A maior ponte de São Paulo está em construção sobre o Rio Tietê, terá mais de dois quilômetros de extensão e já registra 60% de avanço nas obras. O investimento chega a R$ 373 milhões e a entrega está prevista para 2026.
A maior ponte do estado de São Paulo, em construção sobre o Rio Tietê na rodovia Dr. Mário Gentil (SP-333), tem entrega prevista até o fim de 2026, segundo o governo paulista.
O empreendimento, que conectará Novo Horizonte e Pongaí, soma 2.416 metros de extensão e mobiliza R$ 373 milhões em investimentos.
A obra alcançou 60% de execução, com mais de 100 vigas lançadas e 1.000 metros de lajes já instalados, patamar que confirma avanço acelerado do cronograma.
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Visita técnica e acompanhamento do cronograma
Em 17 de setembro de 2025, a frente de trabalho recebeu visita técnica do secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, acompanhando representantes da Entrevias e da Vinci Highways.
A inspeção verificou o estágio das frentes de concretagem, armação e lançamentos, além do funcionamento da usina montada no próprio canteiro para fabricar as peças estruturais.
Conforme o governo, a fiscalização periódica tem o objetivo de evitar retrabalhos, garantir qualidade e assegurar que os marcos contratuais sejam cumpridos no prazo.
Como ficará a travessia do Tietê na SP-333
O novo conjunto está sendo erguido ao lado da estrutura atual, no sentido leste da SP-333, entre os quilômetros 229 e 232.
A futura ponte terá duas faixas de rolamento, ampliando a capacidade da rodovia em um ponto historicamente sensível para o tráfego regional.
Em paralelo, a ponte existente passará por revitalização e será adaptada para pedestres e ciclistas, com nova iluminação, solução que separa fluxos e aumenta a segurança dos usuários mais vulneráveis.
Engenharia e componentes estruturais
O projeto prevê um vão central de 125 metros, requisito que permite vencer o leito do Tietê com menos interferência no curso d’água.
Para compor a superestrutura, serão utilizadas 208 vigas pré-moldadas, cada uma com 41 metros de comprimento e 74 toneladas.
Essas peças são produzidas no próprio canteiro, em uma usina temporária instalada para atender à obra.
A estratégia reduz deslocamentos de carga superpesada em vias urbanas, facilita o controle de qualidade e diminui riscos logísticos, além de permitir ritmo mais contínuo de lançamentos.
Ainda na etapa de superestrutura, as equipes avançam na montagem de formas, armações e concretagens das lajes.
As frentes trabalham de forma sequencial e sobreposta, modelo que acelera a execução sem abrir mão de inspeções dimensionais e de resistência do concreto.
À medida que as vigas são lançadas e protendidas, a laje é concretada por trechos, liberando novas etapas de impermeabilização e acabamento.
Mobilidade regional e finalidade da obra
A SP-333 é um eixo que conecta áreas produtoras do interior paulista a polos de serviços e à malha de longos percursos.
A nova ponte foi desenhada para melhorar a fluidez nesse trecho, com impacto direto nos deslocamentos cotidianos entre Novo Horizonte e Pongaí e nos tempos de viagem de veículos de carga.
A separação do fluxo não motorizado, com a adaptação da estrutura antiga para o uso de pedestres e ciclistas, atende a uma demanda local e eleva o padrão de segurança viária.
Prazos, metas e transparência
O cronograma indica conclusão até o fim de 2026, alinhado às metas contratuais da concessão.
O avanço de 60% indica que os marcos de produção de vigas, montagem e concretagens seguem dentro do esperado para a fase atual.
No canteiro, a produção industrializada das peças e o uso de equipamentos de grande porte no lançamento das vigas são fatores determinantes para manter o ritmo.
A presença de equipes de gestão pública e privada nas visitas técnicas reforça o acompanhamento permanente de custos, prazos e conformidade técnica.
O que muda para quem passa pelo trecho
Enquanto a obra segue, a concessionária mantém operações de tráfego para minimizar impactos ao usuário.
O posicionamento da nova estrutura ao lado da existente permite que a circulação não seja interrompida.
Ao fim da obra, motoristas terão duas faixas por sentido na travessia nova, e a ponte antiga exercerá função complementar voltada à mobilidade ativa, com iluminação modernizada para ampliar visibilidade noturna e conforto de circulação.
Detalhes que explicam a escala do projeto
Os 2,4 km de extensão e o vão central de 125 m exigem planejamento de longo prazo e logística calibrada com as condições do rio.
A solução com 208 vigas pré-moldadas padroniza processos, facilita a inspeção e reduz variações de desempenho.
A fabricação in loco também contribui para mitigar riscos de transporte de cargas indivisíveis e otimiza janelas de operação para içamentos, que dependem de clima, vento e nível do Tietê.
Esses fatores ajudam a explicar por que, mesmo em obras lineares, a curva de progresso costuma acelerar após a instalação das primeiras dezenas de vigas, quando o processo se consolida.
Contexto local e próximos passos
A opção por revitalizar a estrutura atual, em vez de desativá-la, agrega capacidade ao sistema sem ampliar a ocupação do leito do rio e cria um corredor seguro para pedestres e ciclistas, algo relevante para a integração de bairros e áreas rurais próximas.
Na sequência do cronograma, a obra deve concentrar esforços no fechamento dos últimos vãos, na conclusão das lajes, na execução de barreiras e guarda-corpos, além de juntas de dilatação, drenagem e pavimentação da nova plataforma.
Com a superestrutura encaminhada, entram em pauta os ajustes finais de sinalização, iluminação e ensaios de carga antes da liberação ao tráfego.
Informação essencial para o usuário
Para quem utiliza a SP-333, a mensagem central é que a travessia sobre o Tietê está em fase adiantada e com previsão de entrega até 2026, com ganhos previstos de fluidez e segurança.
A manutenção de duas obras concomitantes — a construção da nova ponte e a readequação da antiga — é parte do plano para entregar capacidade adicional sem suspender a circulação.
As autoridades reiteram o acompanhamento técnico e o compromisso com prazos, qualidade e segurança na execução.
Você transita pela SP-333 ou mora na região de Novo Horizonte e Pongaí: o que mais deveria ser priorizado na fase final da obra para melhorar seu deslocamento diário?