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Mais de 90% dos brasileiros usam Pix, e isso está mudando a economia inteira

Escrito por Noel Budeguer
Publicado em 21/10/2025 às 10:12
PIX , brasil
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Em poucos anos, o Pix transformou a economia, reduziu o uso de dinheiro físico e colocou o país na vanguarda dos pagamentos digitais

O Pix deixou de ser apenas uma inovação bancária e se tornou parte da rotina de quase todos os brasileiros. Criado pelo Banco Central em 2020, o sistema de pagamento instantâneo é hoje utilizado por mais de 90% da população adulta, segundo dados oficiais, e já movimenta trilhões de reais todos os anos.

O impacto do Pix vai muito além das transferências rápidas. Ele está transformando a forma como o dinheiro circula, como os negócios operam e até como o governo arrecada impostos.

O que parecia apenas uma alternativa ao TED e ao DOC virou o coração do sistema financeiro brasileiro.

Como o Pix virou o meio de pagamento favorito dos brasileiros

O segredo do sucesso está na simplicidade. Para usar o Pix, basta ter uma conta bancária ou digital e cadastrar uma chave, CPF, e-mail, número de telefone ou código aleatório.

Em segundos, o dinheiro é transferido, sem taxas para pessoas físicas e disponível 24 horas por dia, inclusive nos fins de semana.

Em menos de cinco anos, o sistema superou 63 bilhões de transações e movimentou mais de R$ 26 trilhões. Hoje, praticamente todas as lojas, prestadores de serviço e até pequenos vendedores ambulantes aceitam Pix.

Essa adesão em massa fez com que o dinheiro em espécie perdesse espaço e acelerou a digitalização financeira do país.

Um número do Pix escrito à mão repousa ao lado de um chapéu na calçada de São Paulo, permitindo que os pedestres enviem doações digitais a uma pessoa em situação de rua, um retrato de como o Pix se tornou parte da cultura brasileira, alcançando até quem vive à margem da sociedade

O lado bom da revolução digital

O Pix trouxe uma inclusão financeira inédita no Brasil. Milhões de pessoas que antes não tinham conta em banco agora conseguem receber e pagar de forma rápida e gratuita.

O comércio também ganhou: pequenos empreendedores podem vender e receber instantaneamente, sem depender de maquininhas ou intermediários caros.

Empresas de setores complexos, como energia, infraestrutura e petróleo, também começaram a incorporar o sistema em seus processos.

Pagar fornecedores e prestadores de serviço via Pix agiliza o fluxo de caixa e reduz custos operacionais. Além disso, o modelo digital contribui para aumentar a transparência em contratos públicos e privados.

Mas nem tudo são flores

Com a popularidade do Pix, surgiram novos problemas. Golpes, fraudes e sequestros relâmpago aumentaram nos últimos anos, levando o Banco Central a criar limites de valores e horários noturnos.

Apesar das melhorias na segurança, o número de tentativas de fraude ainda é alto, exigindo atenção dos usuários e das empresas.

Outro ponto crítico é a privacidade dos dados. Como as transações são instantâneas e rastreáveis, qualquer falha de segurança pode expor informações pessoais e financeiras de milhões de brasileiros.

O sistema é considerado robusto, mas especialistas alertam que sua dependência total da internet e da infraestrutura digital pode gerar vulnerabilidades.

O Pix do futuro: mais tecnologia e novas regras

O Banco Central já prepara novos recursos. Um deles é o Pix Automático, que permitirá pagamentos recorrentes — ideal para contas de energia, água, internet e assinaturas.

Também está prevista a integração com o Drex, a moeda digital brasileira, o que deve consolidar o país como referência mundial em pagamentos eletrônicos.

Além disso, há estudos para permitir pagamentos internacionais via Pix, conectando o sistema brasileiro a redes de outros países da América Latina.

Se isso acontecer, o Brasil dará um passo gigantesco em direção a uma economia digital integrada e independente dos modelos tradicionais de bancos e cartões.

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Noel Budeguer

Sou jornalista argentino, vivendo no Rio de Janeiro, especializado em temas militares, tecnologia, energia e geopolítica. Escrevo artigos sobre temas complexos em uma linguagem acessível, mantendo rigor jornalístico e foco no impacto social e econômico

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