Calor excessivo mata mais de 550 peregrinos no Hajj em Meca. Temperaturas extremas alcançam 51,8ºC. Descubra os detalhes desse evento trágico e como os peregrinos enfrentaram essa adversidade
A recente peregrinação anual muçulmana a Meca, conhecida como Hajj, foi tragicamente marcada por uma onda de calor excessivo que tirou a vida de mais de 550 peregrinos. As temperaturas atingiram 51,8ºC à sombra da Grande Mesquita, segundo informaram na segunda-feira os meios de comunicação estatais sauditas.
Impacto devastador causado pelo calor excessivo
Os diplomatas confirmaram a morte de pelo menos 550 pessoas durante o Hajj. Entre os falecidos, 323 eram egípcios, a maioria dos quais sucumbiu a doenças relacionadas ao calor excessivo. Além disso, foram relatadas as mortes de 144 cidadãos indonésios, 35 tunisianos, 41 jordanianos e 11 iranianos.
Condições extremas
O Hajj, que começou na sexta-feira, é uma peregrinação anual que milhões de muçulmanos realizam a Meca para cumprir os ritos religiosos ensinados pelo Profeta Maomé há 14 séculos. Este evento é conhecido por atrair centenas de milhares de peregrinos de nações de baixa renda, muitos dos quais não recebem cuidados médicos adequados antes do Hajj. A edição de abril do Journal of Infection and Public Health mencionou que as doenças transmissíveis podem se espalhar entre as massas reunidas, que incluem muitos peregrinos idosos com condições de saúde preexistentes.
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Este ano, o número de falecidos sugere que as temperaturas extremas foram um fator determinante. Países como Jordânia e Tunísia confirmaram que alguns de seus peregrinos morreram devido ao calor intenso.
Desafios adicionais
Nos últimos 30 anos, o Hajj tem visto incidentes como estampidos, incêndios em tendas e outros acidentes que causaram a morte de centenas de pessoas. Apesar dos esforços para mitigar esses riscos, as condições climáticas extremas têm se mostrado um desafio significativo.
Um estudo de 2024 publicado no Journal of Travel and Medicine advertiu que o aumento das temperaturas globais poderia superar as estratégias para manejar o calor excessivo. Os peregrinos têm utilizado guarda-sóis para se protegerem do sol, e as autoridades sauditas alertaram sobre a importância de manter-se hidratado e evitar estar ao ar livre durante as horas mais quentes do dia, entre as 11h e as 15h.
“Fazer o Hajj é uma tarefa difícil, você tem que se esforçar e realizar os rituais mesmo em condições de calor e aglomeração”, comentou um peregrino egípcio.
O Hajj, um dos maiores encontros massivos do mundo, é um dever que todo muçulmano deve cumprir pelo menos uma vez na vida, se tiver capacidade física e financeira para isso. Este ano, mais de 1,8 milhão de muçulmanos realizaram o Hajj, incluindo mais de 1,6 milhão de peregrinos de 22 países.
A trágica perda de vidas durante o Hajj de 2024 sublinha a necessidade urgente de estratégias melhoradas para proteger os peregrinos das condições climáticas extremas. A combinação da fé inabalável dos peregrinos e os desafios colocados pelas mudanças climáticas requer uma atenção contínua e soluções inovadoras para garantir a segurança de todos os participantes neste evento sagrado.