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Lenovo cria tablet dobrável que vira notebook e custa R$ 9 mil, mas há um porém: fragilidade da tela preocupa usuários

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 03/06/2025 às 09:00
Lenovo cria tablet dobrável que vira notebook e custa R$ 9 mil, mas há um porém: fragilidade da tela preocupa usuários
Foto: Divulgação
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Conheça o novo tablet dobrável Lenovo que se transforma em notebook híbrido, com tela flexível e preço acima de R$ 9 mil. Apesar da inovação, usuários relatam preocupações com a fragilidade do modelo.

O avanço da tecnologia de telas dobráveis atingiu um novo marco em 2025 com o lançamento de um dos dispositivos mais ousados do ano: o tablet dobrável Lenovo, que também funciona como um notebook híbrido de alto desempenho. Com um design futurista, compatibilidade com teclado magnético e preço acima de R$ 9.000, o modelo foi apresentado como uma solução versátil para produtividade e entretenimento.

No entanto, apesar do apelo visual e das funcionalidades multitarefa, usuários e especialistas começaram a relatar preocupações em relação à durabilidade da tela flexível, colocando em dúvida se o dispositivo está pronto para o uso diário intenso. Mesmo sendo um dos principais lançamentos tecnológicos de 2025, o produto não escapa de polêmicas.

Um marco na tecnologia dobrável: o que é o Lenovo ThinkPad X1 Fold 2025?

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O novo modelo apresentado pela empresa é uma atualização da linha Lenovo ThinkPad X1 Fold, já conhecida pelo pioneirismo em telas dobráveis. O produto agora apresenta tela OLED de 16,3 polegadas quando completamente aberta, com resolução 2.5K, e pode ser dobrado ao meio para assumir o formato de um notebook híbrido tradicional, com teclado destacável e suporte a caneta stylus.

Segundo comunicado da Lenovo Newsroom, o equipamento foi redesenhado para oferecer maior robustez estrutural e melhor desempenho térmico, além de contar com processadores Intel Core de 12ª geração e até 32 GB de RAM. A memória interna pode chegar a 1 TB, tornando o dispositivo apto para edição de vídeos, multitarefa avançada e uso corporativo.

Apesar da performance de ponta, é a tela flexível que define o conceito do equipamento — e também o seu maior ponto de discussão.

Tela flexível: revolução visual ou fragilidade disfarçada?

A ideia de um tablet que se transforma em notebook agrada tanto usuários domésticos quanto profissionais. Porém, a tela flexível dobrável ainda é uma tecnologia relativamente nova e sujeita a limitações físicas. De acordo com análises do TechRadar e do The Verge, o modelo da Lenovo apresenta boa resposta visual, brilho intenso e cores vivas, mas traz fragilidade perceptível na dobra.

Os testes de uso prolongado identificaram riscos de marcas permanentes no ponto de flexão, além da necessidade de maior cuidado ao manusear o dispositivo. Usuários também apontaram a sensação de que a tela “cede” com o tempo, principalmente em regiões próximas à dobradiça.

Essa preocupação, que também afeta outros produtos com tela dobrável como os Galaxy Z Fold da Samsung, acende um alerta para consumidores mais exigentes. O risco de desgaste, somado ao alto preço, levanta a pergunta: a tecnologia está madura o suficiente?

Tablet dobrável Lenovo: inovação contínua apesar dos desafios

A Lenovo tem se posicionado de forma agressiva no setor de dispositivos premium. O ano de 2025 trouxe não apenas o novo tablet dobrável, mas também notebooks ultraleves, estações de trabalho móveis e soluções para o mercado corporativo. A aposta no design híbrido atende a uma demanda crescente por dispositivos portáteis que ofereçam versatilidade sem sacrificar desempenho.

Segundo a própria empresa, a nova geração do ThinkPad Fold passou por mais de 20 mil ciclos de abertura e fechamento nos testes de laboratório, com melhorias na dobradiça e camadas protetoras na tela. Ainda assim, as limitações inerentes à tecnologia de tela flexível permanecem — e isso não é exclusividade da Lenovo.

Notebook híbrido ou tablet premium? Quem é o público-alvo?

O tablet dobrável Lenovo com tela OLED se posiciona no segmento de notebooks híbridos de alto valor agregado, e não como um substituto de tablets comuns. Seu perfil técnico e preço — que ultrapassa os R$ 9.000 no Brasil — evidenciam o foco em profissionais de design, executivos, desenvolvedores e entusiastas da tecnologia.

Em termos de usabilidade, o modelo é ideal para quem:

  • Utiliza múltiplas janelas e aplicativos simultâneos
  • Trabalha com mobilidade e precisa de flexibilidade de formato
  • Valoriza inovação e estética
  • Está disposto a investir alto em um lançamento tecnológico diferenciado

O teclado removível, que pode ser acoplado magneticamente à tela, transforma o dispositivo em um notebook completo, mas a real vantagem está na portabilidade, sem abrir mão de uma tela grande e de resolução elevada.

Especificações técnicas (base oficial Lenovo)

  • Tela: OLED 16,3” (aberta) – resolução 2560 x 2024 – compatível com caneta
  • Processador: Intel Core i5 ou i7 (12ª geração)
  • RAM: até 32 GB LPDDR5
  • Armazenamento: até 1 TB SSD
  • Sistema operacional: Windows 11 Pro
  • Peso: aproximadamente 1,3 kg (sem teclado)
  • Bateria: autonomia estimada de até 11 horas
  • Conectividade: Wi-Fi 6E, Bluetooth 5.2, 2x portas USB-C Thunderbolt
  • Acessórios: teclado Bluetooth destacável com touchpad, stylus, capa protetora

Essas especificações colocam o produto no topo da categoria, mas reforçam o posicionamento de nicho: não se trata de um dispositivo para o público geral, e sim para usuários dispostos a pagar pela experiência.

Lançamento tecnológico sob análise crítica

A imprensa especializada tem elogiado a iniciativa da Lenovo em trazer ao mercado uma nova versão da sua linha dobrável com avanços importantes. Entretanto, a crítica é unânime ao apontar que, embora o projeto seja ambicioso, a tecnologia ainda exige amadurecimento para garantir longevidade.

Segundo o Canaltech, o novo modelo representa “um salto de design e propósito”, mas reforça que a usabilidade deve ser acompanhada de um cuidado constante com a tela. Em outras palavras: é uma vitrine de inovação, mas com riscos práticos.

Já o The Verge afirma que o Lenovo Fold “é uma peça de hardware impressionante”, porém sua real vantagem só será percebida se os problemas de desgaste forem solucionados nas próximas gerações.

Preço no Brasil e comparação com notebooks convencionais

O novo tablet dobrável Lenovo tem preço sugerido de R$ 9.000 a R$ 13.000, dependendo da configuração. Isso o coloca acima de diversos ultrabooks premium com tela de 14 a 16 polegadas, como o Dell XPS, Apple MacBook Air ou Asus Zenbook.

A vantagem, porém, está na versatilidade da tela flexível e na possibilidade de usá-lo como:

  • Notebook com teclado físico
  • Tablet em tela cheia
  • Tela dupla dobrada para multitarefa
  • Estação gráfica com stylus e suporte magnético

Essa versatilidade justifica parte do custo, mas ainda não elimina a comparação inevitável com outros dispositivos de valor semelhante, porém mais robustos e confiáveis a longo prazo.

Sustentabilidade e compromisso com inovação

A Lenovo vem investindo fortemente em tecnologia sustentável e reciclabilidade. Segundo o portal oficial da marca, o novo X1 Fold é fabricado com materiais recicláveis, tem embalagem eco-friendly e segue os padrões de baixo consumo energético da Energy Star.

Além disso, o dispositivo é compatível com o programa de reciclagem de eletrônicos da marca, algo que se tornou essencial para consumidores preocupados com o impacto ambiental de produtos premium.

Vale a pena investir?

A resposta depende do perfil de uso. Para o público corporativo, profissionais de criação e usuários apaixonados por inovação, o tablet dobrável Lenovo pode ser uma ferramenta revolucionária, especialmente pela flexibilidade de formatos e qualidade de imagem.

Entretanto, a fragilidade percebida da tela flexível e o alto custo são fatores que exigem reflexão. Usuários convencionais, que priorizam durabilidade e relação custo-benefício, ainda encontrarão mais segurança em notebooks tradicionais ou tablets com estrutura rígida.

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Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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