Construção do Aeroporto de Guarujá está prestes a transformar o turismo e a economia da Baixada Santista. Descubra como as obras vão impulsionar o desenvolvimento e qual será o impacto para a aviação comercial na região.
O município de Guarujá, no litoral sul de São Paulo, se prepara para entrar na rota da aviação comercial brasileira com a construção do Aeroporto Civil Metropolitano. A previsão é que as operações tenham início já no primeiro semestre de 2026, movimentando cerca de 200 mil passageiros por ano.
O projeto, que faz parte de uma parceria entre a prefeitura local e o governo federal, já teve sua primeira fase concluída em abril de 2025 e deverá transformar a logística e o turismo da região da Baixada Santista.
Com localização estratégica em uma base da Força Aérea Brasileira (FAB), o aeroporto de Guarujá visa atender aviões de médio porte, sendo ideal para rotas regionais e conexões com grandes centros urbanos.
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O empreendimento é uma das apostas do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para alavancar o desenvolvimento da infraestrutura aeroportuária no país.
Primeira fase concluída: pista reformada e estrutura básica pronta
A entrega da primeira etapa da obra ocorreu no dia 14 de abril e incluiu melhorias essenciais para a operação aérea.
Foram concluídas a reforma da pista de pouso e decolagem, a readequação das pistas A, B e C de taxiamento, o sistema de drenagem e a instalação da cerca operacional, que é responsável por separar a área pública da restrita, garantindo segurança e controle de acesso.
A pista principal terá 1.390 metros de comprimento por 45 de largura, dimensões que a tornam compatível com aeronaves da categoria 2B, com capacidade para até 50 passageiros.
Para efeito de comparação, a pista do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, possui 1.323 metros de extensão e 42 metros de largura, o que reforça a viabilidade do novo terminal para voos comerciais regionais.
Próximos passos: terminal de passageiros e certificações
A segunda fase do projeto prevê a construção do terminal de passageiros, onde estarão instaladas salas de embarque e desembarque, check-ins, área de alimentação e demais serviços essenciais para o conforto dos usuários.
Após a conclusão dessa etapa, a prefeitura de Guarujá deverá buscar a certificação definitiva da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), além de negociar rotas com as companhias aéreas interessadas.
A expectativa é que o aeroporto se consolide como uma alternativa importante para aliviar o fluxo dos terminais de Congonhas e Viracopos, ampliando o acesso à Baixada Santista e estimulando o turismo e a economia local.
A estrutura está sendo projetada com possibilidade de ampliação, caso a demanda aumente nos próximos anos.
Investimento público e expectativa de crescimento
O Aeroporto Civil Metropolitano de Guarujá está sendo financiado por meio de uma parceria entre a administração municipal e o governo federal.
Ao todo, o projeto já recebeu um investimento de R$ 20,5 milhões oriundos do Novo PAC, que tem como uma de suas metas a melhoria da malha aeroviária nacional e o fortalecimento de polos regionais.
Durante a cerimônia de entrega da primeira fase, o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, destacou a importância estratégica da obra para a região.
“O Aeroporto de Guarujá vai trazer para a Baixada Santista aviões de todo o Brasil. Mas teremos muito mais realizações. Há o túnel, a dragagem do Porto e leilões de grandes terminais, tudo para alavancar a região, mas, sobretudo, incrementar a economia do Brasil”, afirmou o ministro.
Turismo e mobilidade impulsionados pela nova estrutura
Guarujá é um dos destinos turísticos mais visitados do estado de São Paulo, com praias, resorts e infraestrutura voltada para o lazer.
A chegada de um aeroporto comercial pode representar um divisor de águas no setor turístico, tornando o município ainda mais atrativo para visitantes de outras regiões e facilitando o acesso para eventos corporativos e esportivos.
Além disso, a mobilidade urbana da Baixada Santista deve se beneficiar. A presença de um terminal aéreo próprio reduzirá a dependência dos aeroportos da capital paulista e facilitará o transporte de executivos, cargas leves e até mesmo voos de emergência.
A estimativa inicial de 200 mil passageiros por ano, conforme a prefeitura, poderá crescer à medida que a região se integre às malhas aéreas nacionais.
Contexto nacional: aeroportos regionais ganham destaque
O projeto do aeroporto em Guarujá integra um movimento nacional de fortalecimento da aviação regional, que tem como objetivo ampliar o número de aeroportos operacionais e reduzir o tempo de deslocamento entre cidades médias e grandes metrópoles.
Segundo dados da Anac, o Brasil possui mais de 2.500 aeródromos cadastrados, mas apenas uma fração deles opera com voos comerciais regulares.
Com o avanço das obras e a integração a rotas já consolidadas, o terminal guarujaense poderá servir como modelo para outros municípios costeiros que enfrentam gargalos de mobilidade.
O governo federal tem sinalizado a intenção de investir em aeroportos menores, com foco em descentralização e conectividade.
Curiosidades sobre a região e o projeto
O novo aeroporto ficará situado próximo a bases navais e áreas estratégicas da região metropolitana da Baixada, o que pode favorecer parcerias logísticas e até servir como ponto de apoio em situações emergenciais.
A escolha do local – uma base aérea da FAB – foi vista como estratégica, pois permite o aproveitamento de parte da infraestrutura militar existente, reduzindo custos iniciais e otimizando prazos.
Além do impacto econômico, o aeroporto pode provocar mudanças sociais e urbanísticas significativas, como a valorização imobiliária no entorno e a atração de empreendimentos voltados ao turismo e serviços.
A prefeitura já estuda políticas para controlar o adensamento e evitar a especulação imobiliária excessiva.
Com a promessa de modernização, impulso turístico e desenvolvimento regional, o novo aeroporto de Guarujá poderá mudar o cenário da aviação comercial no litoral paulista. Mas será que ele vai realmente suprir a demanda e atender às expectativas dos moradores e turistas da região? Deixe seu comentário!