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Menor apartamento do Brasil mede 9,8 m² em Curitiba, tem preço inicial de R$ 150 mil, aluguel de R$ 1.200 e condomínio de R$ 400 com internet

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 28/09/2025 às 13:49
Menor apartamento do Brasil mede 9,8 m² em Curitiba: custa R$ 150 mil, aluguel de R$ 1.200 e condomínio de R$ 400 com internet.
Menor apartamento do Brasil mede 9,8 m² em Curitiba: custa R$ 150 mil, aluguel de R$ 1.200 e condomínio de R$ 400 com internet.
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No coração de Curitiba, um microapartamento de apenas 9,8 m² tem chamado a atenção por ser considerado o menor do Brasil. O espaço reduzido não impediu que ele alcançasse alto valor no mercado: o preço inicial é de R$ 150 mil, com aluguel médio de R$ 1.200 mensais. Além disso, o condomínio gira em torno de R$ 400, já incluindo internet, o que reforça o perfil moderno e funcional do empreendimento.

A busca por moradia em grandes centros urbanos do Brasil vem transformando o conceito de apartamento. Hoje, iremos falar do que pode ser o menor apartamento do Brasil.

Com preços elevados, terrenos cada vez mais escassos e uma população que busca praticidade em regiões centrais, surgiram os chamados microapartamentos, que apostam em espaços extreamente reduzidos.

Nesse cenário, dois empreendimentos chamaram atenção nacionalmente: o Vivart, em Curitiba, com unidades de apenas 9,8 m², considerado o menor apartamento do Brasil, e o VN Higienópolis, em São Paulo, que durante anos foi referência por oferecer moradias de 10 m².

Esses dois casos revelam não apenas o limite físico da habitação compacta, mas também o debate sobre qualidade de vida, legislação urbana e o impacto das novas formas de morar em metrópoles cada vez mais congestionadas.

O caso de Curitiba: 9,8 m² no Vivart

Em Curitiba, a construtora Basesul lançou em 2023 o empreendimento Vivart, no bairro Rebouças, com apartamentos de 9,8 m².

O anúncio causou polêmica porque ultrapassou a barreira psicológica dos 10 metros quadrados, algo que já parecia apertado demais.

As unidades são equipadas com cama retrátil, cozinha compacta, banheiro completo e espaço que se transforma em área de estudo ou refeição.

A aposta da construtora é na chamada versatilidade do mobiliário inteligente, um conceito já popular em países como Japão e Hong Kong, onde apartamentos minúsculos são comuns.

Apesar do tamanho reduzido, os imóveis contam com áreas comuns amplas para compensar a limitação privativa.

O Vivart oferece academia, lavanderia compartilhada, espaços de coworking e áreas de convivência, voltados principalmente para jovens profissionais, estudantes e investidores que buscam rentabilidade em locações de curta duração, como o Airbnb.

O preço, por outro lado, não é tão compacto: unidades desse porte foram anunciadas na faixa dos R$ 100 mil a R$ 120 mil, o que representa um valor por metro quadrado extremamente elevado quando comparado a apartamentos maiores na mesma cidade.

No ano passado, uma unidade foi anunciada por R$ 150 mil. Já a locação gira em torno de R$ 1.200 por mês e a taxa de condomínio é de aproximadamente R$ 400.

O pioneiro de São Paulo: 10 m² em Higienópolis

Antes de Curitiba assumir a liderança na “miniaturização”, o título de menor apartamento do Brasil era atribuído ao empreendimento VN Higienópolis, no bairro Santa Cecília, em São Paulo.

O projeto oferecia unidades de 10 m² — ligeiramente maiores que as de Curitiba, mas ainda assim consideradas microapartamentos em qualquer padrão.

Localizado em uma região central e valorizada, o VN Higienópolis foi pensado para atender jovens solteiros, profissionais em trânsito e até mesmo estrangeiros que buscam um ponto de apoio temporário na capital paulista.

Assim como em Curitiba, a solução de design foi explorar móveis multifuncionais, com cama dobrável, prateleiras embutidas, cozinha reduzida e banheiro compacto.

O empreendimento se destacou pela proximidade com universidades, metrô e pela proposta de vida prática, conectada e centralizada.

Na época do lançamento, cada unidade custava em torno de R$ 200 mil, o que equivalia a mais de R$ 20 mil por metro quadrado — um valor considerado altíssimo para padrões nacionais, mas justificado pela localização premium e pelo apelo da novidade no mercado imobiliário.

A lógica dos microapartamentos

O surgimento desses imóveis tão pequenos não é por acaso.

Ele reflete um movimento de urbanização global em que o preço do metro quadrado dispara em áreas nobres e a solução encontrada pelas construtoras é reduzir a metragem privativa para tornar o investimento viável.

Segundo especialistas em urbanismo, esse tipo de projeto atende a um público muito específico:

  • Jovens estudantes que buscam morar perto das universidades.
  • Profissionais solteiros que priorizam a localização em detrimento do espaço.
  • Investidores imobiliários interessados em transformar essas unidades em renda passiva com locações rápidas.

Além disso, os microapartamentos são frequentemente associados a um estilo de vida minimalista, no qual os moradores carregam poucos pertences e priorizam experiências fora de casa, como restaurantes, coworkings e espaços culturais.

Críticas e controvérsias

Apesar de seu apelo, os microapartamentos também geram intensas críticas. Psicólogos e urbanistas alertam para os impactos que morar em espaços tão reduzidos pode causar na saúde mental.

Ambientes apertados e com pouca ventilação podem gerar estresse, ansiedade e sensação de confinamento.

Outro ponto polêmico é a valorização artificial do metro quadrado, que pode tornar esse tipo de imóvel uma aposta arriscada no longo prazo.

Alguns especialistas afirmam que, em vez de solucionar o problema da moradia, os microapartamentos podem aprofundar a exclusão habitacional, já que atendem a um público restrito e não oferecem soluções para famílias ou trabalhadores de baixa renda.

Tendência ou limite?

No Brasil, a legislação de cada município define o tamanho mínimo permitido para um apartamento.

Enquanto em países asiáticos os microapartamentos são uma realidade consolidada, no Brasil a novidade ainda está em fase de experimentação.

Há quem veja nesses empreendimentos uma alternativa moderna, prática e alinhada ao futuro das cidades.

Outros, no entanto, os consideram um exagero de mercado, que compromete a qualidade de vida em nome do lucro.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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