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Mais IMPOSTO! Estado quer aumentar impostos em 300% e comer fora de casa ficará mais caro! Donos de restaurantes já temem o pior

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 11/12/2024 às 13:58
A alta do ICMS em SP pode aumentar em 7% o custo de refeições fora de casa em 2025. Setor teme demissões e impacto econômico.
A alta do ICMS em SP pode aumentar em 7% o custo de refeições fora de casa em 2025. Setor teme demissões e impacto econômico.

ICMS em SP pode subir 300%, afetando diretamente bares, restaurantes e o bolso do consumidor. Setor enfrenta riscos de fechamento e demissões em massa enquanto tenta dialogar com o governo estadual. Sem mudanças, o custo das refeições ficará mais alto já no início de 2025.

Prepare-se para um impacto direto no bolso: a refeição fora de casa em São Paulo pode ficar até 7% mais cara já no início de 2025.

Isso porque o regime especial de tributação do ICMS, que há 31 anos reduz a carga para bares e restaurantes, está prestes a ser extinto.

O setor, que emprega mais de 1,4 milhão de pessoas no estado, corre contra o tempo para evitar uma alta de impostos que pode comprometer a sobrevivência de milhares de negócios.

O que está acontecendo?

A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) revelou que o ICMS, atualmente fixado em 3,2% para o segmento, pode saltar para 12%.

Isso representa um aumento efetivo de 300%, elevando a carga tributária para 9,6%, mesmo considerando créditos fiscais.

Essa mudança, prevista para vigorar a partir de 1º de janeiro de 2025, será um reflexo do fim do decreto que assegurava o benefício fiscal desde 1993.

O impacto não será apenas nos empresários.

Conforme a Fhoresp, o repasse ao consumidor será inevitável, com um aumento imediato no custo das refeições estimado em 7% ou mais.

Isso, segundo Edson Pinto, diretor-executivo da entidade, será agravado pelo fato de que o setor já absorveu a inflação de 14% nos últimos quatro anos.

O que está em jogo com o aumento do ICMS?

Além do impacto direto nos preços, a possível alta do ICMS ameaça a geração de empregos e incentiva a informalidade.

De acordo com a Fhoresp, o setor é responsável por cerca de 5,7% das ocupações no estado de São Paulo.

Sem o regime especial, São Paulo terá a maior taxação do país no segmento de alimentação fora do lar, superando estados como Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Outro ponto crítico é a incapacidade de diálogo com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Segundo representantes do setor, o governo estadual não demonstrou abertura para discutir o tema, mesmo após tentativas formais de contato.

Isso gerou críticas sobre a falta de entendimento da importância econômica do setor.

Comparativo com outros estados

A alíquota atual de ICMS para restaurantes em São Paulo é uma das menores do Brasil. Veja como ela se compara:

  • São Paulo (SP): 3,2%
  • Rio de Janeiro (RJ): 4%
  • Minas Gerais (MG): 3% a 3,2%
  • Paraná (PR): 3,2%
  • Santa Catarina (SC): 3,2%

Sem o regime especial, a alíquota paulista saltará para 12%, ultrapassando a média nacional.

A decisão também contrasta com outros estados que, apesar de enfrentarem crises fiscais, mantêm incentivos ao setor para garantir competitividade.

O que o setor espera?

Entidades como a Fhoresp, a Federação Nacional de Refeições Coletivas (Fenerc) e a Associação Brasileira de Refeições Coletivas (Aberc) têm se mobilizado para sensibilizar o governo estadual.

A continuidade do benefício é vista como essencial para preservar empregos, evitar a alta de preços e garantir a qualidade da alimentação servida em contratos públicos, como merendas escolares e refeições em hospitais.

“Se o governo não recuar, os efeitos negativos serão sem precedentes para a economia paulista”, alerta Edson Pinto.

O setor também teme que contratos públicos, que dependem de valores competitivos, sejam duramente impactados.

Um futuro incerto para consumidores e empresários

O desfecho dessa disputa ainda é incerto, mas uma coisa é clara: os consumidores serão diretamente afetados, pagando mais caro para comer fora de casa.

Enquanto isso, o setor de bares e restaurantes enfrenta a maior crise tributária dos últimos 30 anos, sem garantias de apoio do governo.

Com essa mudança iminente, a pergunta que fica é: o governo de São Paulo vai priorizar o equilíbrio fiscal ou a preservação de um setor que emprega milhões de pessoas e movimenta bilhões na economia?

Comente sua opinião: você acha que esse aumento no ICMS é justificável?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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