Novo navio de guerra integra programa estratégico e destaca a importância da proteção dos recursos nacionais
A Marinha do Brasil apresentou, em 6 de agosto de 2025, a fragata “Jerônimo de Albuquerque” (F201), a segunda embarcação do Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT). Durante o lançamento, o comandante da Marinha, almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, destacou a necessidade de reforçar a defesa das riquezas naturais e a soberania nacional, diante do cenário internacional cada vez mais instável. Além disso, ele ressaltou que o país deve agir de forma coordenada e estratégica.
Crescente instabilidade reforça papel estratégico
O almirante alertou que, com o reordenamento das esferas de influência e o aumento da rivalidade entre grandes potências, o poder naval nacional torna-se ainda mais essencial. Por isso, segundo ele, investir na Marinha é uma medida urgente e necessária.
“Para o Brasil, detentor de peculiares atributos geoeconômicos, tal panorama demanda atenção e reclama ação deliberada, planejada e coerente com a estatura do Estado”, afirmou Olsen.
-
Brasil inicia construção do porto mais profundo da América Latina, com 25 metros de calado, capaz de receber navios gigantes que antes só atracavam na Ásia
-
Indústria naval volta a crescer no RS com 1,5 mil empregos diretos e reativação do Estaleiro Rio Grande
-
BNDES aprova financiamento para embarcações sustentáveis da Hermasa com recursos do Fundo da Marinha Mercante
-
Modernização da APS no Porto de Santos: investimento de R$ 3 milhões reforça segurança e tecnologia
Dessa forma, ele frisou que os recursos marítimos e fluviais do entorno estratégico brasileiro são fundamentais para a economia e a prosperidade do país, exigindo proteção constante.
Recursos estratégicos no alvo internacional
O Brasil possui um subsolo rico em petróleo, minerais críticos e outros recursos estratégicos. Por esse motivo, segundo a Marinha, essas riquezas despertam interesse de diversos países e empresas internacionais.
Em abril de 2023, a corporação expulsou um navio alemão que realizava pesquisas não autorizadas em águas jurisdicionais brasileiras, na região da Elevação do Rio Grande. Nesse local, especialistas apontam alto potencial de minerais essenciais para a indústria e tecnologia.
Para Olsen, “a magnitude dessas riquezas não passa incólume”, já que o mar é um espaço onde interesses legítimos ou não convergem, tornando-o potencial palco de disputas. Assim, a vigilância e a pronta resposta tornam-se indispensáveis.
Fragatas de última geração
O Programa Fragatas Classe Tamandaré é um dos maiores investimentos da Marinha nas últimas décadas. Com isso, o país busca ampliar a proteção das áreas estratégicas e garantir a segurança das rotas comerciais.
A “Jerônimo de Albuquerque” é a segunda unidade do programa, que prevê a construção de quatro navios de guerra. Além disso, o projeto é considerado essencial para modernizar a frota e ampliar a presença do Brasil no Atlântico Sul.
Pontos estratégicos ressaltados pelo comandante
- Instabilidade geopolítica exige fortalecimento das defesas marítimas.
- Riquezas naturais brasileiras estão sob atenção internacional.
- Casos de espionagem já ocorreram em águas nacionais.
- O PFCT moderniza a frota e amplia a capacidade naval.
- A fragata “Jerônimo de Albuquerque” reforça a proteção de áreas estratégicas.
Proteção como pilar da prosperidade
O comandante ressaltou que a defesa das riquezas naturais é essencial para manter o desenvolvimento econômico. Assim, proteger o território marítimo significa garantir recursos para a indústria, a energia e o comércio.
Portanto, o fortalecimento do poder naval é visto como um investimento direto na segurança e no futuro do Brasil.
O que você acha que deve ser prioridade para o Brasil: expandir rapidamente o poder naval para garantir a proteção dos recursos ou adotar uma estratégia mais gradual e sustentável? Deixe sua opinião.