Transnordestina promete transformar o Nordeste em rota fixa para exportação de lítio, o mineral que impulsiona tecnologias globais. Com 150 mil toneladas/mês de produção, o Ceará se prepara para competir no mercado internacional e atrair milhões em investimentos.
Uma revolução está em curso no Nordeste brasileiro.
O que parecia distante e quase impossível está prestes a acontecer: a Transnordestina, a maior ferrovia da região, não só promete interligar o interior do Ceará ao mercado global, como também transformar o estado em uma potência na exportação de lítio, mineral essencial para tecnologias de ponta.
Mas como um projeto tão ambicioso será realizado, e qual será seu impacto no Brasil e no mundo?
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Com conclusão prevista para 2027, a ferrovia está no centro de um plano ousado da DCL Minerais para exportar 150 mil toneladas de lítio por mês.
Produzido em Quixadá, no interior cearense, o mineral chegará ao Porto do Pecém antes de seguir para mercados como China, Alemanha, Canadá, Arábia Saudita e Índia.
A ferrovia e o transporte do lítio
De acordo com o Diário do Nordeste, a Transnordestina será a principal rota para transportar toneladas de lítio extraído em Quixadá, movimentando o mineral até o Porto do Pecém, de onde será exportado para o mercado internacional.
Esse mineral, considerado estratégico, está no centro da revolução tecnológica.
Ele é amplamente utilizado na fabricação de baterias para veículos elétricos, celulares e computadores, além de ter aplicações nas indústrias aeroespacial e farmacêutica.
O transporte de lítio será viabilizado por meio de um contrato entre a empresa DCL Minerais e a Transnordestina Logística S/A (TLSA).
Segundo a DCL, toda a produção das 150 mil toneladas mensais será destinada à exportação, consolidando o Ceará como um dos principais polos de produção do mineral no Brasil.
Investimentos no interior do Ceará
Para viabilizar a produção em larga escala, a DCL Minerais está investindo cerca de R$ 25 milhões em um galpão de britagem e estoque em Quixadá.
O espaço terá uma área total de 350 mil metros quadrados e contará com uma usina de flotação, tecnologia que permite o beneficiamento de minerais como ambligonita, spodumênio e lepidolita, transformando-os em lítio de alta pureza.
Daniel Correa, proprietário da DCL, explicou que a construção do galpão deve ser concluída em um prazo de três a cinco meses, gerando 200 empregos diretos e indiretos.
Após a conclusão, a estrutura empregará entre 80 e 100 trabalhadores de forma permanente.
Além disso, será construída uma estrada que conectará o galpão ao terminal de cargas da Transnordestina, facilitando o transporte do lítio até o porto.
O projeto, segundo Correa, já tem orçamento detalhado e deve começar em janeiro de 2024, após a limpeza da área.
Produção antes da ferrovia
Embora a ferrovia seja essencial para o escoamento do lítio, a DCL Minerais já está preparada para operar antes mesmo da conclusão da Transnordestina.
Até 2027, o transporte será realizado por carretas, que farão cerca de 111 viagens diárias até o Porto do Pecém.
O primeiro embarque do lítio produzido no Ceará está previsto para janeiro de 2024, com destino a Hong Kong.
Atualmente, a empresa já produz 1.500 toneladas do mineral, mas a meta é alcançar as 150 mil toneladas mensais, consolidando contratos com multinacionais que demandam o minério.
Ceará como polo de produção de lítio no Brasil
O advogado Tomás Figueiredo, especialista em mineração, destacou que o Ceará é uma das três maiores províncias de lítio do Brasil, ao lado de Minas Gerais e de algumas regiões do Norte.
Ele reforça, no entanto, que ainda são necessários mais estudos geológicos e avanços na escala dos mapas existentes para explorar todo o potencial do estado.
A DCL Minerais, que já atua em Minas Gerais, Pará e Bahia, possui 52 áreas de mineração no Ceará, localizadas em um raio de até 100 km de Quixadá.
Dessas, dez já estão em processo de aprovação junto à Agência Nacional de Mineração (ANM) para início da extração em larga escala.
Impacto econômico e estratégico
A Transnordestina, além de transformar o cenário logístico do Nordeste, será crucial para fortalecer a posição do Brasil no mercado global de lítio.
Com a crescente demanda por veículos elétricos e dispositivos eletrônicos, a exportação do mineral poderá atrair bilhões em investimentos para o país.
A chegada da ferrovia também deve impulsionar o desenvolvimento regional, gerando empregos e fomentando a economia no interior do Ceará.
Segundo especialistas, o projeto tem potencial para tornar o Nordeste uma referência no mercado global de minerais estratégicos.
Será que a ferrovia Transnordestina colocará o Ceará no centro do mercado global de lítio? Comente sua opinião abaixo!
O PT entregando o nosso país para a China !
PT vendendo o país para a China? Não, o país está sendo vendido pelos que tem medo de mudanças.
Fala sério né que mundaca??