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Manobra arriscada de caça russo Su-35 quase provoca colisão com F-16 dos EUA em operação tensa no Alasca!

Escrito por Ana Alice
Publicado em 03/10/2024 às 22:21

Su-35 russo quase colide com um F-16 americano em uma manobra perigosa na costa do Alasca. A ação, classificada como “antiprofissional” pelo NORAD, ocorreu durante uma interceptação de rotina e reacende preocupações sobre a segurança em operações militares. As tensões no Ártico aumentam com frequentes interceptações russas.

No vasto e gelado céu sobre a costa do Alasca, um incidente de tirar o fôlego expôs a fragilidade da paz entre as grandes potências militares mundiais.

A tensão no espaço aéreo internacional atingiu novos patamares quando, em uma fração de segundo, um caça russo Su-35 quase colidiu com um F-16 americano, provocando o que especialistas descrevem como um verdadeiro “duelo aéreo”.

De acordo com o portal Aeroin, esse confronto, que poderia ter terminado em desastre, agora gera discussões acaloradas sobre os limites de segurança e os perigos de manobras arriscadas entre as forças militares.

O confronto que abalou os céus

Em 23 de setembro de 2024, o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) relatou um incidente perigoso envolvendo uma aeronave russa Su-35 e um F-16 da Força Aérea dos Estados Unidos.

O incidente ocorreu durante uma interceptação de rotina no espaço aéreo internacional, mais especificamente na Zona de Identificação de Defesa Aérea do Alasca (ADIZ), onde caças da NORAD monitoravam a presença de aeronaves militares russas.

Conforme relatado pelo NORAD, a operação se desenrolava de maneira relativamente tranquila até o momento em que o Su-35 russo realizou uma manobra arriscada conhecida como “headbutt”, cortando perigosamente à frente do F-16.

A ação, classificada como “antiprofissional” e “insegura”, foi considerada um movimento que colocou em risco tanto a vida dos pilotos envolvidos quanto a segurança aérea da região.

Reação do NORAD e a resposta americana

Imediatamente após o incidente, o general Gregory M. Guillot, comandante do NORAD, usou as redes sociais para expressar sua preocupação e condenar as ações da força aérea russa.

“As aeronaves da NORAD realizaram uma interceptação segura e disciplinada, mas o comportamento do Su-35 foi imprudente e perigoso”, afirmou Guillot, destacando que esse tipo de atitude não condiz com os padrões esperados de uma força aérea profissional.

Esse episódio chamou ainda mais atenção porque ocorre em meio a um aumento considerável de atividades militares russas e chinesas na região.

Somente no mês de setembro, aeronaves russas violaram a ADIZ do Alasca em quatro ocasiões, segundo o NORAD, destacando um padrão de comportamentos que intensifica as tensões no Ártico.

Manobras arriscadas: perigo iminente?

Essa não foi a primeira vez que caças russos realizaram manobras arriscadas perto de aeronaves ocidentais.

De acordo com fontes do NORAD, episódios semelhantes já ocorreram em outros cenários, como na Síria em 2023, onde aviões russos chegaram perigosamente próximos a caças e drones americanos.

No entanto, esses encontros agressivos haviam diminuído nos últimos meses no Oriente Médio, enquanto o foco parece ter se deslocado para o Ártico.

A manobra “headbutt” realizada pelo piloto russo, que consiste em cortar bruscamente à frente de outra aeronave, é extremamente perigosa devido à alta velocidade em que essas aeronaves operam.

Imagens capturadas pelo F-16 mostram o momento exato em que o Su-35 passa rapidamente à frente do caça americano, provocando uma reação de surpresa por parte do piloto americano, que pôde ser ouvido exclamando de forma clara sua incredulidade sobre a proximidade da aeronave russa.

Aumenta a frequência de interceptações

O F-16 envolvido no incidente provavelmente pertence ao 18º Esquadrão de Interceptação de Caças, uma unidade militar dos EUA baseada na Base da Força Aérea de Eielson, no Alasca.

Essa unidade é responsável por conduzir interceptações de aeronaves russas e, recentemente, chinesas que entram na ADIZ do Alasca.

Interceptações dessa natureza têm se tornado cada vez mais frequentes, com a Rússia e a China realizando voos militares no espaço aéreo internacional próximo ao território norte-americano.

Segundo o tenente-general Case Cunningham, chefe da Região NORAD do Alasca, a Força Aérea dos EUA está preparada para reagir sempre que forças estrangeiras violam a ADIZ do Alasca, garantindo que essas interceptações ocorram de maneira segura e disciplinada.

Ele acrescentou que, embora a ação tenha sido perigosa, as aeronaves russas permaneciam no espaço aéreo internacional, um detalhe importante para evitar maiores conflitos diplomáticos.

O que está por trás do aumento das tensões no Ártico?

Esse tipo de incidente não é isolado e faz parte de um cenário maior que envolve a disputa pelo controle de áreas estratégicas, como o Ártico, onde o aquecimento global abriu novas rotas marítimas e acesso a vastos recursos naturais.

Para muitos especialistas, o aumento das atividades militares russas e chinesas na região é um reflexo direto desse novo contexto geopolítico.

Com a crescente militarização do Ártico, o NORAD reforçou suas operações e intensificou a vigilância sobre qualquer movimentação suspeita na região.

De acordo com analistas militares, a disputa por influência no Ártico poderá se intensificar ainda mais nos próximos anos, especialmente à medida que as rotas marítimas se tornem cada vez mais navegáveis.

O que o futuro reserva?

O incidente entre o Su-35 russo e o F-16 americano ressalta a fragilidade e o perigo inerente às operações militares em áreas sensíveis como o Ártico.

A frequência de encontros arriscados e manobras perigosas levanta a questão de até que ponto esses confrontos podem escalar.

Ações imprudentes no espaço aéreo internacional, como a do piloto russo, aumentam o risco de acidentes graves ou até de conflitos internacionais.

Será que esses incidentes representam apenas uma amostra de um futuro mais perigoso e imprevisível entre as potências militares globais?

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