Lançado em 2000, o Nokia 3310 ficou famoso por sua durabilidade, bateria de longa duração e pelo jogo da cobrinha, conquistando gerações e se tornando um verdadeiro fenômeno cultural em diversos países, inclusive no Brasil.
A comemoração dos 25 anos do Nokia 3310, popularmente conhecido como Nokia tijolão, reacende a memória de um dos celulares mais emblemáticos da história.
Lançado em setembro de 2000, o aparelho ficou famoso não apenas pela resistência incomum, mas também por popularizar o jogo da cobrinha, tornar-se sinônimo de durabilidade e estabelecer um novo padrão para celulares em todo o mundo.
Em pleno ano de 2025, o modelo ainda é celebrado e alvo de nostalgia, tanto entre antigos usuários quanto pelas novas gerações curiosas sobre os primórdios da telefonia móvel.
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O Nokia 3310 chegou ao mercado em uma época em que o conceito de smartphone sequer existia e as principais funções dos celulares eram restritas a chamadas telefônicas e envio de mensagens de texto (SMS).
Com visual discreto, estrutura compacta e carcaça feita de plástico rígido, o aparelho se destacou rapidamente por sua robustez.
No Brasil, o modelo ganhou o apelido de “indestrutível” justamente pela fama de resistir a quedas e ao uso intenso, o que fez dele um fenômeno cultural.
Resistência do Nokia tijolão e funcionalidades básicas
Resistência e simplicidade eram as principais marcas do Nokia tijolão.
O modelo não contava com câmera, acesso à internet, GPS ou reprodutor de música.
Sua tela monocromática de 84 x 48 pixels e o teclado físico reforçavam a proposta de um dispositivo simples, voltado à comunicação direta.
Ainda assim, a bateria longa duração, capaz de manter o aparelho funcionando por dias sem necessidade de recarga, tornou-se um dos grandes diferenciais e é lembrada até hoje como referência de eficiência.
Outro fator decisivo para o sucesso do Nokia 3310 foi a inclusão de jogos simples e divertidos, com destaque absoluto para o Snake II, popularmente conhecido como jogo da cobrinha.
O game, já presente em modelos anteriores da Nokia, ganhou notoriedade no 3310 ao permitir que usuários se entretivessem durante longos períodos, aproveitando a autonomia da bateria.
O objetivo do jogo era controlar uma cobrinha que crescia ao consumir pontos na tela, exigindo habilidade e atenção dos jogadores.
O Snake II consolidou-se como um fenômeno mundial e, até hoje, inspira versões em aplicativos disponíveis para smartphones.
Nokia 3310: vendas globais e sucesso no Brasil
Em números, o impacto do Nokia 3310 impressiona.
Segundo dados oficiais da fabricante finlandesa Nokia, mais de 126 milhões de unidades foram vendidas ao redor do mundo desde seu lançamento.
A marca, que dominava o setor de telefonia móvel no início dos anos 2000, consolidou sua posição com o sucesso do tijolão, competindo com outras gigantes do setor, como Motorola e BlackBerry.
Antes dele, o Nokia 3210 também já havia registrado mais de 160 milhões de unidades comercializadas, demonstrando a força da empresa naquele período.
No mercado brasileiro, o Nokia 3310 rapidamente conquistou espaço entre consumidores de diferentes faixas etárias, tornando-se símbolo de confiabilidade e praticidade.
Além das ligações e SMS, o aparelho oferecia recursos adicionais como calculadora, cronômetro e agenda, funcionalidades básicas, mas que facilitavam o dia a dia de quem utilizava o celular.
Outro diferencial estava na possibilidade de criar toques monofônicos personalizados, característica inovadora para a época.
Design, interface intuitiva e relançamento do Nokia tijolão
O design do Nokia tijolão apresentava linhas retangulares com cantos arredondados, ergonomia que facilitava o transporte no bolso e manuseio no dia a dia.
A interface intuitiva contribuía para a adoção em massa, permitindo que usuários de todas as idades pudessem explorar o aparelho sem dificuldades.
Mesmo com suas limitações tecnológicas, o 3310 consolidou-se como referência de portabilidade, praticidade e durabilidade.
Em 2017, a Nokia anunciou uma releitura do clássico Nokia 3310, trazendo algumas atualizações como entrada para cartão microSD, saída para fones de ouvido e recarga via porta USB.
Apesar dessas melhorias, a versão modernizada não incluía recursos presentes nos smartphones atuais, como acesso à internet via Wi-Fi ou navegação por GPS.
Ainda assim, a fabricante manteve a essência do design e incluiu o Snake, reforçando o vínculo afetivo com o público nostálgico.
O Nokia 3310 como fenômeno de memes e cultura digital
A resistência do Nokia 3310 extrapolou o universo dos celulares e se transformou em meme nas redes sociais e cultura pop.
Imagens e piadas sobre sua capacidade de suportar impactos e continuar funcionando foram compartilhadas em diferentes plataformas, contribuindo para a popularização do aparelho entre as novas gerações.
O celular também marcou presença em produções audiovisuais, videoclipes e reportagens, tornando-se parte do imaginário coletivo.
História e evolução do jogo da cobrinha no Nokia tijolão
O fenômeno do jogo da cobrinha ganhou destaque a partir de 1998, quando o primeiro Snake foi lançado no modelo Nokia 6110.
Programado por Taneli Armanto, o jogo permitia até disputas via infravermelho entre dois aparelhos.
Com a chegada do Nokia 3310 e do Snake II, o jogo se consolidou como passatempo universal, influenciando inclusive outros modelos e fabricantes.
Diversas versões como Snake III, Snake EX e Snake Subsonic foram lançadas nos anos seguintes, mas nenhuma superou o sucesso da edição para o tijolão.
Em pleno 2025, ainda é possível encontrar variações do jogo da cobrinha em lojas de aplicativos como Google Play Store e Apple Store, mantendo viva a memória desse clássico do entretenimento digital.
O legado do Nokia 3310, impulsionado pela resistência lendária e pelo fenômeno do Snake, permanece relevante em discussões sobre tecnologia, cultura pop e nostalgia.
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