Em meio a um reforço militar americano na região, presidente venezuelano denuncia plano de intervenção e rechaça acusações de narcotráfico.
O presidente Nicolás Maduro declarou que a Venezuela enfrenta a mais grave ameaça vista na América do Sul em um século. Em uma rara coletiva de imprensa, ele garantiu que, apesar da situação, seu país não irá se curvar. A declaração de Maduro acontece em um cenário de alta tensão com os Estados Unidos, que intensificaram sua presença naval na região do Caribe.
Reforço naval dos EUA aumenta a tensão no Caribe
As tensões entre Washington e Caracas escalaram nas últimas semanas. O estopim foi um grande reforço naval dos EUA no sul do Caribe. Autoridades norte-americanas afirmam que a operação visa enfrentar as ameaças dos cartéis de drogas latino-americanos. A repressão a esses grupos é uma das metas centrais do governo do presidente Donald Trump.
Maduro nega acusações de ligação com narcotráfico
O governo venezuelano tem rejeitado as afirmações dos EUA de que o país e seus líderes são peças fundamentais no tráfico internacional de drogas. O governo Maduro nega de forma contundente qualquer envolvimento com o narcotráfico.
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A posição firme da Venezuela frente a ameaças
Para Maduro e outras autoridades venezuelanas, a movimentação militar americana tem outro propósito. Eles acreditam que a presença da força naval é uma ameaça direta e uma tentativa de justificar uma intervenção contra a Venezuela. “A Venezuela está enfrentando a maior ameaça que já foi vista em nosso continente nos últimos 100 anos“, afirmou Maduro em Caracas. Ele reforçou que seu país é pacífico, mas não se curvará.
Governo Maduro sob pressão com recompensa milionária
A pressão dos EUA também se manifesta de outra forma. Em agosto, o governo americano dobrou a recompensa por informações que possam levar à prisão de Maduro, oferecendo um valor de US$ 50 milhões. A base para esta recompensa são as mesmas alegações de tráfico de drogas e supostas ligações com organizações criminosas.