No topo do Kingfisher Towers, em Bangalore, Vijay Mallya ergueu uma mansão de 4.000 m² inspirada na Casa Branca, avaliada em US$ 20 milhões, hoje interditada por decisão judicial
No topo do Kingfisher Towers, em Bangalore, ergue-se uma das propriedades mais curiosas da Índia: uma réplica moderna da Casa Branca. O imóvel, construído pelo magnata Vijay Mallya, tem quase 4.000 metros quadrados e custou US$ 20 milhões — o equivalente a cerca de R$ 102,5 milhões.
De acordo com o jornal La Nación, a mansão conta com amplos jardins, uma adega de vinhos, piscina infinita e até um heliponto particular.
Há ainda um deck de observação de 360 graus, segundo o Business Insider, que oferece vista completa da cidade.
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O espaço foi planejado para oferecer privacidade absoluta. O La Nación descreve que o edifício dispõe de elevadores exclusivos, garantindo que o morador não precise dividir o mesmo ambiente com os demais residentes do condomínio, onde cada apartamento chega a custar US$ 3 milhões.
Apesar de pronta, a luxuosa réplica não pode ser ocupada. As leis indianas determinam que bens vinculados a atividades ilícitas podem ser confiscados pelo governo.
Como Mallya vive fora do país, o processo judicial permanece em andamento e a residência segue intocada.
O império da cerveja e o início da queda do magnata
Vijay Mallya herdou o comando da United Beverages Group aos 28 anos e expandiu o conglomerado internacionalmente com a popularidade da cerveja Kingfisher, conforme o Business Standard.
Em 2005, ele criou a Kingfisher Airlines e também investiu na Fórmula 1, ampliando seu prestígio como símbolo de sucesso e extravagância na Índia.
No auge, em 2013, Mallya figurava na Forbes como o homem com maior patrimônio líquido do país, estimado em US$ 750 milhões. No entanto, a derrocada veio rapidamente.
Dívidas, acusações e fuga
O fechamento da companhia aérea em 2012 gerou prejuízos bilionários. Segundo a Forbes, as dívidas chegaram a US$ 1 bilhão, distribuídas entre cerca de 20 bancos. Ele passou a ser acusado de fraude e lavagem de dinheiro.
No ano seguinte, Mallya vendeu o controle da United Beverages Group para a gigante britânica Diageo. Pouco depois, em 2016, deixou a Índia rumo ao Reino Unido no mesmo dia em que bancos iniciaram uma ação no Tribunal de Recuperação de Dívidas.
Em 2019, foi oficialmente declarado infrator econômico fugitivo. Desde então, o governo indiano tenta sua extradição, enquanto ele afirma publicamente que pretende pagar o que deve.
Do luxo às telas
A trajetória do empresário inspirou a série documental da Netflix Bad Boys e Bilionários, lançada em 2020.
O programa retrata Mallya ao lado de outros magnatas indianos envolvidos em escândalos de ganância, corrupção e fraude.
Com informações de Estadão.
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Divorciar-se nunca é simples. Mas quando envolve fortunas e propriedades gigantescas, tudo se torna ainda mais dramático. Foi o que aconteceu com Tony Pritzker, um dos herdeiros da rede Hyatt Hotels, e sua ex-esposa Jeanne. Depois de 33 anos de união, o casal anunciou o fim do casamento em 2022.
A separação não foi marcada apenas pelo desgaste emocional. O destino de uma super mansão, uma das maiores residências privadas dos Estados Unidos, a chamada Pritzker Estate, entrou no centro da disputa.
O nascimento da Pritzker Estate
Tony e Jeanne se casaram em 1989 e construíram uma vida cercada de seis filhos. Em 2005, deram início a um projeto ambicioso: erguer uma mansão de 4.600 metros quadrados em Bel-Air, Los Angeles.
O terreno de 2,4 hectares foi formado a partir da compra de várias propriedades vizinhas.
A construção levou seis anos e ficou pronta em 2011. A residência foi pensada para receber grandes eventos de arrecadação de fundos, porque o casal sempre se destacou pela filantropia.
Não demorou muito para os vizinhos apelidarem a mansão de “Grand Hyatt Bel-Air”, uma referência à rede de hotéis da família.
Quando o divórcio mudou tudo
Apesar da grandiosidade, o casamento não resistiu. Em 2022, Tony e Jeanne entraram com o pedido de divórcio alegando diferenças irreconciliáveis.
A situação ficou ainda mais complicada quando Jeanne manifestou o desejo de permanecer na propriedade.
Para sua surpresa, descobriu que não tinha direitos sobre o imóvel. Os advogados de Tony explicaram que a mansão estava registrada em fundos e sociedades de responsabilidade limitada, das quais ela não era beneficiária.
Além disso, Tony, que hoje ocupa o cargo de CEO da Pritzker Private Capital e tem patrimônio estimado em US$ 4,4 bilhões pela Forbes, deixou claro que queria vender a propriedade.
O acordo e a saída da mansão
Após negociações, o impasse terminou em abril de 2024, quando os dois chegaram a um acordo. Jeanne deixou a Pritzker Estate e, meses depois, em outubro, a residência foi colocada à venda.
O preço inicial assustou até mesmo os ultra ricos: US$ 195 milhões. O valor era superior ao desembolsado por Jeff Bezos em 2020, quando o bilionário da tecnologia comprou a histórica Warner Estate, em Beverly Hills, por US$ 165 milhões.
A queda no preço e a busca por comprador
Quase um ano após entrar no mercado, a propriedade ainda não encontrou comprador. Para tentar atrair interessados, o valor foi reduzido para US$ 175 milhões. Mesmo assim, apenas uma pequena elite pode cogitar a compra.
Stephen Shapiro, da Westside Estate Agency, afirmou ao Wall Street Journal que, com as novas restrições de construção em Los Angeles, seria impossível erguer hoje uma residência dessas proporções.
O que oferece a Pritzker Estate
A mansão impressiona por seus números. São 16 quartos, 27 banheiros, uma casa de hóspedes e alojamentos para funcionários.
A garagem subterrânea tem espaço para 100 veículos, algo incomum mesmo para imóveis de luxo.
A lista de comodidades continua. Piscina infinita com vista panorâmica da bacia de Los Angeles, quadras de tênis e basquete, pista de boliche, centro de bem-estar e uma adega de alto padrão estão entre os atrativos.
A propriedade de 2,4 hectares combina exclusividade, localização privilegiada e uma estrutura pensada para receber eventos ou simplesmente ostentar conforto e luxo extremos.
Mansão de Bel-Air: um símbolo de poder e excessos
Mais do que uma casa, a Pritzker Estate virou símbolo das disputas que cercam grandes fortunas. O apelido “Grand Hyatt Bel-Air” traduz bem o contraste: de um lado, um imóvel monumental erguido para representar sucesso; de outro, um divórcio que terminou em litígio e exposição.
Hoje, a mansão continua no mercado, aguardando um comprador disposto a desembolsar uma das cifras mais altas já pedidas por uma residência nos Estados Unidos.
Com informações de EN.AS.