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Maior iceberg do mundo cai em “armadilha marítima” e agora está girando em círculos no oceano

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 07/08/2024 às 09:10
Maior iceberg do mundo cai em "armadilha marítima" e agora está girando em círculos no oceano. (Reprodução/ IA Adobe)
Maior iceberg do mundo cai em “armadilha marítima” e agora está girando em círculos no oceano. (Reprodução/ IA Adobe)

O iceberg A23a, o maior do mundo, caiu em uma “armadilha marítima” conhecida como Coluna de Taylor. Preso em um movimento giratório desde abril de 2024, ele enfrenta um futuro incerto, enquanto cientistas e curiosos acompanham sua luta contra o tempo e as forças da natureza. O que acontecerá com este gigante do gelo?

Em um espetáculo que mais parece saído de um filme de ficção científica, o maior iceberg do mundo, conhecido como A23a, encontrou seu destino em uma “armadilha marítima” que o mantém girando em círculos intermináveis.

Apesar de ter se desprendido na década de 80 e vagado pelas águas do Oceano Antártico por mais de três décadas, este colossal bloco de gelo agora enfrenta um dilema inesperado: ele está preso em uma dança lenta e misteriosa, impedido de seguir seu caminho natural rumo à destruição nas águas mais quentes.

O gigante de gelo que desafia o tempo

O A23a é verdadeiramente um gigante. Com uma área de cerca de 4.000 quilômetros quadrados, ele é maior do que muita cidade.

Este iceberg se formou na costa da Antártida em 1986, e desde então, manteve-se notavelmente intacto, resistindo ao derretimento que normalmente ameaçaria uma massa de gelo desse tamanho.

Especialistas consideram isso um feito extraordinário, dado o impacto das mudanças climáticas que têm acelerado o derretimento de muitos outros icebergs na região.

No entanto, o A23a não permaneceu estático para sempre. Em 2020, ele começou a se mover novamente, seguindo à deriva pelo Oceano Antártico em direção ao norte, para águas potencialmente mais quentes.

Muitos acreditavam que o iceberg finalmente derreteria ao alcançar essas águas, mas em vez disso, ele caiu na chamada “armadilha marítima”: a Coluna de Taylor.

A Coluna de Taylor: o enigma por trás do movimento circular

O que exatamente é a Coluna de Taylor, essa força invisível que mantém o A23a prisioneiro? Nomeado em homenagem ao físico britânico Sir Geoffrey Ingram Taylor, que a identificou, o fenômeno ocorre quando uma corrente de água se depara com uma obstrução, como o iceberg, e se divide em dois fluxos distintos.

Essa separação cria um cilindro giratório, uma coluna subaquática, que aprisiona o iceberg em um movimento circular contínuo.

Desde abril de 2024, o A23a tem estado ao norte das Ilhas Órcades do Sul, girando em sentido anti-horário.

A água não consegue passar por cima do iceberg, então continua a se mover ao redor dele, mantendo o A23a firmemente preso em sua dança marítima.

O futuro incerto do A23a: quanto tempo ele pode resistir?

De acordo com especialistas, a prisão do iceberg na Coluna de Taylor pode durar anos, potencialmente atrasando seu derretimento completo.

Essa armadilha natural impede que o A23a siga em direção às águas mais quentes do oceano, onde poderia finalmente sucumbir ao derretimento que muitos preveem.

No entanto, a ciência ainda não tem uma resposta definitiva sobre quanto tempo o iceberg pode permanecer preso nessa rotação, ou se a Coluna de Taylor acabará liberando-o para continuar sua jornada.

Consequências ambientais: o impacto de um iceberg imobilizado

A presença contínua do A23a em sua localização atual também levanta questões sobre o impacto ambiental.

Um iceberg desse tamanho não apenas representa uma ameaça potencial para a navegação, mas também pode influenciar as correntes oceânicas e a vida marinha local.

O gelo que compõe o iceberg, ao se desprender e derreter, pode liberar nutrientes no oceano, impactando a biodiversidade nas proximidades.

Por outro lado, a imobilidade do iceberg também pode oferecer oportunidades de estudo para os cientistas que desejam entender melhor os efeitos das mudanças climáticas no comportamento dos icebergs.

A situação do A23a oferece uma janela única para observar como grandes massas de gelo interagem com fenômenos oceânicos complexos, como a Coluna de Taylor.

O fascínio contínuo pelo A23a

O destino do A23a continua a capturar a imaginação tanto de cientistas quanto do público em geral. Seu tamanho impressionante e sua resistência notável fazem dele um símbolo das forças poderosas e imprevisíveis que moldam nosso planeta. À medida que o mundo observa, perguntas sobre o futuro deste gigante de gelo permanecem sem resposta.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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