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Magnata chinês gasta US$ 155 milhões e mais de uma década para erguer réplica gigante do Titanic com 269 metros de comprimento, 28 metros de largura e 46 mil toneladas, mas obra atrasa, enferruja e corre risco de nunca ser concluída

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 07/09/2025 às 01:18
Magnata chinês gasta US$ 155 milhões e mais de uma década para erguer réplica gigante do Titanic
Foto: SPlash/Reprodução – Romandisea Titanic
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Réplica em tamanho real do Titanic na China consumiu milhões e mais de 10 anos de obras, mas segue inacabada, enferrujada e cercada de críticas.

Quando o magnata chinês Su Shaojun anunciou em 2012 que ergueria uma réplica em tamanho real do Titanic, a promessa parecia grandiosa e cinematográfica. O projeto faria parte de um parque temático no interior da província de Sichuan e teria tudo para atrair turistas do mundo inteiro. A réplica seria construída com as mesmas dimensões do navio original: 269 metros de comprimento, 28 metros de largura e 46 mil toneladas. A ideia era que os visitantes pudessem hospedar-se a bordo, jantar em salões luxuosos, caminhar pelos conveses e reviver a experiência de 1912, mas em segurança, já que o navio estaria fixo em terra firme.

Mas o que começou como uma visão ousada hoje é lembrado como um dos projetos mais polêmicos e problemáticos já iniciados na China. Conheça o Romandisea Titanic!

Milhões gastos e uma década de atrasos

O investimento anunciado girava em torno de US$ 155 milhões. Engenheiros e construtoras mobilizaram equipes para erguer o casco e instalar equipamentos que recriassem fielmente os ambientes do Titanic.

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No entanto, a obra sofreu atrasos constantes, mudanças de cronograma e problemas de financiamento. O prazo inicial, que previa inauguração em 2016, foi sendo empurrado sucessivamente.

Em 2023, mais de 10 anos após o início, a réplica ainda não estava concluída. Fotografias recentes mostram o casco enferrujado e estruturas inacabadas, lembrando mais um navio abandonado do que a atração turística prometida.

As críticas e a polêmica do Romandisea Titanic

O projeto sempre esteve cercado de controvérsias. Críticos argumentam que transformar uma tragédia histórica em atração turística seria uma forma de banalizar a memória dos mais de 1.500 mortos no naufrágio de 1912.

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Outros destacam o paradoxo: o Titanic era símbolo de modernidade e luxo no início do século XX, mas a réplica chinesa acabou virando exemplo de atraso, desperdício e degradação.

Além disso, especialistas em turismo questionam se a atração teria viabilidade comercial. Localizado em uma região afastada, sem litoral e sem tradição turística, o parque teria dificuldade para atrair visitantes estrangeiros em número suficiente para justificar os investimentos.

Titanic em terra firme: um conceito curioso

Diferente do Titanic II — projeto de um navio totalmente navegável anunciado pelo bilionário australiano Clive Palmer, mas também cheio de atrasos —, a réplica chinesa seria fixa em terra, às margens do rio Qijiang, na cidade de Suining.

Magnata chinês gasta US$ 155 milhões e mais de uma década para erguer réplica gigante do Titanic
Foto: SPlash/Reprodução – Romandisea Titanic

O objetivo era criar uma experiência de hotel de luxo e parque temático, com capacidade para hospedar até 2.400 visitantes por vez, além de restaurantes, museus e até simulações da noite do naufrágio.

No entanto, as promessas ficaram no papel. O que se vê hoje é um imenso casco metálico corroído, cercado por guindastes parados e obras abandonadas.

A repercussão internacional

A imprensa internacional noticiou o fracasso do projeto como mais um exemplo de megainvestimentos chineses que não entregam o que prometem. Jornais britânicos e americanos ironizaram o destino da réplica, chamando-a de “Titanic do fracasso”.

Para muitos, a história serve como metáfora: enquanto o Titanic original afundou em sua viagem inaugural, a réplica chinesa nunca saiu da doca de construção e já parece condenada à ferrugem.

O futuro incerto da réplica

Oficialmente, os investidores ainda afirmam que pretendem concluir a obra e abrir as portas ao público em algum momento. Mas especialistas duvidam. O custo de restauração após tantos anos de abandono pode ser maior do que o investimento inicial.

Magnata chinês gasta US$ 155 milhões e mais de uma década para erguer réplica gigante do Titanic
Foto: SPlash/Reprodução – Romandisea Titanic

Além disso, a pandemia de Covid-19 afetou o turismo internacional e drenou recursos de vários setores, deixando o projeto ainda mais inviável economicamente.

Hoje, a réplica do Titanic em Sichuan está mais próxima de virar um monumento ao desperdício de recursos do que de se tornar o parque temático de luxo sonhado.

Um Titanic que nunca zarpou

A saga da réplica chinesa do Titanic resume-se em números impressionantes: mais de uma década de obras, milhões de dólares investidos, prazos estourados e nenhuma inauguração.

O que seria uma atração turística épica transformou-se em um símbolo de promessa não cumprida. Assim como o Titanic original, que afundou após ser considerado “inafundável”, a réplica chinesa naufragou antes mesmo de zarpar.

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Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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