Localizada no sul de Minas Gerais, Caxambu abriga um parque com 12 fontes de águas minerais naturalmente gaseificadas e um gêiser ativo, reconhecido como o maior conjunto hidromineral do planeta. O local é destino tradicional de turismo de saúde e bem-estar.
Caxambu, no sul de Minas Gerais, é reconhecida por autoridades locais e entidades do turismo de saúde como o município que abriga o maior conjunto de águas minerais naturalmente carbogasosas do planeta.
O Parque das Águas Lysandro Carneiro Guimarães, principal atrativo da cidade, concentra 12 fontes de composições distintas e um gêiser ativo, visitados anualmente por milhares de pessoas.
A administração municipal e o trade turístico atribuem às águas efeitos digestivos e de bem-estar, baseados em usos tradicionais e históricos.
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Parque das Águas reúne 12 nascentes e balneário
O Parque das Águas, inaugurado no século 19 e tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA) desde 1999, tem cerca de 210 mil metros quadrados.
No local, as fontes são sinalizadas com informações sobre suas características químicas — carbogasosas, bicarbonatadas, ferruginosas, magnesianas, sulfurosas e litinadas — e orientações de uso indicadas por profissionais de saúde ao longo do tempo.
De acordo com registros oficiais, a variedade e a concentração de nascentes em um mesmo perímetro urbano dão a Caxambu o título informal de maior estância hidromineral do mundo, expressão adotada em campanhas institucionais e materiais de divulgação da prefeitura e do circuito turístico local.
Etimologia e vínculo com as águas
Pesquisadores e fontes municipais informam que o nome “Caxambu” tem origem no tupi, podendo significar “água que borbulha” ou “bolhas que fervem”, em referência à efervescência natural provocada pelo gás carbônico presente nas fontes.
Essa explicação etimológica é a mais difundida entre historiadores regionais.
Reconhecimento e histórico de uso
A reputação de Caxambu está ligada à existência de fontes naturalmente gaseificadas, um fenômeno hidrogeológico resultante da combinação de gás carbônico com água subterrânea.
Segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a região da Serra da Mantiqueira apresenta condições geológicas que favorecem esse tipo de formação.
A prática de beber ou se banhar nessas águas — conhecida como balneoterapia — é tradicional na cidade e faz parte da rotina turística local.
Autoridades sanitárias e o próprio parque orientam que o consumo seja moderado e, sempre que necessário, acompanhado por recomendação médica.
População e localização
O município tem 21.056 habitantes, conforme o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e integra o Circuito das Águas de Minas, na Serra da Mantiqueira.
O parque está situado no centro urbano, o que facilita o acesso a pé a hotéis, restaurantes e comércios voltados ao turismo hidromineral.
Acesso rodoviário e aéreo
Caxambu fica a cerca de 360 quilômetros de Belo Horizonte por rodovia.
O trajeto mais utilizado por motoristas segue pela BR-381 (Fernão Dias), com acesso à BR-267, passando por Campanha.
O percurso leva, em média, cinco a seis horas, dependendo do tráfego.
Há também linhas de ônibus intermunicipais que conectam a capital mineira a Caxambu, com paradas em Varginha, segundo empresas de transporte que operam na região.
O tempo médio de viagem é de seis horas, de acordo com horários divulgados nas rodoviárias.
Para voos regulares, os aeroportos mais próximos são os de Juiz de Fora (IZA), São José dos Campos (SJK) e Guarulhos (GRU).
O município possui ainda um aeródromo regional (SNXB), utilizado para aviação executiva e de pequeno porte.
Patrimônio e símbolos municipais
A ligação entre o desenvolvimento de Caxambu e suas fontes minerais é representada nos símbolos oficiais da cidade.
O brasão municipal traz três torneiras jorrando água sobre o escudo, em alusão direta à importância das nascentes para a formação econômica e social do município.
A preservação do Parque das Águas segue normas específicas definidas pelo IEPHA e pela administração local, que limitam construções e atividades comerciais dentro da área tombada.
Usos terapêuticos segundo o parque
As informações presentes nas placas das fontes indicam que as águas são tradicionalmente associadas a efeitos digestivos, diuréticos e de desintoxicação, sem caráter medicinal comprovado por estudos clínicos recentes.
O parque destaca que essas propriedades derivam de usos históricos, observados desde o século 19, e que o consumo deve seguir orientações médicas quando houver condições de saúde específicas.
Estrutura e visitação
Dentro do parque, o visitante encontra jardins, lago, pedalinhos, teleférico e balneário com duchas e banhos terapêuticos.
As 12 fontes ficam próximas umas das outras, o que permite percorrer todo o espaço em caminhadas curtas.
O local é administrado pela prefeitura e recebe manutenção contínua para garantir o controle de qualidade das águas.