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Maior presídio da América Latina parece uma cidade murada: tem 40 mil vagas, celas sem janelas, luz acesa 24 horas e deportados dos EUA chegando direto

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 03/10/2025 às 21:59
O maior presídio da América Latina, o CECOT em El Salvador, abriga 40 mil presos, recebe deportados dos Estados Unidos e levanta polêmicas sobre direitos humanos e encarceramento em massa.
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O maior presídio da América Latina, o Centro de Confinamento do Terrorismo em El Salvador, foi inaugurado em 2023 com capacidade para 40 mil presos, rotina de vigilância total e recebeu até deportados dos Estados Unidos em meio a críticas de violações de direitos humanos

O maior presídio da América Latina não é apenas uma prisão, mas um símbolo de uma política de segurança que divide opiniões. Inaugurado em 2023 pelo governo de Nayib Bukele, o Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT), localizado em Tecoluca, El Salvador, foi construído para abrigar até 40 mil detentos em condições de encarceramento extremo.

Projetado como parte da “guerra contra as gangues”, o CECOT ganhou repercussão internacional por suas dimensões inéditas e pelo regime rígido: celas sem janelas, luzes acesas 24 horas e isolamento total do mundo exterior. Desde 2025, o presídio também passou a receber deportados dos Estados Unidos, ampliando ainda mais as polêmicas sobre seu funcionamento.

A origem do maior presídio da América Latina

Maior presídio da América Latina parece uma cidade murada: tem 40 mil vagas, celas sem janelas, luz acesa 24 horas e deportados dos EUA chegando direto

O CECOT nasceu da estratégia de tolerância zero às gangues adotada por Bukele.

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Em 2022, o governo declarou estado de emergência para combater grupos como a Mara Salvatrucha (MS-13) e a Barrio 18, resultando em milhares de prisões em massa.

A superlotação dos presídios existentes abriu espaço para a criação de uma nova estrutura monumental.

Construído em tempo recorde, a cerca de 70 km da capital San Salvador, o complexo foi apresentado como a solução definitiva contra a violência que assombrava o país há décadas.

Para o governo, o CECOT seria um instrumento para restabelecer a ordem, mas para críticos internacionais, passou a representar um modelo de encarceramento em massa com graves riscos para os direitos humanos.

Estrutura e funcionamento da prisão

Com capacidade de 40 mil presos, o presídio funciona como uma verdadeira cidade murada.

São pavilhões gigantes conectados por corredores vigiados, celas coletivas superlotadas e monitoramento constante por câmeras e guardas armados.

Não há programas de reabilitação ou reintegração social: a proposta é o isolamento total dos detentos.

Um dos pontos mais criticados é a ausência de janelas nas celas.

Os presos vivem com luz artificial acesa 24 horas por dia, em beliches de metal sem colchão, dividindo um banheiro coletivo e recebendo alimentação limitada, geralmente apenas arroz e feijão.

As condições lembram mais um centro de confinamento permanente do que um presídio tradicional.

Direitos humanos e polêmicas internacionais

Desde sua inauguração, o CECOT tem sido alvo de denúncias de violações de direitos humanos. Relatórios de organizações como a Anistia Internacional apontam casos de tortura, mortes sob custódia e restrição absoluta de contato externo.

Não há visitas de familiares, não entram livros ou cartas e o sinal de celular é bloqueado em quilômetros ao redor.

A partir de 2025, o presídio também passou a receber deportados diretamente dos Estados Unidos, o que gerou questionamentos sobre a legalidade desses procedimentos.

Críticos afirmam que muitos dos enviados não tiveram julgamento adequado, enquanto defensores da medida alegam que o CECOT é a resposta necessária para lidar com criminosos internacionais ligados a gangues.

Comparações históricas e impacto social

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Antes do CECOT, o título de maior presídio da América Latina já havia pertencido ao Carandiru, em São Paulo, que chegou a abrigar mais de 8 mil presos nos anos 1990, até ser desativado após o massacre de 1992.

A diferença é que, enquanto o Carandiru funcionava em condições precárias, o CECOT foi planejado para ser um megacomplexo de segurança máxima desde sua concepção.

Para parte da população salvadorenha, a criação do presídio é vista como um sucesso, já que os índices de homicídio caíram nos últimos anos.

No entanto, o custo social e político do encarceramento em massa permanece em debate, com especialistas alertando para os riscos de se manter um modelo baseado apenas na repressão sem espaço para reintegração.

O maior presídio da América Latina representa um dos maiores experimentos de encarceramento em massa do mundo atual.

Sua escala monumental, as regras rígidas e a chegada de deportados dos Estados Unidos colocam o CECOT no centro de uma discussão que envolve segurança pública, política internacional e direitos humanos.

E você, acredita que um modelo de prisão como o CECOT é eficaz para reduzir a violência ou entende que ele apenas transfere o problema sem resolvê-lo? Deixe sua opinião nos comentários e participe do debate.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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