Reino Unido antecipa para 2027 o uso do laser miliar Dragonfire em seus navios de guerra.
O Reino Unido anunciou que irá antecipar em cinco anos o cronograma de implantação da Dragonfire, sua revolucionária arma a laser militar.
O novo armamento, que inicialmente só chegaria às mãos das Forças Armadas em 2032, será instalado em quatro navios de guerra britânicos até 2027.
A medida vem em meio a crescentes tensões geopolíticas na Europa, especialmente após o agravamento do conflito entre Rússia e Ucrânia.
-
Indústria naval volta a crescer no RS com 1,5 mil empregos diretos e reativação do Estaleiro Rio Grande
-
BNDES aprova financiamento para embarcações sustentáveis da Hermasa com recursos do Fundo da Marinha Mercante
-
Modernização da APS no Porto de Santos: investimento de R$ 3 milhões reforça segurança e tecnologia
-
Royal Navy comissiona HMS Stirling Castle para reforçar operações de caça a minas no Reino Unido
A informação foi confirmada pela ministra de Aquisições da Defesa do Reino Unido, Maria Eagle, em entrevista divulgada pelo portal Interesting Engineering.
A tecnologia laser será disponibilizada cerca de cinco anos mais rápido do que o planejado anteriormente, declarou Eagle, enfatizando que a Dragonfire “protegerá nossas Forças Armadas e nos permitirá aprender fazendo”.
Como funciona o laser militar Dragonfire? Tecnologia de ponta ao serviço da Marinha britânica
O sistema Dragonfire utiliza feixes de luz altamente concentrados para neutralizar ameaças aéreas e navais. É uma arma de estado sólido com potência de 50 kW, baseada em feixes de fibra de vidro, capaz de atingir alvos a uma velocidade próxima à da luz.
Durante os testes realizados em janeiro de 2024, o equipamento demonstrou sua eficácia ao destruir um alvo aéreo com um disparo de alta potência — um marco histórico no desenvolvimento do programa.
A precisão é outro ponto de destaque: segundo os desenvolvedores, a arma consegue acertar uma moeda a um quilômetro de distância.
Além disso, a Dragonfire inclui uma câmera eletro-óptica e um laser secundário, utilizados para aquisição e focalização precisa de alvos.
Detalhes mais técnicos do sistema, no entanto, seguem em sigilo por questões de segurança nacional.
Baixo custo e alta eficiência: a promessa de uma nova era nos combates
Um dos diferenciais mais relevantes da Dragonfire em comparação a armamentos convencionais é o seu custo operacional. Enquanto um míssil tradicional pode custar milhares de euros por disparo, a nova arma laser britânica tem um custo inferior a 10 euros por tiro — aproximadamente R$ 62.
Em termos comparativos, dez segundos de disparo equivalem ao consumo de energia de um aquecedor doméstico ligado por uma hora.
O secretário de Defesa do Reino Unido, Grant Shapps, destacou a importância estratégica do sistema: “Esse tipo de armamento de ponta tem o potencial de revolucionar o espaço de batalha, reduzindo a dependência de munições caras e, ao mesmo tempo, diminuindo o risco de danos colaterais”.
Investimento bilionário do Reino Unido
O projeto Dragonfire é liderado pelo Laboratório de Ciência e Tecnologia de Defesa (Dstl), órgão vinculado ao Ministério da Defesa britânico.
Ao todo, foram investidas cerca de 100 milhões de libras esterlinas — aproximadamente R$ 632 milhões — no desenvolvimento do sistema, que representa uma nova era para a defesa naval do Reino Unido.
A decisão de acelerar sua instalação nos navios de guerra demonstra a confiança do governo britânico na eficácia e no potencial estratégico da tecnologia.
Com a Dragonfire, o Reino Unido posiciona-se na vanguarda da inovação militar, apostando em soluções modernas, sustentáveis e altamente letais para proteger seus interesses em um cenário global cada vez mais volátil.