A unidade da Heineken em Ponta Grossa (PR) recebeu R$ 1,5 bilhão em investimentos, usa energia renovável, gera milhares de empregos e tornou-se referência nacional em produção cervejeira sustentável.
Localizada em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, a maior fábrica da Heineken no Brasil representa um dos pilares da estratégia global da marca fora da Europa. O complexo, que ocupa uma área de 1,2 milhão de metros quadrados, passou por uma ampla expansão concluída em 2024 e consolidou-se como a principal unidade produtiva da empresa na América Latina, segundo o governo paranaense.
Com investimento superior a R$ 1,5 bilhão, a planta ampliou sua capacidade anual de produção para mais de 8 milhões de hectolitros — volume suficiente para abastecer centenas de milhões de consumidores. O projeto transformou Ponta Grossa em um polo industrial estratégico, fortalecendo a cadeia produtiva e gerando milhares de empregos diretos e indiretos.
A unidade também se tornou referência em inovação e sustentabilidade, adotando tecnologias de reaproveitamento de água, energia renovável e logística verde.
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Histórico: de fábrica regional a gigante global
A história da fábrica paranaense começou muito antes de a Heineken se tornar a proprietária.
A planta foi inaugurada originalmente em 2011, ainda sob a gestão da Brasil Kirin, antiga Schincariol.
Com a aquisição da Brasil Kirin pela Heineken, em 2017, o grupo holandês assumiu as operações e iniciou um plano agressivo de modernização e expansão.
Nos anos seguintes, o site industrial de Ponta Grossa foi transformado na maior fábrica da Heineken no país, responsável por boa parte da produção das marcas premium, como Heineken, Amstel, Schin, Eisenbahn, Devassa e Sol.
A planta também abriga linhas especializadas, como a de Heineken 0.0, versão sem álcool, e a de barris de chope — um diferencial entre as unidades do grupo no Brasil.
Investimento bilionário e geração de empregos
O governo do Paraná confirmou que a expansão da unidade contou com investimento total de R$ 1,5 bilhão, resultado de parcerias entre a empresa, o estado e o município.
A ampliação criou mais de 300 novos postos de trabalho diretos e estimulou uma rede de fornecedores e distribuidores locais que hoje movimentam a economia regional.
“Essa é uma das plantas mais modernas e sustentáveis da Heineken no mundo, e reforça o compromisso da empresa com o desenvolvimento do Paraná”, declarou o governador Ratinho Júnior durante a cerimônia de conclusão das obras.
Além do impacto econômico direto, a fábrica impulsionou o setor logístico da região, com a construção de novas rotas de escoamento, armazéns e centros de distribuição voltados à exportação e ao abastecimento de outros estados.
Tecnologia e sustentabilidade na produção
A unidade de Ponta Grossa foi projetada para funcionar com eficiência energética e hídrica de última geração. Segundo a própria Heineken Brasil, o objetivo é reduzir ao máximo o consumo de recursos naturais em cada litro produzido. Entre as principais iniciativas estão:
- Reaproveitamento de 97% da água utilizada no processo de fabricação;
- Uso de energia 100% renovável, proveniente de fontes eólicas e solares;
- Sistema de tratamento de efluentes que permite descarga limpa no meio ambiente;
- Programa de logística reversa de embalagens de vidro e alumínio;
- Reflorestamento de áreas próximas e parcerias com produtores locais para reciclagem de subprodutos.
Essas medidas fazem parte do plano global “Brewing a Better World”, que busca tornar todas as operações da Heineken carbono neutras até 2030 nas fábricas e até 2040 em toda a cadeia de valor.
Projetos futuros: Passos (MG) e Igarassu (PE)
Embora a fábrica de Ponta Grossa seja atualmente a maior da Heineken no Brasil, o grupo segue investindo em novas unidades que podem rivalizar em tamanho e capacidade. Em Minas Gerais, está em construção a nova cervejaria da Heineken em Passos, um projeto “greenfield” (do zero) com investimento estimado em R$ 1,8 bilhão.
A planta mineira terá operação baseada em energia limpa e sistemas automatizados de produção, com foco nas marcas Heineken e Amstel. Segundo o governo de Minas, as obras começaram em 2024 e a inauguração está prevista para 2026, quando poderá se tornar a maior fábrica do grupo no país em termos de tecnologia e sustentabilidade.
No Nordeste, a fábrica de Igarassu (PE) também passa por expansão, com investimento de R$ 1,2 bilhão para triplicar a capacidade produtiva e atender à crescente demanda regional.
Essas iniciativas reforçam a meta do grupo de tornar o Brasil seu maior polo de produção fora da Europa — hoje responsável por mais de 10% do volume global da Heineken.
Heineken Brasil: potência em expansão
Atualmente, a Heineken Brasil opera 15 unidades fabris, sendo 12 cervejarias e 3 fábricas de refrigerantes, distribuídas por quase todos os estados do país.
O grupo emprega cerca de 13 mil pessoas e mantém um portfólio com mais de 30 rótulos, entre cervejas, chopes e bebidas não alcoólicas.
O Brasil é hoje o segundo maior mercado consumidor da Heineken no mundo, atrás apenas do México — e o primeiro em crescimento. Com o sucesso da planta de Ponta Grossa e a construção de novas unidades, a marca consolida sua liderança e transforma o país em um laboratório global de inovação cervejeira.