Após tarifas de 50% dos EUA, Xi e Modi retomam voos e prometem cooperação em Tianjin; Xinhua, PTI e Bloomberg citam comércio, fronteira de 3.488 km e avanços
China e Índia deram um passo importante para reduzir a tensão diplomática que marcou os últimos anos. Em encontro realizado em Tianjin, durante a cúpula da Organização para Cooperação de Xangai (OCX), Xi Jinping e Narendra Modi anunciaram a retomada dos voos diretos e reforçaram o compromisso de ampliar a cooperação econômica, mesmo sob pressão das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos.
De acordo com o portal da CNN Brasil, a agência Xinhua, Xi defendeu que as disputas de fronteira não devem definir o relacionamento e que a “escolha correta” é os dois países se enxergarem como parceiros de desenvolvimento, e não como rivais. Modi, por sua vez, declarou que a estabilização recente das relações, após a retirada de tropas em pontos de atrito, permite gestos concretos de aproximação.
Uma relação marcada por fronteiras e comércio
China e Índia compartilham uma fronteira disputada de 3.488 km, palco do pior confronto militar em décadas em junho de 2020. O tema ainda gera tensão, mas as duas potências sinalizaram disposição de avançar em negociações para demarcação, segundo a Bloomberg News.
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No campo econômico, os líderes destacaram a necessidade de expandir o comércio bilateral e reduzir o déficit comercial, que pesa contra a Índia. Para Nova Délhi, diversificar parcerias é estratégico diante das tarifas americanas, que atingem exportadores indianos que venderam US$ 87 bilhões aos EUA apenas no ano passado.
O impacto das tarifas dos EUA
A decisão de Washington de taxar em 50% produtos indianos como retaliação às compras de petróleo russo ampliou a pressão sobre Modi. O governo indiano classificou a medida como injusta e busca compensar o choque fortalecendo laços com a China e outros parceiros da Ásia. Para o Brasil, o recado é claro: a guerra comercial dos EUA acelera movimentos de reorganização nas cadeias globais de comércio.
O simbolismo dos voos diretos
O anúncio da retomada dos voos diretos entre os dois países vai além da logística. É um gesto prático de reaproximação, que indica intenção de ampliar o intercâmbio entre pessoas, empresas e governos. A última visita de Modi à China havia ocorrido há sete anos, e desta vez incluiu encontros com aliados próximos de Xi no alto escalão do Partido Comunista Chinês.
O encontro em Tianjin mostrou que, mesmo com disputas históricas e pressões externas, China e Índia preferem adotar medidas práticas de cooperação em comércio, transporte e diplomacia. O gesto pode abrir caminho para reduzir a tensão regional sem eliminar os contenciosos.
E você, acredita que a retomada de voos e a promessa de cooperação são suficientes para mudar a relação entre China e Índia? Deixe sua opinião nos comentários — queremos saber como você vê esse movimento entre as duas maiores potências da Ásia.
Desde que ambos tenha uma relação sadia e ao mesmo tempo sirva de retaliação aos Estados Unidos, todo esforço é válido. Nenhuma nação deve viver prostrada ao imperialismo americano, a América tem de limitar-se de suas fronteiras e parar de se meter na soberania dia demais.
Eu acho que não! Tudo é geopolítica.
Não china é aproveitadora