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Matemático explica por que não vale a pena dirigir a 140 km/h nas rodovias e acende alerta aos motoristas sobre riscos de acidentes

Escrito por Geovane Souza
Publicado em 29/09/2025 às 15:08
Matemático explica por que não vale a pena dirigir a 140 km h nas rodovias e acende alerta aos motoristas sobre riscos de acidentes
Um vídeo do professor de matemática José Ángel Murcia viralizou ao mostrar, com contas simples, que aumentar de 120 para 140 km/h “rende” apenas alguns segundos por quilômetro.
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Vídeo viral explica, com contas simples, que subir de 120 para 140 km/h economiza só cerca de 4 segundos por km.

Um vídeo do professor de matemática José Ángel Murcia viralizou ao mostrar, com contas simples, que aumentar de 120 para 140 km/h “rende” apenas alguns segundos por quilômetro. A mensagem ganhou a imprensa internacional e chegou ao público brasileiro, útil para discutir segurança viária e excesso de velocidade.

No Brasil, a discussão é ainda mais pertinente porque o CTB fixa limite máximo de 110 km/h para automóveis em rodovias de pista dupla e 100 km/h em pista simples (salvo sinalização específica). Ou seja, 140 km/h aqui é mais arriscado e ilegal.

Além da legalidade, os dados oficiais mostram que velocidade segue no topo das infrações e está associada a mortes e feridos nas rodovias. O foco deste texto é traduzir números brasileiros, com fontes públicas, em orientação prática.

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Quanto tempo se “ganha” ao passar de 120 para 140 km/h

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A conta é direta: tempo por quilômetro = 3.600/velocidade. A 120 km/h, 1 km leva 30 s; a 140 km/h, leva ~25,7 s. O “ganho” é de ~4,3 s por km. Em 100 km, isso dá ~7 minutos. Pouco para justificar risco, multa e consumo maior.

Esse efeito é marginal em altas velocidades: aumentar 20 km/h quando você já está rápido reduz pouco o tempo total. A relação entre velocidade e tempo é inversa, não linear.

Conclusão operacional: o “atalho” do acelerador não entrega o que promete no relógio. E, no Brasil, ainda amplia a chance de punição e sinistro.

Limites de velocidade no Brasil segundo o CTB

No país, a regra geral em rodovias de pista dupla é 110 km/h para automóveis, camionetas e motocicletas, e 90 km/h para pesados. Em pista simples, 100 km/h para leves e 90 km/h para pesados. Sinalização específica pode alterar esses valores.

Esses limites refletem uma política de risco aceitável dado o traçado, o fluxo e a infraestrutura. Em geral, 140 km/h excede o padrão técnico das vias brasileiras.

Para fins de fiscalização, o CTB tipifica o excesso por faixas de gravidade, com multas e suspensão do direito de dirigir quando a velocidade supera 50% do limite. Dirigir acima do permitido não é detalhe administrativo.

Excesso de velocidade no Brasil: o que mostram Senatran, PRF e ANTT

O Anuário da Senatran registrou mais de 21,1 milhões de infrações em 2023; excesso de velocidade liderou o ranking nacional. Isso indica comportamento disseminado que pressiona o risco nas vias.

No recorte das rodovias federais, a PRF informou que, de janeiro a agosto de 2023, excesso de velocidade e ultrapassagem proibida foram causa principal em 3.834 de 44.108 sinistros, com 542 mortes e 4.941 feridos. Velocidade mata.

Em trechos concedidos, a ANTT apontou 1.664 mortes em 2023 nas rodovias federais sob concessão, sinal de que o problema é nacional e persistente.

Por que a intuição engana: risco cresce muito antes do “tempo cair”

A OMS/OPAS mostra que pequenas variações na velocidade elevam fortemente a gravidade dos sinistros. Para pedestres, o risco de morte cresce ~4,5 vezes ao passar de 50 para 65 km/h; em colisões entre carros, 65 km/h já implica risco altíssimo aos ocupantes.

Em sistemas seguros, a recomendação técnica é adequar velocidade, separação de fluxos e barreiras. Onde há chance de colisão frontal ou lateral, velocidades altas não são compatíveis com vida.

Portanto, “apertar” de 120 para 140 km/h piora o risco muito mais rápido do que melhora o tempo. O custo-benefício é desfavorável em qualquer cenário realista.

Boas práticas: chegar com segurança vale mais que ganhar minutos

Planeje saída e paradas. Se precisar recuperar tempo, não use a velocidade como variável de ajuste. Prefira manter margem e distância de segurança.

Em rodovias federais, respeite o limite sinalizado e evite ultrapassagens fora de locais permitidos. Esses dois comportamentos estiveram ligados a centenas de mortes em 2023.

Se o trajeto exigir ritmos mais altos, verifique condições da via e restrinja a pressa a trechos seguros e dentro da lei. Segurança viária é uma conta sistêmica, não individual.

Quer opinar? Comente: você arriscaria ~7 minutos em 100 km por mais risco e multa? Limites dinâmicos deveriam existir em mais trechos ou isso normaliza o “pé pesado”?

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Geovane Souza

Especialista em criação de conteúdo para internet, SEO e marketing digital, com atuação focada em crescimento orgânico, performance editorial e estratégias de distribuição. No CPG, cobre temas como empregos, economia, vagas home office, cursos e qualificação profissional, tecnologia, entre outros, sempre com linguagem clara e orientação prática para o leitor. Universitário de Sistemas de Informação no IFBA – Campus Vitória da Conquista. Se você tiver alguma dúvida, quiser corrigir uma informação ou sugerir pauta relacionada aos temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: gspublikar@gmail.com. Importante: não recebemos currículos.

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