Parceria inédita no Paris Air Show
Em 17 de junho de 2025, durante o Paris Air Show, a Akaer foi oficialmente escolhida para desenhar a Cabin Pressure Vessel do WindRunner.
A empresa brasileira, sediada em São José dos Campos, participará do desenvolvimento da aeronave cargueira de maior volume já projetada.
Essa cabine pressurizada será fabricada nas instalações da Akaer.
Ela garantirá um ambiente seguro para tripulantes e sistemas críticos durante os voos.
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Veja mais detalhes da aeronave a seguir:
Redefinindo a logística global
O WindRunner foi desenvolvido pela Radia. A aeronave tem 108 metros de comprimento e 7 700 metros cúbicos de volume interno.
Isso representa cerca de 12 vezes o volume de carga de um Boeing 747. A aeronave transporta até 72,6 toneladas de carga útil.
Ela também pode operar em pistas curtas de, no mínimo, 1 800 metros. Até mesmo pistas não pavimentadas estão entre suas possibilidades de pouso.
Esse diferencial elimina a necessidade de infraestrutura aeroportuária especializada. Isso torna o WindRunner ideal para entregas em regiões remotas e de difícil acesso.
O cargueiro transporta cargas de grandes dimensões. Entre elas, estão pás eólicas de até 100 metros, satélites e veículos blindados.
Essa capacidade reduz prazos logísticos e custos operacionais, redefinindo o transporte aéreo de cargas especiais.
Excelência da engenharia brasileira
A Akaer acumula 33 anos de atuação no setor aeroespacial. O portfólio da empresa soma mais de 10 milhões de horas de engenharia.
Seu histórico inclui mais de 50 projetos aeroespaciais globais. A empresa participou do desenvolvimento de importantes aeronaves.
Entre os projetos, estão o cargueiro C‑390 Millennium, da Embraer, e o caça Gripen E, da Saab.
Também participou do supersônico Hürjet, da Turkish Aerospace. Em 2024, conquistou o status de fornecedora Tier 1 para a Deutsche Aircraft.
Esse título foi alcançado com o projeto D328eco. Agora, a presença no WindRunner fortalece a rede internacional de parceiros da Akaer.
Entre os parceiros do WindRunner, destacam-se Aciturri, Astronautics, Element e Ingenium. Todos contribuem para essa nova referência em mobilidade aérea.
Reconhecimento e desafios técnicos
Cesar Silva, CEO da Akaer, destacou além disso o orgulho da empresa em participar do WindRunner.
Ele enfatizou ainda a complexidade e os desafios técnicos do projeto.
A seleção da Akaer, por isso, reflete o reconhecimento internacional de sua expertise.
Anos de experiência, além disso, consolidaram a reputação da empresa no setor aeroespacial.
Mark Lundstrom, fundador e CEO da Radia, por sua vez, também celebrou a parceria.
Segundo ele, a colaboração reforça assim uma nova era de logística sustentável e integrada.
O trabalho conjunto entre Radia e Akaer, dessa forma, busca desenvolver soluções inovadoras.
O foco, além de tudo, é garantir eficiência e segurança nas operações logísticas futuras.
Impacto e perspectivas futuras
O primeiro voo do WindRunner, está previsto para ocorrer até o final de 2027.
A certificação da aeronave deverá ser concluída entre 2028 e 2029.
Dessa forma, especialistas mantêm grande expectativa para o projeto.
Além disso, a certificação da aeronave deverá ocorrer até o início da próxima década.
Além do transporte de componentes eólicos, a aeronave, também desempenhará outras funções.
Por conseguinte, ampliará sua utilidade em diversas operações logísticas.
Por isso, atenderá missões em defesa, no setor aeroespacial e em resposta a desastres.
Em 8 de maio de 2025, Radia firmou, portanto, um acordo com o Departamento de Defesa dos EUA.
Com essa medida, busca-se, além disso, avaliar o uso dual da aeronave.
Assim, o WindRunner poderá operar tanto em missões civis quanto militares.
Dessa forma, essa iniciativa reforça a versatilidade da aeronave.