Reservatório aquecido sob cavernas balcânicas surpreende pesquisadores e promete avanços científicos sem precedentes
Uma descoberta geológica de grande impacto internacional foi confirmada recentemente nos Bálcãs, entre a Grécia e a Albânia, despertando a atenção da comunidade científica global.
O maior lago termal subterrâneo já registrado foi encontrado em uma região de difícil acesso, conforme divulgaram pesquisadores da Fundação Neuron, da República Tcheca, no início de 2025.
Segundo as medições oficiais, o lago subterrâneo — batizado de Lago Neuron — possui 138 metros de comprimento, 42 de largura e volume superior a 8.300 metros cúbicos de água quente. Isso equivale a cerca de 3,5 piscinas olímpicas.
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Além disso, os especialistas destacam que essa descoberta pode revolucionar o conhecimento sobre sistemas hidrogeológicos subterrâneos, influenciando diretamente estudos sobre clima, energia térmica e conservação ambiental.
Expedição técnica revela lago de alta complexidade geológica
A princípio, a descoberta teve origem em uma expedição feita ainda em 2021, liderada pelo espeleólogo Marek Audy, da equipe da Fundação Neuron.
Durante a visita, os pesquisadores notaram vapores incomuns emergindo de uma cavidade calcária, situada entre dois relevos montanhosos da cadeia Dinaric Alps — uma área marcada por isolamento geográfico e histórico.
Posteriormente, em 2024, o grupo retornou ao local com novos equipamentos financiados pela fundação. Nesse momento, utilizaram tecnologia de ponta, como drones, sonares e scanner LiDAR, para obter medições mais precisas.
Consequentemente, em fevereiro de 2025, os dados finais confirmaram não apenas a existência, mas também a dimensão extraordinária do lago, além de sua ligação com fontes termais vizinhas.
Importância científica da descoberta chama atenção internacional
Desde então, o achado vem sendo amplamente discutido no meio acadêmico. Isso porque o Lago Neuron oferece uma oportunidade única para entender ecossistemas subterrâneos ainda inexplorados.
Conforme nota técnica da Fundação Neuron, a água encontrada no lago apresenta propriedades térmicas e minerais diferenciadas, com temperatura média superior a 40 °C.
Ademais, correntes de água que conectam o lago a nascentes externas sugerem um sistema hidrogeológico ativo e complexo. Dessa forma, a descoberta pode ser essencial para compreender fluxos subterrâneos e dinâmicas geotérmicas nos Bálcãs.
Para Marek Audy, o achado “pode transformar nossa compreensão dos ambientes extremos e da adaptação da vida em regiões isoladas”, o que reforça ainda mais o valor científico da descoberta.
Local da descoberta reflete herança de conflitos e abandono
Apesar de sua importância, a região onde está o lago foi por décadas negligenciada por governos e cientistas, devido à sua posição política delicada.
A fronteira entre Albânia e Grécia é marcada por décadas de tensão, conflitos étnicos e disputas territoriais que remontam à Segunda Guerra Mundial.
Essas disputas dificultaram o acesso à área e atrasaram explorações técnicas e científicas, conforme relatado por historiadores e ambientalistas locais.
Somente nos últimos anos, com maior estabilidade na região, pesquisadores estrangeiros puderam iniciar investigações mais aprofundadas.
Oportunidades futuras para ciência, turismo e sustentabilidade
Embora o foco inicial seja acadêmico, a descoberta também pode estimular investimentos em turismo científico e ecoturismo na região.
Com um plano de exploração controlada, governos locais poderão aliar desenvolvimento econômico à preservação ambiental, criando rotas seguras para visitação e estudos monitorados.
Ainda assim, os cientistas alertam: qualquer uso comercial da área precisa obedecer normas rigorosas de proteção ambiental e manter a integridade do lago.
Por isso, a Neuron já articula com universidades e entidades locais a criação de uma zona de proteção integral, que permita pesquisas, mas evite degradação.
O que o futuro reserva para a ciência europeia?
Pesquisadores acreditam que essa descoberta pode representar um divisor de águas para a ciência europeia e mundial.
A combinação de isolamento, condições extremas e riqueza hidrogeológica cria um ambiente ideal para novos experimentos científicos, sobretudo nas áreas de geologia, microbiologia e climatologia.
Além disso, o achado se junta a uma série de descobertas recentes no mundo — como o lago de sal em cavernas da Turquia, encontrado em 2023, e o sistema termal subterrâneo do Chile, mapeado em 2022.
Esses eventos reforçam a necessidade de políticas globais de pesquisa subterrânea sustentável, que combinem avanço do conhecimento com preservação ambiental.
Enquanto isso, os olhos da ciência estão voltados para os Bálcãs. A expectativa é que o Lago Neuron inspire novas expedições e avanços em larga escala.
Você acredita que a ciência deve priorizar a exploração imediata desse lago ou focar em preservar esse ecossistema raro por mais tempo? Deixe sua opinião!