Maior condomínio logístico do país será o Private Log, em Serra, integrado ao Contorno do Mestre Álvaro e à BR-101; projeto cita certificações ambientais e operação por fases.
O Espírito Santo receberá o maior condomínio de galpões logísticos do Brasil. Trata-se do Private Log, em Serra (ES), com cerca de 620 mil m² de área bruta locável (ABL), volume que supera os principais parques atuais do país. O investimento anunciado é de R$ 2 bilhões, com estimativa de operação por fases a partir de 2026.
Localizado no Contorno do Mestre Álvaro, eixo que liga a BR-101, o complexo mira o escoamento por rodovia e a proximidade de portos capixabas, encurtando a última milha na Grande Vitória e no Sudeste. A gestão comercial foi atribuída à Colliers, segundo briefings setoriais.
O cronograma divulgado por veículos locais indica início de obras em julho de 2025 e ciclo de implantação de quatro anos. Publicações recentes apontam entrada em operação em 2026, possivelmente de forma escalonada por módulos.
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A projeção é de 4.200 empregos diretos nas empresas que se instalarem no condomínio. O número foi divulgado por jornais capixabas em fevereiro e reforçado em atualizações de agosto.
Localização estratégica e efeito rede com os portos do ES
O terreno fica no entorno do Mestre Álvaro com acesso direto à BR-101, encurtando ligações com porto de Vitória/Tubarão e terminais da Baía de Vitória. A proposta é criar um hub regional para e-commerce, fármacos e operadores logísticos, segmentos que concentram as maiores locações do mercado.
Hoje, o maior parque em operação é o GLP Guarulhos, com ~440 mil m² de ABL. O Private Log supera esse patamar quando concluído, reposicionando o mapa de grandes condomínios no país. Comparação ajuda a dimensionar a escala do investimento capixaba.
A leitura setorial é que Serra divide o protagonismo com praças como Cajamar (SP) e Extrema (MG), endereçando o gargalo de terrenos próximos a São Paulo e abrindo uma alternativa logística de grande porte na região metropolitana de Vitória.
O que será construído: quatro naves, uso misto e certificações
O masterplan prevê quatro naves de galpões, prédio comercial, posto de combustíveis, heliponto, outlet e restaurantes, em terreno de 1,5 milhão de m². A compra da área foi divulgada por R$ 378 milhões. Escala e serviços visam operações de alto giro e suporte a motoristas.
O projeto declara buscar certificações ambientais como BREEAM e LEED, além de WELL e FSC para materiais e conforto dos usuários, alinhado a exigências ESG do varejo e da indústria. Iluminação eficiente e energia solar estão entre as soluções informadas.
Ao adotar padrão AAA com docas amplas, pé-direito elevado e sprinkles, o condomínio pretende atrair âncoras e reduzir custos de armazenagem e distribuição de quem atende Sudeste e Nordeste a partir do ES.
Investimento, empregos e cronograma
O investimento divulgado é de R$ 2 bilhões pela desenvolvedora e pela imprensa especializada. A projeção de 4,2 mil empregos diretos foi publicada por Tribuna Online e atualizada em reportagens de agosto sobre negociações com uma marca global para 200 mil m² no complexo. Se confirmada, a âncora acelera a ocupação inicial.
Veículos locais apontam obras iniciando em julho de 2025 e execução em até 48 meses, com operação parcial em 2026. Para o público, o ponto é: a entrega será faseada, prática comum em parques desta escala.
Por que isso muda o jogo para a logística capixaba
Com 620 mil m² de ABL, o Private Log coloca o ES no radar de ocupações XXL, categoria rara fora do eixo SP-MG. A premissa é atender o Sudeste com malha rodoviária e portuária e, ao mesmo tempo, competir em custo com mercados saturados.
A comparação com Cajamar e Extrema ajuda a entender o reposicionamento: Serra passa a disputar operações nacionais com prazos de entrega curtos para a Região Sudeste e corredores de exportação. Para o ES, é uma janela para atração de indústrias e operadores 3PL.
Riscos e atenção: cronogramas de mega-obras costumam sofrer ajustes por licenças, mercado e funding. O leitor deve acompanhar licitações internas, pré-locações e certificações ao longo de 2025-2026.
E você? O ES tem fôlego para competir com Cajamar e Extrema na atração de grandes operações ou o custo logístico ainda pende para São Paulo e Minas? Deixe seu comentário.