Solução inovadora desenvolvida no Brasil promete democratizar o saneamento básico com baixo custo, alta eficiência e funcionamento sem depender da rede elétrica.
Mais de 30% da população brasileira ainda vive sem acesso simultâneo à água encanada e ao esgoto, segundo dados do IBGE. O impacto é direto na saúde pública, no meio ambiente e na dignidade de milhões de pessoas que convivem diariamente com a falta de infraestrutura básica.
Diante desse cenário, o engenheiro Breno Pfister cria microestação sustentável que promete mudar a realidade em comunidades rurais, quilombolas, indígenas e até em áreas urbanas isoladas. A tecnologia permite tratar até 95% do esgoto gerado sem depender de energia elétrica, utilizando apenas a gravidade para operar.
Segundo Breno Pfister, a inovação nasceu para atender regiões onde o saneamento tradicional é inviável. “O sistema foi pensado para ser simples, eficiente e acessível, sem necessidade de energia elétrica, o que garante independência e maior alcance social”, explicou o engenheiro.
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O problema estrutural do saneamento no Brasil
O déficit de saneamento é um dos maiores entraves sociais do país. Embora o Marco Legal estabeleça a meta de 90% de cobertura até 2033, o avanço tem sido lento.
Obras tradicionais de redes de esgoto são caras, demoradas e muitas vezes inviáveis em regiões afastadas.
Isso deixa milhões de famílias em situação de vulnerabilidade sanitária, aumentando casos de doenças, poluição hídrica e desigualdade social.
Sem água tratada e sem coleta de esgoto, comunidades inteiras seguem expostas a riscos ambientais e à exclusão social.
É justamente para enfrentar esse vazio estrutural que surgem iniciativas tecnológicas mais acessíveis e adaptáveis.
Como funciona a MicroETE sustentável
A solução apresentada pelo engenheiro é a MicroETE Aeko, uma microestação de tratamento que dispensa energia elétrica.
O sistema foi desenvolvido com base em pesquisas acadêmicas e passou por homologações em empresas de saneamento como Sabesp e Copasa.
O processo ocorre em três etapas:
- Primária: separação dos resíduos sólidos;
- Secundária: decomposição da matéria orgânica por bactérias naturais;
- Terciária: remoção final de nutrientes e poluentes para garantir a qualidade da água tratada.
Esse ciclo atende integralmente à nova norma técnica brasileira NBR 17076/2024 e garante eficiência de até 95% no tratamento.
Aplicações práticas e impacto social
Além da eficiência, a microestação se destaca pelo baixo custo, fácil instalação e pouca manutenção. Pode ser usada em residências, escolas, hotéis, canteiros de obras, eventos temporários e até em áreas de preservação ambiental.
Isso significa que lugares antes ignorados pelas redes convencionais agora podem ter acesso ao saneamento de qualidade.
A democratização do acesso pode transformar a vida de milhões de pessoas, ajudando o Brasil a cumprir metas internacionais de sustentabilidade e dignidade humana.
Sustentabilidade e futuro do saneamento
Outro ponto crucial é que a microestação não depende da rede elétrica, algo essencial em regiões isoladas ou com fornecimento instável.
Isso garante autonomia e reduz os custos de operação ao longo dos anos.
Com essa inovação, o engenheiro cria microestação sustentável que não só responde ao déficit histórico do Brasil, mas também oferece uma alternativa viável para países em desenvolvimento que enfrentam desafios semelhantes.
O Brasil convive há décadas com um déficit alarmante de saneamento, mas soluções como a MicroETE mostram que é possível inovar e ampliar o acesso de forma sustentável.
E você, acredita que uma microestação sustentável pode realmente substituir os modelos tradicionais de saneamento? Acha que o governo deveria investir mais em tecnologias assim para acelerar a universalização? Deixe sua opinião nos comentários queremos ouvir quem vive isso na prática.