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Leilão de energia da Aneel poderá atrair R$ 3 bilhões em investimentos e agregar 860 MW

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 04/10/2021 às 10:04
Energia – Aneel – leilão
Linhas de transmissão/ Fonte: Diário do Nordeste

O leilão A-5 realizado pela Aneel e pela CCEE, resultou em 40 projetos de geração de energia que vão agregar 860 MW ao SIN (Sistema Interligado Nacional)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) iniciou o leilão de energia nova A-5, que tem como objetivo a contratação de empreendimentos a partir diferentes fontes de geração. O leilão que também foi realizado pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), resultou em 40 projetos de geração que vão agregar 860 MW ao SIN (Sistema Interligado Nacional) e vão demandar investimentos de R$ 3 bilhões. Leia ainda esta notícia: Termelétrica GNA I, localizada no Porto do Açu, entrará em operação hoje após autorização da Aneel

Início de operação dos empreendimentos de energia

No total, os empreendimentos, que terão que começar a fornecer energia ao país a partir de 2026, vão demandar R$ 3 bilhões em investimentos. Segundo a Aneel, o leilão proporcionará uma economia de R$ 1,3 bilhão para os consumidores.

Neste certame, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) cadastrou 1.694 projetos de energia, totalizando uma oferta de 93.859 megawatts (MW), com início de suprimento em 2026. Os prazos variam de acordo com a fonte. Os contratos por quantidade serão de 25 anos para empreendimentos hidrelétricos e de 15 anos para projetos de energia eólica e solar. A contratação na modalidade por disponibilidade valerá para usinas termelétricas, com prazo de suprimento de 20 anos.

Os projetos leiloados pela Aneel

Este é o terceiro leilão de energia nova este ano. Nos certames anteriores, realizados em junho e julho, a demanda foi muito baixa devido à sobrecontratação das distribuidoras e também ao cenário atual, assim como deve ser esse A-5.

De acordo com o portal Poder360, os resultados por categoria de fonte de energia são:

  • Hidráulica: A usina hidrelétrica, já outorgada e contratada, funcionará em Santa Catarina. A energia foi contratada a R$ 174,27. Não houve deságio.
  • Eólica: Foram contratadas 11 usinas eólicas, distribuídas por Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte. Os projetos contratados tiveram preço médio de R$ 160,36/MW. O deságio foi de 16,04%.
  • Solar: O leilão resultou em 20 usinas contratadas, que serão instaladas no Ceará, Piauí e em São Paulo. O deságio foi de 12,6%.
  • Térmica: Todas as 7 usinas contratadas serão movidas a biomassa. Estarão nos estados de Alagoas, Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais.
  • Resíduos sólidos urbanos: Fonte inédita nos leilões da Aneel, foi arrematada a R$ 549,35/MW, com deságio de 14,03%. Só houve uma oferta, de uma usina que ficará em São Paulo.

Leia ainda esta notícia: Após leilão da Aneel, Brasil ganhará 51 novos projetos de energia renovável

Em julho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou os Leilões de Energia Nova A-3/2021 e A-4/2021, os primeiros desse modelo desde o começo da pandemia. Ao total, 51 projetos de energia renovável foram contratados por 4 bilhões de reais. O líder nesse setor, Ceará, ficou de fora dos 984.7 MW de potência contratada nos leilões. Apesar da falta de projetos, alguns especialistas afirmam que o estado se mantém em uma posição de grande destaque.

De acordo com Adão Linhares, secretário executivo de energia da Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra), já havia um portfólio com mais de 50 GW de energia prontos para irem a leilão. Devido à baixa na capacidade de contratação das distribuidoras, venceram os projetos que previam apenas a extensão de usinas existentes.

Segundo Linhares, devido à proximidade de já haver conexões, fica mais barato do que fazer um projeto novo. Sendo assim, venceram aqueles que fizeram um aproveitamento de projetos pré-existentes e com ampliações mais próximas. Por conta disso, a ausência de projetos de energia renovável para o Ceará demonstra que as propostas enviadas eram para usinas novas e com uma capacidade maior de geração de energia.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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