Com mais de 11 mil m², a mansão de Vicky Safra no Morumbi supera até a Casa Branca e figura entre as maiores residências do mundo, segundo a revista Architectural Digest, que destacou seu luxo e grandiosidade
A mansão Safra, localizada no bairro do Morumbi, Zona Sul de São Paulo, foi classificada pela revista Architectural Digest como a 11ª maior residência do mundo em levantamento publicado ano passado. A pesquisa, que reúne propriedades de luxo e palácios históricos, destacou o tamanho e a grandiosidade do imóvel pertencente à família Safra.
A mansão safra supera até a Casa Branca
Com mais de 11 mil metros quadrados de área construída, a residência ultrapassa em tamanho a Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos, que aparece em 12º lugar.
O imóvel só fica atrás de construções icônicas como o Palácio de Buckingham, em Londres, e o Palácio de Versalhes, nos arredores de Paris, que ocupam a sétima e oitava posições do ranking.
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A mansão pertence a Vicky Safra, viúva do banqueiro Joseph Safra, fundador do Banco Safra e um dos nomes mais influentes do setor financeiro mundial.
A incrível mansão safra: palácio no Morumbi
Construída em 1995, a residência foi inspirada no Palácio de Versalhes e nos antigos palácios romanos. O projeto é assinado pelo arquiteto francês Alain Raynaud, com paisagismo de Burle Marx. São mais de 130 cômodos distribuídos em cinco andares, além de heliponto próprio e 9 elevadores.
Pouco se sabe sobre o interior da casa, porque a família sempre manteve discrição em relação à vida privada.
Ainda assim, o imóvel é frequentemente citado por seu luxo e pela extensão do terreno, que se destaca entre as propriedades do Morumbi.
Herança e disputa familiar
Joseph Safra morreu em dezembro de 2020, aos 82 anos, com uma fortuna estimada em R$ 119,08 bilhões, segundo a Forbes.
Libanês naturalizado brasileiro, chegou ao país na década de 1960 para dar continuidade aos negócios iniciados pelo pai, Jacob Safra.
Ao lado do irmão, Moise, foi responsável por consolidar o grupo financeiro que leva o nome da família.
Após sua morte, uma disputa judicial dividiu os herdeiros. O filho Alberto Safra processou a mãe e os irmãos, alegando que sua participação no Safra National Bank havia sido diluída de forma intencional.
O impasse terminou apenas em setembro do ano passado. Em comunicado, a família anunciou um acordo que encerrou todos os processos judiciais e arbitrais em andamento, sem divulgar valores ou condições financeiras.
Legado
O nome Safra segue entre os mais poderosos do setor bancário global. A mansão, símbolo máximo da trajetória da família, mantém-se como um dos ícones arquitetônicos mais imponentes do Brasil.
Com informações de G1.
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A família Safra ergueu em 1996 a maior mansão da cidade de São Paulo. Inspirada no Palácio de Versalhes, a construção conta com 130 cômodos, cinco andares e quase 11 mil metros quadrados. Localizada no Morumbi, a residência é considerada a 11ª maior do mundo.
No mesmo ano, outras 28 mansões foram concluídas na capital. Esse movimento fazia parte de uma fase de grandes investimentos de milionários e celebridades na cidade, que apostavam em palácios urbanos como símbolo máximo de status.
Levantamento da prefeitura
Um levantamento feito pelo Metrópoles nos registros de IPTU da Prefeitura mostra como essa realidade mudou.
A base de dados classifica as residências de luxo como padrão F, a categoria mais alta. Essas construções têm, em média, 1.000 m² de área construída.
O estudo revela que os anos 1970 foram o período de maior efervescência, com 447 mansões erguidas. Nos anos 1980, foram 463, seguidos por 334 na década de 1990.
A partir dos anos 2000, o ritmo diminuiu: 375 construções, caindo para 281 na década de 2010. Já nos anos 2020, a queda é drástica: apenas 47.
A mais recente mansão construída em São Paulo fica no Jardim Paulistano. O imóvel tem quatro suítes, oito vagas de garagem e piscina. Com mais de 1.500 m² de área, foi avaliado em R$ 57 milhões.
No total, a cidade possui 2.040 residências horizontais consideradas de alto luxo. Mais de 95% delas têm mais de 710 m², reforçando o perfil grandioso dessas construções.
Fuga dos ricaços
Apesar de São Paulo ser a maior metrópole do país, a construção de mansões perdeu espaço para condomínios fechados em outras cidades.
Alphaville, em Barueri e Santana de Parnaíba, tornou-se um polo de atração, abrigando artistas e influenciadores.
Porto Feliz também despontou como destino preferido, com a Fazenda Boa Vista atraindo empresários e celebridades.
O residencial Tamboré, conhecido como “Beverly Hills paulista”, é lar de famosos como Simone Mendes, Deolane Bezerra, Carlinhos Maia e Fiuk.
O espaço reúne até um castelo árabe com 13 torres, símbolo da ostentação de novos ricos fora da capital.
Urbanismo e verticalização
A urbanista Lucila Lacreta explica que a pressão do mercado imobiliário e o alto valor dos terrenos estimulam a verticalização.
Em bairros sem restrições, construtoras preferem erguer prédios de 50 andares em vez de casarões.
Para Lucila, os bairros exclusivamente residenciais, como os Jardins, ajudam a conter os impactos da verticalização desenfreada.
Já outros urbanistas defendem o adensamento dessas áreas, argumentando que muitos terrenos estão subaproveitados em regiões com infraestrutura completa.
Mansões abandonadas
Nem todas as construções luxuosas resistiram ao tempo. O caso mais emblemático é a mansão do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, no Morumbi. Segunda maior da cidade, a residência se deteriorou e acabou leiloada após anos de abandono.
Esse tipo de situação reforça como o modelo de viver em palácios urbanos perdeu força diante de mudanças sociais e de segurança.
Sai a mansão, entre apartamentos de luxo
Enquanto as mansões se tornaram raras, os apartamentos de luxo ganharam espaço. Dados da prefeitura mostram que, apenas em 2023, foram construídos 460 apartamentos padrão F, o maior número desde 2011.
Figuras conhecidas também migraram para o alto. O apresentador Fausto Silva vendeu em 2019 sua mansão no Jardim Guedala, de 3.716 m², para viver em uma cobertura de R$ 120 milhões.
Já o ex-governador João Doria continua em sua mansão no Jardim Europa, com campo de futebol e mais de 3 mil m² de área construída.
Raízes históricas
As primeiras mansões paulistanas remontam à elite cafeeira. Muitas estavam nos Campos Elíseos, bairro central hoje degradado.
Algumas sobreviveram, como a Casa da Don’Anna, projetada por Ramos de Azevedo e construída entre 1912 e 1914.
Na avenida Paulista, casarões da elite industrial também tiveram destino semelhante. A mansão da família Matarazzo, por exemplo, chegou a virar estacionamento antes de ser demolida.
O cadastro do IPTU aponta ainda que as construções de luxo, antes concentradas nos Jardins América e Europa, passaram a se espalhar a partir dos anos 1970.
Hoje, Morumbi, Cidade Jardim e outros bairros concentram os maiores imóveis.
Além da verticalização, outros fatores explicam a queda das mansões. Famílias menores, maior preocupação com segurança e a busca por condomínios fechados levaram ricos a repensar onde morar.
Portanto, as mansões em São Paulo se tornaram mais exceção do que regra.
Mansão em São Paulo: um ciclo que se fecha
O contraste é evidente: enquanto em 1980 mais de 460 mansões foram erguidas, na década atual não chegam a 50.
Essa virada mostra como a cidade se reinventou. Se antes os ricos erguiam palácios urbanos, agora preferem condomínios afastados ou coberturas luxuosas.
No fim, São Paulo segue sendo palco do luxo. Mas a forma desse luxo mudou de lugar, de tamanho e até de conceito.
Com informações de Metrópoles.