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Líderes do setor solar chegam até Brasília para defender o direito do consumidor

Escrito por Paulo H. S. Nogueira
Publicado em 29/10/2025 às 08:39
Fachada do Congresso Nacional em Brasília sob céu azul com nuvens brancas refletidas no espelho d’água.
O Congresso Nacional de Brasília em um dia de céu parcialmente nublado, com as torres e cúpulas refletidas no espelho d’água em frente ao prédio.
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Líderes do setor solar vão a Brasília para garantir o direito do consumidor e a segurança jurídica na geração distribuída de energia.

Nos últimos anos, a energia solar consolidou-se como uma das principais alternativas para a produção de energia limpa no Brasil. Além disso, o país, com sua abundância de radiação solar, apresenta um potencial enorme para a expansão da geração distribuída, permitindo que famílias, pequenos comércios e produtores rurais gerem a própria energia.

Nesse sentido, os líderes do setor solar desempenham um papel crucial na defesa do direito do consumidor. Eles também ajudam a construir um ambiente regulatório seguro e previsível.

Recentemente, esses líderes se reuniram em Brasília para entregar uma Carta Aberta ao Congresso Nacional. De fato, o documento, assinado por presidentes de associações estaduais e movimentos de energia distribuída, reforça a importância da Lei nº 14.300/2022, conhecida como o Marco Legal da Geração Distribuída.

Essa lei surgiu após dois anos de intensos debates técnicos e políticos. Portanto, buscou equilibrar os interesses do setor elétrico e os direitos dos consumidores de energia solar.

Historicamente, a geração distribuída no Brasil enfrentou desafios regulatórios e econômicos. Antes da aprovação da Lei nº 14.300, a expansão do setor sofria com regras pouco claras sobre compensação e encargos, além da dificuldade de acesso a linhas de financiamento e incentivos.

Com a criação do Marco Legal, o país estabeleceu um período de transição até 2029. Isso permitiu que o setor se ajustasse a um modelo mais seguro e previsível. Entretanto, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) ainda não apresentou o levantamento completo de custos e benefícios da micro e minigeração distribuída, cujo prazo legal expirou em julho de 2023.

Além disso, por décadas, o Brasil concentrou seus investimentos em grandes hidrelétricas e usinas centralizadas. Embora esse modelo tenha garantido o crescimento energético do país, ele não incentivou a democratização do acesso à energia.

Também não estimulou a participação ativa do consumidor. Por isso, a emergência da geração distribuída, impulsionada pela energia solar, mudou esse paradigma. Assim, cidadãos podem se tornar protagonistas da própria produção energética, promovendo autonomia, economia e responsabilidade ambiental.

A geração distribuída como solução social e econômica

Os líderes do setor solar alertam que qualquer tentativa de criar novos encargos ou modificar tarifas sem base técnica prejudicaria milhares de brasileiros. Portanto, a geração distribuída não representa um problema; pelo contrário, ajuda a resolver os desafios energéticos do país.

Ela reduz perdas na transmissão, evita a sobrecarga das redes e proporciona economia direta para consumidores e empresas. Além disso, representa o maior movimento popular de energia limpa do país, com impacto social e econômico em mais de cinco mil municípios brasileiros.

Consequentemente, a mobilização recente em Brasília demonstra a relevância desses líderes na defesa da segurança jurídica e do direito do consumidor. Marcos Rêgo, presidente da Associação Baiana de Energia Solar (ABS), destacou que ANEEL, Ministério de Minas e Energia e Operador Nacional do Sistema (ONS) precisam promover uma reforma estrutural no setor elétrico.

De fato, o sistema elétrico brasileiro enfrenta problemas históricos, como redes de distribuição envelhecidas e falta de soluções de armazenamento de energia. Esses fatores impedem que usinas solares e eólicas funcionem plenamente.

Além disso, a defesa desses líderes valoriza o potencial socioeconômico da geração distribuída. Pequenos negócios, produtores rurais e residências que investem em energia solar fortalecem economias locais, geram empregos e reduzem desigualdades no acesso à energia.

Por exemplo, a Bahia lidera a transição energética, mostrando como políticas de incentivo à energia solar podem gerar impactos positivos significativos.

Ainda mais, o setor solar cria oportunidades de inovação tecnológica e desenvolvimento industrial. A instalação de painéis solares, inversores e sistemas de monitoramento aumenta a demanda por empresas especializadas. Também estimula a formação de mão de obra qualificada.

Dessa forma, o movimento fortalece a economia regional, promove conhecimento técnico e incentiva startups focadas em soluções sustentáveis, criando um ciclo virtuoso de desenvolvimento econômico e ambiental.

Energia solar e sustentabilidade estratégica

O setor solar também representa uma oportunidade estratégica para o Brasil alinhar-se às metas globais de descarbonização e combate às mudanças climáticas. Assim, a expansão da geração distribuída reduz a dependência de fontes fósseis, diminui a emissão de gases de efeito estufa e promove maior eficiência energética.

Por isso, os líderes do setor solar defendem não apenas o direito do consumidor, mas também um futuro mais sustentável e resiliente.

Além disso, o contexto histórico mostra que mudanças na legislação sem ampla consulta ao setor geram insegurança regulatória e retrocessos. Por isso, a Carta Aberta entregue ao Congresso Nacional funciona como um instrumento de diálogo institucional.

Ela reforça que qualquer alteração na Lei nº 14.300 precisa considerar o impacto social, econômico e ambiental, garantindo que consumidores não sofram prejuízos e que a expansão da energia solar continue impulsionando o desenvolvimento do país.

A participação ativa dos líderes do setor solar em Brasília também demonstra a importância da representatividade no setor energético. Associações e frentes estaduais reúnem experiências regionais, consolidam dados e apresentam propostas consistentes.

Dessa maneira, a articulação fortalece a confiança do cidadão e assegura que decisões políticas se baseiem em evidências técnicas e nas reais necessidades da população.

Outro ponto relevante é que a geração distribuída fortalece a resiliência do sistema elétrico nacional. Ao diversificar a matriz energética e reduzir a dependência de grandes usinas centralizadas, o país minimiza impactos de falhas ou interrupções de energia, especialmente em regiões mais isoladas.

Essa característica garante segurança energética e continuidade de serviços essenciais, tanto em áreas urbanas quanto rurais.

Popularização da geração distribuída e cidadania energética

O engajamento recente ressalta ainda outro ponto: a geração distribuída se popularizou. Diferentemente de grandes usinas centralizadas, ela permite que milhares de brasileiros participem da produção de energia, fortalecendo a autonomia energética e promovendo cidadania.

Por isso, a atuação desses líderes é estratégica, garantindo que o país mantenha um compromisso com segurança jurídica e previsibilidade regulatória, elementos essenciais para a continuidade do setor.

Além disso, o futuro da energia solar no Brasil depende, em grande parte, da capacidade dos líderes do setor de articular políticas públicas, defender direitos e acompanhar a implementação de regulamentações.

A experiência adquirida ao longo dos últimos anos mostra que um setor sustentável e democrático precisa de regras claras, incentivos adequados e participação social ativa. Por conseguinte, a atuação em Brasília é apenas uma etapa desse processo. No entanto, simboliza a determinação de manter o Brasil na vanguarda da energia limpa.

Ainda mais, a energia solar estimula educação ambiental e conscientização social. Famílias e comunidades que adotam sistemas fotovoltaicos compreendem melhor os impactos da energia na economia e no meio ambiente, promovendo hábitos de consumo conscientes e iniciativas locais de sustentabilidade.

Dessa forma, o efeito positivo da geração distribuída amplia-se, transformando a forma como a sociedade se relaciona com a energia e o planeta.

Líderes do setor solar e o futuro da energia limpa

Por fim, a mobilização em defesa do direito do consumidor reforça que a energia solar é mais do que uma alternativa tecnológica; ela é um instrumento de transformação social e econômica.

Garantir que os consumidores gerem sua própria energia protege milhares de empregos, fortalece economias locais e consolida o país como referência em sustentabilidade.

Nesse contexto, os líderes do setor solar permanecem peças centrais na construção de um Brasil mais justo, eficiente e sustentável, garantindo que a energia solar continue sendo uma oportunidade acessível a todos.

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Energia solar no Brasil: economista avalia atual cenário para o crescimento nesse setor | Jornalismo TV Cultura

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Paulo H. S. Nogueira

Sou Paulo Nogueira, formado em Eletrotécnica pelo Instituto Federal Fluminense (IFF), com experiência prática no setor offshore, atuando em plataformas de petróleo, FPSOs e embarcações de apoio. Hoje, dedico-me exclusivamente à divulgação de notícias, análises e tendências do setor energético brasileiro, levando informações confiáveis e atualizadas sobre petróleo, gás, energias renováveis e transição energética.

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