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Mega fábrica de fertilizantes será construída no Brasil! A nova unidade terá investimento de R$ 3 BILHÕES e abertura de 800 vagas de emprego no país

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 23/08/2024 às 20:43
Novo investimento de R$ 3 bilhões em fábrica cria 800 vagas de empregos e fortalece a produção nacional de fertilizantes nitrogenados.
Foto: Canva

Novo investimento de R$ 3 bilhões em fábrica cria 800 vagas de empregos e fortalece a produção nacional de fertilizantes nitrogenados.

A cidade de Sapopema, no Paraná, se prepara para receber um empreendimento que promete transformar a economia local e reduzir a dependência do Brasil em relação à importação de fertilizantes. A Paranafert, empresa responsável pelo projeto, anunciou um investimento de R$ 3 bilhões na construção de uma fábrica de fertilizantes nitrogenados. Com capacidade para produzir 520 mil toneladas de fertilizantes por ano, o equivalente a 7% do consumo nacional, a nova unidade visa atender às necessidades do agronegócio e gerar cerca de 800 vagas de empregos diretos na região.

Capacidade de produção e criação de Vagas de Emprego na fábrica

A nova fábrica terá uma capacidade de produção anual de aproximadamente 520 mil toneladas de fertilizantes, correspondendo a cerca de 7% do consumo nacional.

Além disso, a unidade também produzirá 13 mil toneladas de enxofre e derivados por ano.

Esse aumento na produção nacional de fertilizantes é considerado um avanço significativo para o agronegócio brasileiro, especialmente em um momento em que o país visa reduzir sua dependência de importações.

Atualmente, o Brasil é o maior importador mundial de fertilizantes, com cerca de 86% das suas necessidades atendidas por outros países.

A alta demanda por fertilizantes, impulsionada pelo agronegócio, torna a nova fábrica em Sapopema ainda mais relevante.

A expectativa é que a produção local contribua para estabilizar o mercado interno e garantir maior segurança no abastecimento de insumos essenciais para a agricultura.

O projeto de construção da fábrica também traz uma importante perspectiva de geração de empregos na região.

A estimativa é que cerca de 800 vagas de emprego diretas sejam criadas durante o processo de instalação e operação da unidade.

Esses empregos representarão uma oportunidade significativa para os moradores de Sapopema e municípios vizinhos, além de contribuir para o desenvolvimento econômico da região.

Cronograma de obras

O cronograma do projeto prevê que a obtenção das licenças ambientais e outras autorizações legais necessárias para a construção da fábrica ocorra dentro de um ano.

Após essa fase, as obras devem ser concluídas em um período adicional de dois anos.

Esse planejamento destaca a importância de um processo eficiente de licenciamento ambiental, que está sendo conduzido pelo Instituto Água e Terra (IAT), com apoio do governo estadual.

Segundo José Luiz Scroccaro, presidente do IAT, as tratativas com a Paranafert já estão em andamento para garantir que todas as exigências ambientais sejam cumpridas.

O órgão solicitou à empresa o Relatório Ambiental Simplificado (RAS), que permitirá uma análise detalhada do impacto ambiental da nova fábrica.

“Estamos aguardando os detalhamentos do projeto para prosseguir com a emissão da licença de instalação”, afirmou Scroccaro.

Sustentabilidade na produção de fertilizantes

A produção de fertilizantes nitrogenados, como a ureia, é fundamental para o crescimento das plantas e, consequentemente, para o aumento da produtividade agrícola.

A ureia, em particular, é amplamente utilizada em todo o mundo como fonte de nitrogênio para culturas agrícolas.

A fábrica em Sapopema utilizará a tecnologia de gaseificação de carvão mineral, uma técnica já empregada em países como China, Índia e África do Sul.

Essa tecnologia é considerada avançada e eficiente, além de permitir um manejo mais sustentável do uso de fertilizantes.

Quando aplicada de maneira adequada, a ureia contribui para o desenvolvimento saudável das plantas, com menos aplicações de insumos e menor impacto ambiental.

O secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza, destacou a importância desse modelo de produção, que, segundo ele, potencializa o uso dos recursos naturais do Paraná e reduz a dependência das importações.

O investimento na fábrica de Sapopema também está alinhado com o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF/2050), aprovado pelo Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert) em 2023.

Esse plano estabelece que a produção nacional de fertilizantes deve ser capaz de atender entre 45% e 50% da demanda nacional até 2050.

Nesse contexto, a nova fábrica no Paraná é vista como um passo estratégico para alcançar essa meta.

Expectativas para o futuro da fábrica

O governador Ratinho Junior enfatizou o impacto positivo que o investimento trará não apenas para Sapopema, mas para todo o Paraná.

Ele destacou que a fábrica auxiliará o estado e o país a dependerem menos de fertilizantes importados, além de impulsionar o desenvolvimento econômico regional.

“Esse é um projeto que traz benefícios para toda a cadeia do agronegócio e para a economia local. Estamos criando oportunidades de emprego e fortalecendo nossa capacidade produtiva”, afirmou o governador.

A reunião também contou com a presença de outras autoridades, como o vice-governador Darci Piana, o secretário estadual do Planejamento, Guto Silva, e os deputados Luísa Canziani e Luiz Claudio Romanelli.

Todos expressaram apoio ao projeto e enfatizaram a importância de garantir um processo de licenciamento ágil e transparente para a instalação da fábrica.

A construção da fábrica de fertilizantes nitrogenados em Sapopema representa um marco para o setor agrícola do Brasil. Com um investimento bilionário, a criação de centenas de vagas de emprego e uma capacidade de produção que atenderá grande parte da demanda nacional, o projeto é visto como um impulso necessário para reduzir a dependência de importações e fortalecer o agronegócio nacional.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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