1. Início
  2. / Petróleo e Gás
  3. / Maior navio sísmico do mundo inicia pesquisas sobre petróleo na Margem Equatorial e reacende expectativa por nova fronteira energética no Maranhão
Localização MA Tempo de leitura 4 min de leitura Comentários 0 comentários

Maior navio sísmico do mundo inicia pesquisas sobre petróleo na Margem Equatorial e reacende expectativa por nova fronteira energética no Maranhão

Escrito por Rannyson Moura
Publicado em 23/10/2025 às 14:44
O navio Ramform Titan, da empresa norueguesa TGS, inicia estudos sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial, região com potencial estimado entre 20 e 30 bilhões de barris. As pesquisas geológicas começam pelo litoral do Maranhão, com base no Porto de Itaqui.
O navio Ramform Titan, da empresa norueguesa TGS, inicia estudos sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial, região com potencial estimado entre 20 e 30 bilhões de barris. As pesquisas geológicas começam pelo litoral do Maranhão, com base no Porto de Itaqui.
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

O navio Ramform Titan, da empresa norueguesa TGS, inicia estudos sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial, região com potencial estimado entre 20 e 30 bilhões de barris. As pesquisas geológicas começam pelo litoral do Maranhão, com base no Porto de Itaqui.

O Maranhão se tornou o novo epicentro das atenções no setor de petróleo. A chegada da maior embarcação de pesquisas sísmicas do mundo, o Ramform Titan, da empresa norueguesa TGS, marca o início de uma nova etapa para o desenvolvimento energético na Margem Equatorial Brasileira. O navio atracou no Porto de Itaqui, em São Luís, nesta quarta-feira (22), e já se prepara para realizar levantamentos geológicos nas bacias do Pará-Maranhão e de Barreirinhas.

Essas duas bacias fazem parte de um conjunto de cinco formações sedimentares que compõem a Margem Equatorial — uma área considerada estratégica por especialistas e que pode transformar o mapa de exploração de petróleo e gás no país. A região se estende por todo o litoral norte brasileiro, abrangendo os estados do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.

Porto de Itaqui se torna base estratégica para operação sísmica

O Porto de Itaqui, administrado pela Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), será o ponto de apoio logístico das operações. De lá, o Ramform Titan partirá rumo ao alto-mar para coletar dados que permitirão avaliar a viabilidade da exploração de petróleo na costa maranhense.

Segundo o governador Carlos Brandão, a expectativa é alta diante do potencial da região:

“Ele vai partir daqui para alto mar para fazer essa pesquisa, que é um navio que faz a exploração de petróleo, faz a sísmica, o estudo de viabilidade. Os estudos preliminares já apontam que a gente vai ter cerca de 30 bilhões de barris de petróleo em cada uma dessas bacias”, afirmou.

Com isso, o Maranhão reforça seu papel estratégico no novo ciclo exploratório nacional. O estado não apenas fornece infraestrutura portuária, mas também se posiciona como uma das áreas mais promissoras dentro da Margem Equatorial.

Tecnologia sísmica revela o subsolo oceânico em alta definição

A pesquisa sísmica realizada pelo Ramform Titan é uma das etapas mais importantes da cadeia produtiva do petróleo. Essa tecnologia utiliza ondas sonoras de alta precisão que penetram o solo marinho e retornam em forma de reflexos, permitindo criar imagens detalhadas das camadas geológicas.

Essa espécie de “ultrassonografia do subsolo” possibilita que cientistas e engenheiros identifiquem possíveis reservatórios de petróleo e gás antes mesmo da perfuração. O processo reduz custos, minimiza riscos ambientais e direciona os investimentos com maior assertividade.

A TGS, responsável pelo navio, é reconhecida por deter a maior biblioteca de dados sísmicos do mundo. A empresa já atuou em pesquisas similares no Brasil, incluindo levantamentos que resultaram em descobertas no pré-sal, uma das maiores reservas de petróleo em águas profundas do planeta.

Potencial da Margem Equatorial pode redefinir o setor de petróleo brasileiro

A Margem Equatorial é vista pelo mercado como a nova fronteira exploratória do petróleo no país. Estudos preliminares indicam que a região pode abrigar entre 20 e 30 bilhões de barris de petróleo, volumes comparáveis aos encontrados no pré-sal.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) acompanha de perto os trabalhos, mas reforça que a exploração na costa maranhense ainda depende de autorização ambiental e licenciamento definitivo. O avanço das pesquisas sísmicas é, portanto, o passo inicial de um longo processo técnico e regulatório.

Enquanto isso, a Petrobras recebeu recentemente a licença do Ibama para dar início às suas próprias operações exploratórias na Margem Equatorial. A decisão reforça o interesse do governo e das grandes petroleiras em diversificar a produção nacional, sobretudo diante da transição energética global e da necessidade de equilibrar desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental.

Maranhão no centro do mapa energético do futuro

A presença do Ramform Titan no litoral maranhense simboliza o início de uma fase decisiva para o setor de petróleo no Brasil. O estado, que já possui posição estratégica no transporte de combustíveis e commodities, agora se projeta também como base de pesquisa e inovação energética.

Com o avanço dos estudos na Margem Equatorial, cresce a expectativa por novos investimentos, geração de empregos e fortalecimento da cadeia produtiva do petróleo. O desafio, contudo, será equilibrar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental — uma equação que definirá o sucesso dessa nova fronteira energética brasileira.

Banner quadrado em fundo preto com gradiente, destacando a frase “Acesse o CPG Click Petróleo e Gás com menos anúncios” em letras brancas e vermelhas. Abaixo, texto informativo: “App leve, notícias personalizadas, comentários, currículos e muito mais”. No rodapé, ícones da Google Play e App Store indicam a disponibilidade do aplicativo.
Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Rannyson Moura

Graduado em Publicidade e Propaganda pela UERN; mestre em Comunicação Social pela UFMG e doutorando em Estudos de Linguagens pelo CEFET-MG. Atua como redator freelancer desde 2019, com textos publicados em sites como Baixaki, MinhaSérie e Letras.mus.br. Academicamente, tem trabalhos publicados em livros e apresentados em eventos da área. Entre os temas de pesquisa, destaca-se o interesse pelo mercado editorial a partir de um olhar que considera diferentes marcadores sociais.

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x