Nesta terça-feira, 21 de junho, começou a maior greve dos últimos 30 anos no Reino Unido no setor ferroviário. Os trabalhadores da área desejam melhores condições de trabalho e contestam os níveis de inflação que o país vem sofrendo. A disputa pelos melhores salários e empregos poderá abrir, de acordo com uma matéria compartilhada pela CNN, uma briga trabalhista.
Os trabalhadores anunciaram que entrariam em greve no Reino Unido em três dias nesta semana, começando nesta terça-feira, 21 de junho, quinta-feira, 23 de junho e sábado, 25. A rede de trens está paralisada desde a madrugada de hoje e as estações do país estão desertas por falta de trabalhadores ferroviários. Enquanto isso, outros setores estão sendo prejudicados pela falta de transporte, o que pode ocasionar em prejuízos quanto ao recebimento salarial.
Boris Johnson apenas critica os trabalhadores do Reino Unido
O primeiro-ministro Boris Johnson vem sofrendo pressões para tomar decisões sobre as imposições realizadas pelos ferroviários. Entretanto, ele se manifestou dizendo que a paralisação com a atual frequência poderá prejudicar o país ao fazer com que as empresas, que até então estavam se recuperando da pandemia, ficassem paradas, visto que os profissionais de outras áreas perderiam os dias de trabalho pela falta de transporte. Johnson disse que os sindicatos afirmam que estão tentando ajudar as pessoas, mas que as suas ações, a longo prazo, poderão prejudicar a economia geral.
Os sindicatos afirmam que o “verão de descontentamento” pode estar próximo, e que, em breve, outras áreas realizarão greves, principalmente no caso dos servidores públicos como professores e catadores de lixo. Os médicos e advogados também começaram ações coletivas.
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Mick Lynch, secretário-geral dos Trabalhadores Ferroviários, Marítimos e de Transporte (RMT), à Sky News, afirmou que o trabalhador do Reino Unido precisa, mais do que tudo, de um aumento salarial. A segurança no emprego e as condições decentes para o trabalho estão fugindo das realidades do Reino Unido e, conforme o economista, o não cumprimento das exigências poderia colocar em prova a economia britânica.
YouGov mostra que a opinião pública sobre a greve está dividida
Uma pesquisa compartilhada no começo do mês de junho pelo YouGov, mostra que a opinião pública sobre a manifestação dos ferroviários no Reino Unido estava dividida. Leo Rudolph, que tem 36 anos, afirmou em entrevista ao Reuters que é a favor da manifestação e argumenta que a greve deveria durar por tempo considerável, que esta seria a única forma dos trabalhadores exigirem os seus direitos constitucionalmente.
Inflação destrutiva
Acompanhada às greves e insatisfações de inúmeros trabalhadores, o Reino Unido também enfrenta uma inflação destrutiva ocasionada pela pandemia da Covid-19. Tudo isso está acompanhando a escassez de trabalhadores no país, o que faz com que os preços de serviços aumentem. Deste modo, os alertas do pós Brexit mostram que o país poderia estar próximo a uma recessão – ou que talvez já tivesse entrado nela.
O governo insiste em dizer que, mesmo auxiliando as famílias mais carentes, não conseguiriam fornecer salários que são acima da inflação porque isso aumentaria a crise onde o país está se afundando. Johnson afirma que os impactos a longo prazo com salários maiores são ainda mais expressivos e devem analisar as atividades para prevenir problemas futuros.