A Bahia está avançando no mercado de hidrogênio verde com mais de 10 assinaturas em memorandos de entendimentos. A estimativa é gerar milhares de empregos para os moradores da região e acelerar a transição energética.
Nesta quarta-feira (14), Memorandos de Entendimentos entre Reitores e representantes de 10 Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) foram assinados. Entre os presentes no evento estavam André Joazeiro, secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e Roberto Fortuna, secretário executivo da Comissão Especial do Plano Estadual para a Economia de Hidrogênio Verde. As instituições visam apoiar o desenvolvimento de inovações tecnológicas, aprimoramento de processos industriais, formação de novos pesquisadores no âmbito das universidades e das empresas, gerando milhares de empregos. As assinaturas aconteceram no auditório da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB).
Memorandos fortalecerão a economia de hidrogênio verde
André Joazeiro, secretário da Secti, ressalta que esse investimento energético na Bahia é essencial para o crescimento econômico do estado nos próximos anos. O Hidrogênio Verde é o combustível do futuro e não será diferente para a Bahia e a indústria do estado.
O desenvolvimento dessa tecnologia com baixo custo visa dinamizar de novo a indústria, gerando empregos, e promovendo uma transformação energética no parque industrial, além de dinamizar, em termos de receita e de produção, vendas para o exterior. É um projeto que, atualmente, se trada do mais estratégico que existe para a indústria e desenvolvimento da Bahia.
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Já segundo o secretário executivo da comissão, Fortuna, a relação das universidades com o governo e com as empresas são essenciais para aprimorar a economia para Hidrogênio Verde a partir de inovação, qualificações de pessoas e desenvolvimento de processos. Esse apoio faz com que a economia de Hidrogênio Verde se fortaleça, seja sustentável e competitiva, se implantando com toda a qualidade, estruturação e competitividade necessária para ter duração a longo prazo.
Por meio desses memorandos, será possível articular e atender com as devidas e necessárias soluções para os problemas, os percalços e todas as necessidades das empresas que se implantarem na Bahia para se desenvolver seus projetos de Hidrogênio Verde e derivados.
Plano Estadual para Economia de Hidrogênio Verde
Para a coordenadora de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFBA, Olívia Oliveira, o protocolo une as instituições. Segundo o pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa do Senai/Cimatec, a assinatura desse acordo, ao lado do Governo da Bahia, coloca todas as universidades em um pé de igualdade para seguir passos rumo ao futuro.
Na era da descarbonização, este combustível é a questão do futuro e são diversos desafios para chegar nele, mas o estado possui todas as peças para ser uma das pioneiras do país, tendo em vista os desafios passados.
O governo da Bahia lançou o Plano Estadual para Economia de Hidrogênio Verde (H2V), instituído pelo Decreto nº 21.200 de 2 de março de 2022. A Comissão Especial é composta por representantes das Secretarias de Desenvolvimento Econômico, que preside e exerce a função Secti, Secretaria Executiva de Infraestrutura (Seinfra), do Meio Ambiente (Sema), Inema.
A Comissão tem como base quatro Subcomissões, a de Desenvolvimento de Mercado, liderada pela SDE, de Meio Ambiente e Sustentabilidade, liderada pela Sema, Tecnologia e Inovação, liderada pela Secti e a de Infraestrutura, liderada pela Seinfra.
Estado receberá investimentos milionários
O Polo de Camaçari, no estado da Bahia, conta com um projeto em desenvolvimento da Unigel para instalar uma unidade de hidrogênio verde, com a projeção de começar as atividades já no próximo ano, gerando milhares de empregos.
O investimento estimado no empreendimento gira em torno de US$ 120 milhões de dólares, com o intuito de gerar uma capacidade de produção de 10 toneladas anuais. Segundo Paulo Guimarães, superintendente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia, o foco é suprir a demanda do mercado interno e, ao mesmo tempo a demanda do mercado externo, caso haja.