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Maceió em alerta: entenda o porquê da cidade estar afundando e o risco de colapso iminente podendo abrir uma cratera do tamanho do Maracanã

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 05/12/2023 às 15:48
Atualizado em 06/12/2023 às 13:05
Maceió em alerta: entenda o porquê da cidade estar afundando e o risco de colapso iminente podendo abrir uma cratera do tamanho do Maracanã
Maceió afundando (Imagem / Divulgação: Raphael Siqueira)

Um assunto sério e preocupante, Maceió está afundando, a capital alagoana enfrenta uma situação alarmante, com um afundamento de 1,69 metros em apenas cinco dias.

A Defesa Civil já alertou sobre o risco de colapso em Maceió, que poderia abrir uma cratera do tamanho do Maracanã, já imaginou? A região mais afetada já foi evacuada, e mais de 55.000 pessoas tiveram que deixar suas casas.

Muita gente está se perguntando: por que Maceió tá afundando?

A resposta está na extração de sal-gema, vou explicar direitinho pra vocês entenderem. Lá embaixo, a cerca de 1200 metros de profundidade, é onde fica o sal-gema. A extração é feita injetando água nos poços, que dissolve o sal e forma uma solução salina. Essa solução é retirada, e o processo continua em outros poços.

Tem um risco nesse método, quando esses poços se conectam, formam uma grande caverna subterrânea. Se não tiver pilares de sustentação suficientes, pode rolar um colapso. E é isso que está acontecendo em Maceió. O solo está se reacomodando, e isso pode ser de repente, formando uma cratera enorme, ou de forma lenta e contínua.

A situação atual

Por enquanto, o que a gente está vendo é um afundamento progressivo. Mas os técnicos estão ligados que isso pode mudar e virar uma situação abrupta, por isso, evacuaram a área de risco. E olha, esse método de extração pode ser mais barato, mas tem seus limites de segurança.

Maceió e o desafio do sal-gema: entre a riqueza mineral e o risco ambiental

Em Maceió, a extração de sal-gema, um recurso natural valioso, tem se mostrado uma faca de dois gumes. Por um lado, a atividade impulsiona a economia local e nacional, fornecendo matéria-prima essencial para diversas indústrias. Por outro, a técnica de dissolução usada para extrair o sal tem causado um verdadeiro rebuliço geológico, com riscos de afundamentos e colapsos.

A técnica de dissolução, embora econômica, tem se mostrado uma dança perigosa com a natureza. A injeção de água nos poços para dissolver o sal cria cavernas gigantescas no subsolo. Essas cavernas, se não gerenciadas corretamente, podem levar a instabilidades geológicas sérias. Em Maceió, essa realidade já bateu à porta, com o solo cedendo de maneira alarmante. A cidade, que se equilibra sobre essas cavernas subterrâneas, enfrenta agora o desafio de lidar com as consequências dessa técnica de mineração.

A dança das camadas geológicas

Imagine camadas de solo, areia e rocha como um bolo delicado, onde a retirada de um ingrediente pode desequilibrar toda a estrutura. Em Maceió, a extração do sal-gema está fazendo exatamente isso. As camadas superiores estão se reacomodando, e essa movimentação pode ser lenta e gradual ou abrupta e devastadora.

Muitos se perguntam por que o preenchimento dos poços é feito com areia, e não com pedra, a resposta está na natureza do processo de dissolução. A areia permite um preenchimento mais homogêneo e seguro das cavidades criadas pela extração do sal, enquanto a pedra poderia não se acomodar tão bem, aumentando o risco de instabilidades.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 2.300 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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