Embarcações com motor de metanol verde irão substituir navios antigos e assim diminuir a emissão de gases poluentes
Seguindo um roteiro de descarbonização, ao mesmo tempo que quer manter a excelência operacional e aproveitar as oportunidades de negócios que envolvam a sustentabilidade, a Maersk, maior empresa de navegação marítima do planeta, aguarda a chegada de 19 navios porta-contêineres com motores que poderão operar com o biocombustível metanol verde.
As embarcações de navegação marítima foram encomendadas à Hyundai Heavy Industries com previsão de início das entregas já em 2023. Do total de navios de navegação marítima porta-contêineres aguardados pela Maersk, 12 terão capacidade de 16.000 TEU, movidas por motores MAN G95 biocombustível (motor principal) e tanques de 16.000 m3 de metanol, a serem entregues de 2024 a meados de 2025; 6 terão capacidade de 17.000 TEU sob a bandeira da Dinamarca (país de origem da Maersk), com entrega prevista para 2025; e 1 navio é do tipo alimentador com capacidade de 1.900 TEU que deverá ser entregue e operado já no ano que vem.
De acordo com a companhia, quando todos esses novos navios de navegação marítima forem implantados e tiverem substituído as embarcações mais antigas, haverá a gerarão de uma economia anual de emissões de CO2 de cerca de 2,3 milhões de toneladas. Na visão do CEO da Fleet &
Strategic Brands da Maersk, Henriette Hallberg, essa modernização da frota favorece os negócios que envolvem sustentabilidade.
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“Nossos clientes estão nos procurando para descarbonizar suas cadeias de suprimentos, e essas seis embarcações capazes de operar com metanol verde acelerarão ainda mais os esforços para oferecer aos nossos clientes transporte neutro. Uma ação global é necessária nesta década para cumprir a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a um aumento de temperatura de 1,5°C”.
Henriette Hallberg Thygesen – CEO da Fleet & Strategic Brands da Maersk
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Parcerias com outras companhias irá favorecer geração de biocombustível para a nova frota
Com a intenção de produzir o necessário para suprir boa parte dos novos navios que estão por vir, a Maersk estabeleceu parceria com outras gigantes gigantes globais pelo mundo. As empresas envolvidas no acordo são CIMC ENRIC, European Energy, Green Technology Bank, Orsted, Proman e WasteFuel.
A previsão é de que sejam produzidas 730 mil toneladas de e-metanol, que é um biocombustível também chamado de álcool metílico e hidrato de metilo, produzido a partir do gás natural por meio do que se chama de reforma valor ou gaseificação do carvão, sendo obtido o gás de síntese, composto principalmente de CO, CO2 e H2.
“O metanol verde é a única solução pronta para o mercado e escalável disponível hoje para envio. A produção deve ser aumentada por meio da colaboração em todo o ecossistema e em todo o mundo. É por isso que essas parcerias representam um marco importante para iniciar a transição para a energia verde. Henriette”, afirma Henriette Hallberg Thygesen.
Ainda segundo o executivo, essa estratégia irá permitir que a empresa tenha biocombustível para abastecer os navios em várias partes do planeta. “Uma vez totalmente desenvolvido, o projeto para produzir combustível verde em escala permitirá que a Maersk obtenha o combustível em diversas partes do mundo. A colaboração e os investimentos em projetos inovadores são as principais formas para alcançar uma cadeia de suprimentos net-zero”, conclui.
Descarbonizarão terá a atenção de novo CEO da Maersk
A Maersk anunciou o suíço Vincent Clerc como o novo CEO. O executivo assume o maior cargo da companhia garantindo que irá dar continuidade aos trabalhos de digitalização e descarbonização, mantendo a excelência operacional e aproveitando as oportunidades de negócios que envolvam a sustentabilidade.
A companhia estabeleceu metas para zerar a emissão de poluentes até 2040. O primeiro passo é reduzir 50% de sua intensidade de carbono em produtos oceânicos até 2030, com 25% de toda a carga transportada com combustível verde.
A estimativa ainda é de que os terminais tenham redução de 70% nas emissões de gases de efeito estufa, e um mínimo de 30% da carga transportada por via aérea seja de combustível de aviação sustentável. Além disso, armazéns e depósitos devem ter um mínimo de 90% de operações verdes. Ao seguir esse caminho, a meta é de reduzir a zero a emissão carbono em 2040.