Explosão nas vendas na China! BYD perde força, Geely sobe 62% e Xiaomi quebra recordes no mercado automotivo.
O mercado automotivo da China voltou a surpreender em setembro de 2025.
O país, maior consumidor mundial de carros novos, registrou um recorde histórico de vendas, com 3,22 milhões de veículos comercializados — um salto de 14,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
O dado, divulgado pela CAAM (Associação de Fabricantes da China), marca o oitavo mês consecutivo de crescimento e reforça o poder de consumo da indústria automobilística chinesa.
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No acumulado do ano, o desempenho também impressiona: 24,33 milhões de carros vendidos, crescimento de 12,8% sobre 2024. Esse ritmo acelerado coloca a China ainda mais à frente na corrida global por eficiência, inovação e custo-benefício.
BYD mantém liderança, mas sente a pressão
Apesar de manter o topo do ranking pelo oitavo mês consecutivo, a BYD teve um tombo de 15,5% nas vendas, totalizando 313 mil unidades.
O recuo foi o maior entre as dez primeiras colocadas. Mesmo assim, a empresa segue com ampla vantagem sobre as concorrentes, sustentada pela popularidade de seus modelos elétricos e híbridos.
Por outro lado, a disputa pela vice-liderança esquentou. A Geely disparou com 186,3 mil unidades vendidas, alta impressionante de 62,3% — uma das maiores do mercado automotivo chinês em 2025.
O avanço foi impulsionado por sua nova linha de veículos elétricos com excelente custo-benefício, que conquistou a preferência dos consumidores urbanos.
Montadoras estrangeiras perdem terreno
Enquanto as marcas chinesas aceleram, as montadoras tradicionais enfrentam uma curva de desaceleração.
A Volkswagen recuou 14,3%, e a Toyota, 1,6%, mostrando que o apelo das fabricantes locais é cada vez mais forte.
A Mercedes-Benz, por exemplo, teve a maior queda entre as 20 primeiras colocadas, com retração de 18,1%, sinalizando as dificuldades das marcas premium estrangeiras para competir com os novos players locais.
O mercado automotivo da China agora é dominado por empresas que oferecem tecnologia de ponta a preços mais competitivos.
Novas marcas chinesas quebram recordes
A ascensão das fabricantes emergentes chama atenção. A Leapmotor, por exemplo, cresceu 84,6% e registrou seu quinto recorde consecutivo de vendas, chegando a 59,7 mil unidades.
Já a Xiaomi, que recentemente entrou no setor, surpreendeu com 41,9 mil carros vendidos — o melhor resultado desde o lançamento de sua linha automotiva.
A Xpeng, por sua vez, atingiu 36,5 mil unidades, também quebrando recordes pelo segundo mês seguido.
Essas marcas vêm atraindo consumidores com design moderno, tecnologia avançada e alto custo-benefício, consolidando uma nova era para o mercado automotivo chinês.
Modelos mais vendidos: elétricos dominam o ranking
Entre os modelos, o Wuling Hongguang Mini EV voltou ao topo após dois anos, com 51,7 mil unidades vendidas — alta de 78,9% em relação a 2024.
Logo atrás, o Tesla Model Y manteve a vice-liderança, com 51,1 mil unidades, seguido pelo Geely Xingyuan, que completou o pódio com 48 mil veículos.
Outros destaques do mês incluem o BYD Sealion 06, que emplacou seu segundo mês consecutivo no top 10, e o Geely Boyue, que cresceu incríveis 106% em vendas. Já o BYD Yuan Up subiu 62%, reforçando a importância dos SUVs compactos no país.
Em contraste, a BYD amarga um jejum simbólico: já são dez meses sem nenhum modelo da marca no topo do ranking, mostrando que a competição doméstica está mais acirrada do que nunca.
China acelera na corrida global
O desempenho recorde confirma o domínio da China no mercado automotivo mundial. A combinação de inovação tecnológica, incentivos estatais e produção em larga escala criou um ambiente altamente competitivo.
Além disso, os carros elétricos com ótimo custo-benefício tornaram-se o novo padrão de consumo no país.
Enquanto isso, fabricantes estrangeiras lutam para se adaptar à velocidade e à estratégia das empresas chinesas, que dominam não apenas o território nacional, mas começam a mirar mercados na Europa e na América Latina.
Assim, o mês de setembro marca mais do que um recorde: é um retrato da revolução do mercado automotivo na China, onde o futuro dos veículos elétricos está sendo moldado — e as fronteiras entre inovação e tradição estão cada vez mais tênues.



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