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Meta fiscal zero já virou ilusão: TCU aponta déficit bilionário, critica mudanças no IOF e pressiona Haddad a cortar gastos imediatos

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 25/09/2025 às 22:02
TCU alerta que a meta fiscal zero virou ilusão: déficit bilionário, mudanças no IOF e pressão sobre Haddad expõem necessidade urgente de cortes
TCU alerta que a meta fiscal zero virou ilusão: déficit bilionário, mudanças no IOF e pressão sobre Haddad expõem necessidade urgente de cortes
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A busca pela chamada meta fiscal zero, promessa central do Ministério da Fazenda em 2025, perdeu fôlego. Segundo relatório do TCU divulgado nesta quarta-feira (24), o resultado primário projetado para o segundo bimestre chegou a um déficit de R$ 97 bilhões, número bem acima da tolerância prevista na LDO.

Após compensações judiciais, o déficit recuou para R$ 51,7 bilhões, mas ainda assim ultrapassa o limite aceito pela lei. A CNN destacou que o tribunal vê a estratégia do governo como arriscada e incompatível com a responsabilidade fiscal, reforçando a necessidade de cortes imediatos de gastos e maior estabilidade no planejamento tributário.

O alerta do TCU sobre a meta fiscal

O Tribunal de Contas da União já havia feito advertências semelhantes em 2024 e junho deste ano. Agora, reforça que perseguir apenas a margem inferior da meta fiscal é um desvio em relação ao equilíbrio exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Na prática, o governo mira um déficit tolerado em vez do equilíbrio zero prometido.

Para os ministros, essa prática reduz a transparência da gestão e pode abrir espaço para manobras fiscais. O relatório foi encaminhado ao Congresso e ao Executivo como forma de pressionar por medidas de contenção, previstas no artigo 9º da LRF.

Receita frustrada e gastos em alta

De acordo com a CNN, um dos principais fatores do desequilíbrio é a queda na arrecadação administrada pela Receita Federal.

A projeção de aumento de R$ 22 bilhões no IOF foi revisada para R$ 12 bilhões e, mesmo assim, pode estar superestimada.

A instabilidade nas regras — três decretos em apenas um mês e meio — gerou disputas no STF e no Congresso, prejudicando a credibilidade das medidas.

Do lado das despesas, houve aumento de R$ 25,8 bilhões em relação à LOA, puxado principalmente por benefícios previdenciários, que cresceram R$ 16,6 bilhões.

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) também pressiona as contas, com alta de 12,9% acima da inflação no período analisado.

Pressão sobre Haddad e o governo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, agora enfrenta uma equação complicada. De um lado, há promessas de ampliar isenções e programas sociais; do outro, a exigência de cortar despesas já neste exercício.

O TCU avalia que a redução de R$ 10,5 bilhões em gastos discricionários ameaça a manutenção da máquina pública, enquanto o espaço fiscal continua cada vez mais apertado.

Para o tribunal, só será possível recuperar a credibilidade com medidas imediatas de contenção, revisão de incentivos e clareza na política tributária.

A sucessão de alterações no IOF sem estudos de impacto é vista como um sinal de improviso.

O que está em jogo para o Brasil

A meta fiscal zero, considerada âncora da política econômica em 2025, é um elemento-chave para investidores e para o mercado de crédito internacional.

Ao demonstrar fragilidade, o governo pode enfrentar maior dificuldade para financiar a dívida e atrair capital estrangeiro.

A percepção de risco fiscal, segundo especialistas ouvidos pela CNN, tende a aumentar se não houver um plano crível de ajuste.

Além disso, a insistência em adiar cortes pode agravar a pressão sobre programas sociais e investimentos essenciais, criando um dilema entre ajuste fiscal e manutenção de políticas públicas.

O diagnóstico do TCU reforça que a meta fiscal zero já não é realista sem cortes imediatos de gastos e maior previsibilidade nas regras tributárias.

Mais do que números, o debate envolve a confiança na gestão pública e a capacidade do governo de equilibrar responsabilidade fiscal e demandas sociais.

Você acredita que o governo conseguirá cumprir a meta fiscal ainda em 2025? Ou o déficit bilionário e as mudanças constantes no IOF já tornaram esse objetivo impossível? Deixe sua opinião nos comentários, queremos ouvir quem acompanha e vive os impactos dessa política no dia a dia.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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