Marca brasileira inaugura concessionária própria na capital paulista, acelera expansão e projeta participação relevante num setor em alta em 2025.
A Leva Motors inaugurou sua primeira concessionária própria em São Paulo e reforçou o discurso de ser a “BYD das motos elétricas” no país. A abertura, noticiada em 2 de outubro de 2025, marca a entrada formal da marca no principal mercado nacional e consolida um plano de expansão iniciado ao longo do ano.
Segundo apuração recente, a companhia projeta encerrar 2025 com 15 revendas e mais de 400 motos elétricas comercializadas. A meta de faturar R$ 20 milhões a R$ 30 milhões em 2026 dá o tom do apetite de crescimento. Para os próximos cinco anos, a Leva fala em atingir 5% do mercado nacional de motos, objetivo que a colocaria entre os protagonistas do segmento.
O movimento chega em um ciclo positivo para as duas rodas no Brasil. A produção no Polo Industrial de Manaus atingiu 185.952 unidades em agosto, o melhor resultado do ano, enquanto os emplacamentos seguem fortes, superando 185 mil motos em agosto, de acordo com dados de mercado.
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Leva Motors abre concessionária em São Paulo e acelera expansão
A inauguração da loja na capital paulista insere a marca no principal eixo de consumo do país, com promessa de test ride, venda e pós-venda dedicados a motos e scooters elétricas. O posicionamento como a “BYD das motos” resume a estratégia: escalar produção, popularizar tecnologia elétrica e competir em preço.
Fontes regionais destacam que a Leva já conta com representantes em sete estados e mira capilaridade rápida com revendedores exclusivos. A primeira loja própria em São Paulo funciona como vitrine e centro de relacionamento com o cliente, essencial para marcas emergentes em categorias ainda novas ao público.
No plano institucional, a Leva vem comunicando cronograma de aberturas e foco em eficiência operacional. Em agosto, a empresa citou novas unidades e desenvolvimento de produtos para sustentar crescimento em 2025, confirmando que o avanço físico faz parte do plano.
Metas: 5% de participação e salto de receita
A ambição de 5% de market share em cinco anos estabelece uma régua clara para a execução. Em 2025, o setor de motos segue em alta; com a base crescendo, ganhar share exige escala, rede de atendimento e preço competitivo. Meta de 15 revendas até dezembro e 400 unidades vendidas no ano são marcos intermediários que calibram esse caminho.
Analistas do setor lembram que a produção nacional de motos superou a marca de 1 milhão de unidades no 1º semestre de 2025, sinalizando demanda firme. O avanço recente de 185,9 mil unidades produzidas apenas em agosto reforça o momento. Companhias novas podem capturar nichos urbanos com soluções de custo total de propriedade menor.
Para sustentar essas metas, a Leva sinaliza estrutura de montagem no Brasil e parceria com rede de concessionários para pós-venda. Produzir localmente e garantir peças e assistência reduz fricções típicas de marcas novas e pode destravar volume.
Produtos: EG1 e ES1 com foco em autonomia e preço de entrada
No portfólio atual, a moto EG1 promete autonomia de até 100 km, velocidade máxima de 110 km/h e preço sugerido de R$ 25.500 (pode variar por região). A recarga vai de 2h30 em 220V a 5h em 110V, e a ficha técnica inclui Painel TFT e Smart Key.
A ES1 ocupa a faixa urbana, também com 100 km de autonomia declarada. Palavras-chave: scooter elétrica, moto elétrica urbana, autonomia, tempo de recarga.
A marca destaca que as motos são produzidas em Manaus, reforçando o conteúdo local e a logística de peças. No FAQ oficial, a empresa informa vida útil média de 1.500 ciclos de carga das baterias e custo por carga baixo, aspectos relevantes para frotas e entregadores.
Demanda aquecida favorece novas marcas
O mercado de motocicletas brasileiro vive fase positiva em produção e emplacamentos, com recordes recentes noticiados por Agência Brasil e boletins setoriais. Em agosto, a produção bateu o melhor resultado do ano, e a Fenabrave apontou 185 mil emplacamentos no mês, mesmo com oscilações naturais.
Para motos elétricas, o desafio é combinar preço, autonomia e rede de serviços. Em agosto, a Leva reafirmou a expansão nacional e o desenvolvimento de novos modelos, ecoando a necessidade de escala e portfólio para disputar com líderes de combustão e com importadas já presentes.
A comparação com a BYD funciona como norte estratégico: produto com tecnologia própria, rede capilar e proposta de valor acessível. Em duas rodas, o paralelo é aspiracional e serve de mensuração pública de metas. O teste real virá na entrega de volume, pós-venda e residual no mercado usado.
E você, acredita que a Leva consegue ser a “BYD das motos” no Brasil? A meta de 5% de participação é ousada ou plausível diante dos recordes de produção e do avanço dos emplacamentos? Deixe seu comentário.