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Leilão do Governo Federal para a exploração de petróleo e gás na costa brasileira vende apenas 5 dos 92 blocos

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 08/10/2021 às 11:24
Leilão - Governo Federal - petróleo e gás -
Foto: Reprodução / Petrobras

17ª roda de licitações do Governo Federal enfrentou polêmicas por envolver blocos que estavam próximos de áreas de preservação ambiental importantes      

O Governo Federal não obteve sucesso na venda dos direitos de exploração e produção de um dos mais promissores blocos offshore de petróleo e gás à venda na quinta-feira (07), já que seu primeiro leilão de petróleo, desde o início da pandemia, trouxe apenas R$ 37,1 milhões de reais ($ 6,7 milhões) para os cofres do estado.

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No total, haviam 92 blocos em disputa em quatro bacias offshore. Os lances mínimos combinados para todos os blocos de petróleo e gás foram de R$ 558 milhões, embora apenas cinco blocos tenham sido licitados, todos na Bacia de Santos, na costa sudeste do Brasil.  

A Shell  arrematou quatro blocos por cerca de R$ 30,5 milhões. Também venceu um quinto bloco, conhecido como SM-1709, em uma oferta conjunta de 70% -30% com a colombiana Ecopetrol no valor de R$ 6,6 milhões.  

O Governo Federal esperava que a rodada de licitações fosse pequena para os padrões locais, dada a atratividade marginal dos blocos de petróleo e gás em disputa. O resultado da rodada de quinta-feira, no entanto, foi o menor em termos de moeda local desde 2003.

Leilão do Governo Federal foi o menor desde 2003  

Alguns dos blocos à venda geraram especulações de que continham parte de uma geologia produtiva do pré-sal, uma área onde bilhões de barris de petróleo estão presos sob uma camada de sal no fundo do oceano.  

Combinados, esses blocos tiveram um bônus mínimo de assinatura combinado de cerca de R$ 270 milhões, mas nenhum recebeu uma licitação. Alguns dos blocos de petróleo e gás em disputa também estavam localizados perto de reservas marítimas ecologicamente sensíveis, incluindo os arquipélagos de Fernando de Noronha e Abrolhos, um fato que atraiu o escrutínio de grupos ambientalistas. Nenhum desses blocos atraiu licitantes.

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Em entrevista coletiva logo após o leilão, Rodolfo Saboia, chefe da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, disse que o “resultado da rodada de licitações foi um sucesso, dados os altos riscos exploratórios dos blocos em disputa”.  

“Muitas empresas elaboraram seus orçamentos de exploração e produção para 2021 durante o pior da pandemia em 2020”, acrescentou.  

Nove empresas se inscreveram para a rodada de licitações, entre elas estavam: Petrobras, Chevron, Shell, TotalEnergies, Ecopetrol, Karoon Energy, Wintershall Dea AG e 3R Petroleum. Esse foi o menor número até agora para um leilão de direitos de petróleo e gás no Brasil.

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A oferta da PetroRio-Cobra superou uma oferta concorrente feita por um consórcio composto pela firma de private equity EIG Global Energy Partners, ao lado das brasileiras Enauta  e 3R Petroleum.    

Ambos os consórcios também apresentaram ofertas para o vizinho campo de petróleo de Albacora Leste, segundo a Reuters. Os valores exatos das ofertas não eram claros, embora a Petrobras tenha dito no final de setembro, que as ofertas recebidas “poderiam ultrapassar US $ 4 bilhões para os dois campos”.  

A Petrobras está atualmente vendendo dezenas de ativos, em uma tentativa de reduzir a dívida e aprimorar seu foco em uma prolífica área de produção de petróleo offshore, conhecida como zona do “Pré-sal”.    

Albacora produzia 43 mil barris de óleo equivalente por dia (boepd), segundo documentos divulgados pela Petrobras, quando a empresa lançou o processo de venda em 2020. Albacora Leste produzia 34 mil boepd na época.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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