Agência Nacional de Vigilância Sanitária suspende temporariamente dois medicamentos, incluindo um antibiótico e um anestésico, após relato de contaminação e alteração de cor em lotes fabricados no Brasil
A Anvisa determinou a interdição preventiva de dois medicamentos produzidos no país após identificar possíveis falhas de qualidade em lotes específicos. Um dos casos envolve o achado de um inseto dentro de uma ampola de anestésico, situação que levou à suspensão imediata da distribuição e do uso do produto.
A medida, publicada no Diário Oficial da União, atinge o antibiótico Vancotrate 500 mg, da União Química, e o cloridrato de lidocaína 20 mg/ml, da Hipofarma. Segundo a Anvisa, a interdição é temporária e cautelar, adotada para proteger a população até que sejam concluídas as análises laboratoriais sobre os lotes afetados.
Lotes interditados e riscos avaliados pela Anvisa
O caso mais grave envolve o anestésico cloridrato de lidocaína, utilizado em procedimentos hospitalares e odontológicos, em cujo lote foi encontrado um inseto dentro de uma ampola lacrada.
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O lote afetado tem validade até janeiro de 2027, e toda a sua comercialização e uso foram imediatamente suspensos.
No caso do antibiótico Vancotrate 500 mg, a interdição recai sobre um lote com validade até abril de 2027, que apresentou mudança de coloração após diluição, comportamento diferente do especificado na bula do medicamento.
Alterações físicas são indicativos de possível instabilidade ou contaminação, o que levou a agência a determinar o bloqueio preventivo do produto em todo o território nacional.
Reações das fabricantes e investigações em andamento
A União Química, fabricante do Vancotrate, informou que está investigando as causas da alteração de cor e que cumpre integralmente todas as determinações da Anvisa.
A empresa reforçou que o problema foi identificado em apenas um lote e que as demais unidades permanecem em análise para garantir segurança e estabilidade.
Já a Hipofarma, responsável pelo anestésico, afirmou que não encontrou indícios de contaminação em seus processos internos e relatou que o próprio cliente que fez a denúncia se retratou posteriormente.
Mesmo assim, a Anvisa manteve a interdição por precaução, seguindo o protocolo de segurança sanitária até o fim das análises oficiais.
Procedimentos de segurança e orientação a profissionais de saúde
Durante o período de interdição, os medicamentos não podem ser usados, vendidos ou distribuídos.
A Anvisa orienta que profissionais de saúde suspendam imediatamente o uso dos produtos e comuniquem qualquer suspeita de evento adverso ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.
A interdição não implica recolhimento definitivo, mas serve para impedir que medicamentos potencialmente contaminados cheguem aos pacientes antes da conclusão dos testes de controle de qualidade.
A decisão preventiva é uma das ferramentas mais rigorosas de proteção sanitária utilizadas pela agência para evitar riscos à saúde pública.
Medidas de prevenção e impacto no mercado farmacêutico
Casos de interdição preventiva de medicamentos reforçam a importância dos mecanismos de rastreabilidade, controle de qualidade e resposta rápida das agências regulatórias.
Situações como essa costumam gerar ajustes imediatos na cadeia produtiva e revisão dos protocolos de segurança nas indústrias farmacêuticas envolvidas.
Além da proteção do consumidor, essas ações servem de alerta para fabricantes, distribuidores e profissionais de saúde sobre a necessidade de verificar a integridade física dos medicamentos antes do uso.
A ocorrência de corpos estranhos ou alterações visuais, mesmo que isoladas, deve ser reportada às autoridades para investigação formal.