Disfarces realistas surpreendem e escancaram falhas na segurança digital e automotiva
Criminosos no Brasil estão usando máscaras 3D ultrarrealistas para enganar câmeras de segurança e sistemas de reconhecimento facial.
A estratégia ganhou força em julho de 2025, especialmente em grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Agora, estes criminosos utilizam a tecnologia, antes restrita ao cinema, para furtar carros e burlar sistemas de identificação.
As máscaras confundem até familiares das vítimas e dificultam a ação das autoridades.
Roubos com máscaras se espalham por grandes capitais
Além de sofisticadas, as máscaras permitem que os criminosos se misturem facilmente à multidão.
Eles adotam disfarces de silicone com textura de pele, rugas e fios de cabelo, simulando rostos reais.
Por isso, conseguem abordar motoristas, fugir de flagrantes e enganar câmeras com precisão assustadora.
As imagens captadas não são mais suficientes para identificar suspeitos.
A qualidade das máscaras atrapalha a investigação. Elas bloqueiam o reconhecimento facial e tornam as buscas mais lentas.
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Máscaras realistas desafiam segurança digital
A prática, além de comum em assaltos, também aparece em fraudes bancárias, invasões de imóveis e furtos em comércios.
Segundo a Polícia Civil, quadrilhas importam os disfarces de empresas estrangeiras ou fabricam em laboratórios clandestinos.
A precisão é tanta que até parâmetros biométricos são enganados.
O especialista em segurança digital Daniel Bernardes, da UFRJ, destaca que a biometria facial, antes tida como confiável, não basta mais para proteger sistemas.
“Os disfarces burlam as tecnologias de identificação. É necessário usar outros métodos, como reconhecimento de voz e detecção de padrões corporais”, alertou.
Especialistas pedem reforço no combate e leis mais rígidas
Diante do aumento dos casos, portanto, autoridades estaduais e federais passaram a agir com mais firmeza e urgência, a fim de conter os crimes.
Desde o início de 2025, ao menos 19 ocorrências, além de outras denúncias, foram registradas em estados como Bahia, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Em todos os casos, os criminosos, além de agirem rapidamente, aproveitaram falhas nos sistemas de segurança e, com isso, escaparam com facilidade.
No Congresso Nacional, enquanto alguns deputados defendem punições mais rígidas, outros discutem projetos de lei para regular a venda e o uso das máscaras.
A proposta, além de proibir a comercialização para fins criminosos, visa também aumentar penas para quem utilizar disfarces em ações ilegais.
Simultaneamente, a Polícia Federal, por sua vez, investiga fornecedores internacionais, com foco em remessas vindas da Ásia e também da Europa.
Enquanto as investigações avançam, autoridades recomendam medidas extras aos motoristas, tais como câmeras internas, sensores de presença e rastreadores via GPS.
Apesar de não eliminarem o problema por completo, esses recursos, ainda assim, auxiliam nas investigações e facilitam a identificação posterior dos suspeitos.
Disfarces colocam em xeque a biometria facial
Empresas de segurança, por isso, já correm para modernizar os sistemas e, além disso, ampliar os métodos de autenticação com tecnologias mais avançadas.
Nesse sentido, a proposta é combinar biometria facial, análise de movimento e, ainda, sensores térmicos, o que aumenta significativamente as chances de identificar disfarces.
Enquanto isso, autoridades recomendam medidas extras aos motoristas; por exemplo, instalar câmeras internas, sensores de presença e também rastreadores com tecnologia GPS.
Embora não resolvam totalmente o problema, esses recursos, ainda assim, ajudam nas investigações e, consequentemente, facilitam a identificação posterior dos suspeitos.