A mega ferrovia teve investimentos surreais de aproximadamente US$ 250 bilhões e une China e países do Oriente Médio
A China e seis dos países mais ricos do Oriente Médio uniram forças em um projeto ambicioso de construção de uma ferrovia que se estende por mais de dois mil quilômetros no deserto. Este projeto, estimado em 250 bilhões de dólares, é uma das obras de engenharia mais ousadas do mundo, de acordo com o vídeo do canal Construction Time.
Construção da linha férrea no deserto do Oriente Médio com a China
Os desafios enfrentados neste projeto do Oriente Médio e China só podem ser comparados ao custo envolvido. Para efeito de comparação, a Grande Muralha da China, com mais de 21.000 km de extensão e construída ao longo de quase dois mil anos, custaria apenas 67 bilhões de dólares nos dias de hoje.
O projeto em conjunto com a China teve início na década de 90, mais especificamente em fevereiro de 1981, quando os líderes do CCG (Conselho de Cooperação do Golfo) se reuniram e formaram uma aliança política e econômica. O CCG é composto por seis países que ganharam muito dinheiro com petróleo e gás natural, tornando suas economias fortemente dependentes do mercado internacional de petróleo.
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O impacto econômico e estrutural da ferrovia do Oriente Médio
No entanto, em 2008 e 2009, os preços do petróleo despencaram devido à grande recessão causada pelo colapso imobiliário nos Estados Unidos, afetando diretamente as economias do CCG. Para reduzir essa dependência do petróleo, foi aprovado em 2009 um projeto ferroviário ambicioso, com o objetivo de ligar todos os seis países membros do CCG.
O projeto foi dividido em duas etapas. A primeira etapa, concluída em 2016, abrangeu 264 km das áreas de Rabi chame e sarrar em Abu Dhabi até o porto de iguais. A segunda etapa, iniciada em 2020, aumentará a rede por mais 605 km, fazendo fronteira com a Arábia Saudita até a costa leste.
Mais sobre a construção da linha férrea
Essa infraestrutura ferroviária do Oriente Médio vai ajudar os países do CCG a diversificar suas economias, permitindo que não sejam mais reféns do petróleo e do gás. Além disso, vai permitir que aproveitem e desenvolvam o grande potencial extrativo de outros recursos naturais, como minério de ferro, ouro, alumínio e prata.
Embora o projeto tenha enfrentado alguns problemas, como a crise diplomática com o Catar e a queda nos preços do petróleo, ele ainda faz parte dos planos dessas nações para se tornarem mais sustentáveis e diversificadas economicamente. Quando estiver em plena operação, a ferrovia deve gerar mais de 80 mil empregos diretos e indiretos.