17 quilômetros, integrando a Estrada do Araguari e a Estrada Santa Maria.
A iniciativa, que exigirá um investimento conjunto de R$ 12 milhões, surge no contexto da retomada das cobranças de pedágio na região, motivando a busca por rotas mais econômicas para a população.
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Pavimentação das estradas: detalhes do projeto
O projeto de pavimentação contempla dois trechos distintos.
O primeiro, denominado Estrada do Araguari, pertence ao município de Arapongas e tem extensão de 12 quilômetros.
Esse segmento receberá um aporte de R$ 7 milhões, destinados à aplicação de Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), uma tecnologia de asfalto reconhecida por sua durabilidade.
Já o segundo trecho, composto pela Estrada Santa Maria e pela Estrada do Ponto Mineiro, está sob responsabilidade da Prefeitura de Londrina e compreende 5 quilômetros que atualmente ainda são de terra batida.
Para esse segmento, está previsto o investimento de R$ 5 milhões para execução das obras de pavimentação.
Parceria entre municípios viabiliza rota alternativa ao pedágio
O compromisso entre as prefeituras foi oficializado em cerimônia que contou com a presença de Sérgio Onofre, superintendente Geral de Apoio aos Municípios do Paraná.
Ele foi o responsável por intermediar a liberação dos recursos estaduais necessários para viabilizar o projeto.
“Trata-se de uma obra que não apenas liga Arapongas a Londrina, mas também estabelece uma conexão estratégica com Apucarana, Cambé, Rolândia e diversas cidades vizinhas.
Toda a região do norte do Paraná tende a ser beneficiada com a integração dessas rotas”, explicou Onofre durante o anúncio.
Benefícios econômicos e sociais para moradores e motoristas
Segundo as administrações municipais, o principal objetivo é oferecer uma alternativa que permita reduzir custos para quem circula entre Arapongas, Londrina e cidades próximas, especialmente diante da iminente reativação das praças de pedágio.
O tema do pedágio voltou a ganhar destaque após o anúncio da retomada das concessões rodoviárias, trazendo preocupação para motoristas, produtores rurais, estudantes, empresários e demais usuários das rodovias estaduais.
De acordo com o prefeito de Arapongas, Rafael Cita, o início das obras ainda depende de um cronograma que está em fase de elaboração.
Ele ressaltou que a liberação dos recursos e os trâmites legais exigem planejamento detalhado para garantir a execução do projeto dentro dos padrões de qualidade estabelecidos.
“A pavimentação dessas estradas representa um avanço importante na mobilidade e na economia local.
Vamos trabalhar para iniciar os serviços o mais breve possível, respeitando todas as etapas previstas”, afirmou Cita.
Caminhos da Integração: plano amplia acesso sem cobrança de pedágio
Em Londrina, o projeto integra o plano Caminhos da Integração, uma iniciativa que busca aproximar os principais municípios do norte do Paraná.
Conforme destacou o prefeito Tiago Amaral, a proposta é facilitar a locomoção de trabalhadores, estudantes, produtores rurais e visitantes, oferecendo mais agilidade e segurança no deslocamento.
“Os desafios de mobilidade entre as cidades são antigos, e nossa meta é justamente ampliar as possibilidades de acesso para toda a região”, pontuou Amaral, reforçando o impacto positivo da pavimentação para diferentes setores econômicos.
Impactos esperados no tráfego e na economia regional
A implementação das obras deve promover, ainda, benefícios indiretos, como o incentivo ao escoamento da produção agrícola e industrial, o fortalecimento do turismo regional e a valorização dos imóveis lindeiros às novas vias asfaltadas.
A expectativa é que, com o asfaltamento, o fluxo de veículos aumente significativamente, proporcionando economia de tempo e dinheiro para motoristas que, até então, precisavam passar pelas praças de pedágio para acessar o principal corredor rodoviário da região.
Segundo dados da Associação dos Municípios do Norte do Paraná (Amunop), cerca de 80 mil veículos circulam mensalmente entre Londrina e Arapongas, número que tende a crescer com a disponibilização de rotas alternativas livres de pedágio.
A iniciativa das prefeituras visa, portanto, atender uma demanda latente da população e estimular o desenvolvimento econômico local, com a expectativa de atrair novos investimentos e melhorar a competitividade das empresas instaladas na região.
Tecnologia e desafios para a pavimentação de trajeto sem pedágio
Outro aspecto relevante do projeto é a escolha do CBUQ para o revestimento asfáltico, tecnologia que proporciona maior durabilidade à pavimentação e menor necessidade de manutenção frequente.
Isso representa não apenas economia a médio e longo prazo, mas também menos transtornos para os usuários no futuro.
Vale ressaltar que, apesar do entusiasmo das administrações, a execução das obras depende de fatores como condições climáticas, processos licitatórios e liberação de licenças ambientais.
As prefeituras de Arapongas e Londrina informaram que todas as etapas seguirão rigorosamente as exigências legais e técnicas, priorizando a segurança e o bem-estar dos moradores.
Cooperação regional e futuro das rotas alternativas ao pedágio
Com a pavimentação das estradas Araguari e Santa Maria, o acesso entre os municípios tende a ser facilitado, criando uma alternativa eficiente e econômica diante do retorno da cobrança de pedágio.
A ação conjunta das prefeituras também reforça a importância da cooperação regional para enfrentar desafios históricos da mobilidade no Paraná.
Diante desse cenário, fica o questionamento: a criação de rotas alternativas e a união de municípios para driblar o pedágio podem se tornar tendência em outras regiões do Brasil?