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Mesmo com renda abaixo de 60 mil dólares por ano, famílias americanas compram casas completas com ar condicionado, eletrodomésticos e conforto impensável no Brasil

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 15/10/2025 às 22:40
Mesmo com renda abaixo de 60 mil dólares, famílias americanas compram casa equipada com ar-condicionado e eletrodomésticos completos.
Mesmo com renda abaixo de 60 mil dólares, famílias americanas compram casa equipada com ar-condicionado e eletrodomésticos completos.
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Mesmo com renda anual menor de 60 mil dólares, famílias americanas acessam moradia com ar-condicionado central, cozinha completa e eletrodomésticos, graças a crédito farto, prazos longos e padrão construtivo que já entrega a casa pronta para morar

A realidade das famílias americanas contrasta com a experiência de boa parte dos brasileiros: mesmo com renda anual abaixo de 60 mil dólares, é possível comprar casa ou alugar imóvel já equipado com ar-condicionado central, geladeira, fogão, micro-ondas, aquecedor de água, máquina de lavar e secar. Em muitos estados, esse “kit básico” vem de fábrica, reduz o gasto inicial de quem está começando e garante conforto imediato.

Ao combinar juros historicamente mais baixos que os praticados no Brasil, prazos longos e programas de compra para primeira moradia, as famílias americanas acessam bairros com serviços públicos integrados, escolas no mesmo CEP e infraestrutura padronizada. O resultado é um patamar de conforto considerado impensável para faixas de renda semelhantes no Brasil.

O que já vem na casa: conforto como padrão

Conforme relata o advogado Davi Aragão, que mora no país norte-americano, nos Estados Unidos, a casa típica é entregue com ar-condicionado central e dutos instalados, aquecimento para o inverno e refrigeração para o verão.

Cozinha montada com geladeira, fogão e micro-ondas é prática corrente, assim como aquecedor de água central que abastece chuveiros e torneiras de todo o imóvel.

Além do trio de cozinha, é comum encontrar máquina de lavar louça, máquina de lavar roupa e secadora.

Para quem compra imóvel novo, construtoras já entregam tudo funcionando. Para quem aluga, o pacote costuma vir incluído no contrato.

Isso permite que a família mude “com o colchão” e more desde o primeiro dia.

Financiamento que cabe no bolso

O sistema de mortgage americano consolidou prazos longos e taxas de juros geralmente menores que as brasileiras, o que derruba o valor da parcela e amplia a elegibilidade.

Na prática, com histórico de crédito responsável, as famílias americanas acessam prestações compatíveis com a renda, sem necessidade de reformas caras logo de saída.

Outro diferencial é a entrada reduzida.

Dependendo do perfil de crédito e do programa adotado, é viável começar com 10% de down payment, 5% e, em alguns casos específicos, cobrir apenas custos do financiamento.

Esse desenho financeiro acelera a transição do aluguel para a casa própria.

Primeira casa e subsídios: quem está começando

Programas estaduais e locais de affordable housing ajudam casais jovens e compradores de primeira moradia com subsídios, seguros e condições especiais.

Em mercados fora dos grandes centros, é possível encontrar casas na faixa dos 150 mil a 180 mil dólares, mantendo o padrão de conforto que inclui climatização e eletrodomésticos.

Esses mecanismos diminuem a barreira de entrada e estabilizam o orçamento doméstico, já que a família não precisa desembolsar de imediato por equipamentos caros.

Para rendas menores, a previsibilidade é o que sustenta o sonho da casa própria.

Aluguel também entrega o “pacote completo”

Quem ainda não compra recorre ao aluguel sem abrir mão de conforto. Apartamentos e casas de aluguel costumam vir com cozinha equipada, ar central e aquecedor.

Assim, mesmo em faixas de renda mais baixas, as famílias americanas preservam padrão de vida com climatização e conveniências do dia a dia.

No cotidiano, a troca de eletrodomésticos também é facilitada por varejo competitivo e planos de parcelamento das próprias lojas.

Geladeiras duplex abaixo de mil dólares em promoções sazonais mostram por que renovar itens grandes é mais simples do que no Brasil.

Tamanho, urbanismo e o efeito do CEP

Fora de áreas superdensas como Manhattan, o padrão é morar em casa. Single-family homes dominam o interior e as cidades médias, com oferta de espaço maior que a média brasileira.

Mesmo unidades compactas superam facilmente 50 metros quadrados. Em condomínios e bairros planejados, escolas públicas, bombeiros e outros serviços são financiados pelo imposto local atrelado ao imóvel.

Essa integração cria equidade de acesso à infraestrutura entre bairros mais caros e mais baratos, guardadas as diferenças de localização e tamanho.

O CEP orienta serviços e facilita a vida de quem está começando sem perder qualidade básica.

Limites e exceções que importam

Há restrições reais. Mercados caros e densos elevam preços e apertam metragens, e oferta de imóveis acessíveis varia por região.

Taxas de juros oscilam ao sabor do ciclo econômico, e o crédito depende de score e histórico de pagamentos.

Ainda assim, o desenho institucional favorece o essencial: prazos longos, padrão construtivo completo e varejo acessível.

Isso explica por que famílias americanas com renda abaixo de 60 mil dólares alcançam conforto estável com mais rapidez.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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