Jetour chega ao Brasil com força total: visual agressivo, motores potentes e preço competitivo nos novos T1 e T2
A presença chinesa no mercado automotivo brasileiro continua crescendo — e com força total. Depois de trazer as marcas Omoda e Jaecoo sem a tradicional parceria com a Caoa, agora é a vez da Jetour desembarcar por aqui. Ligada ao gigante Chery, essa nova aposta tem data marcada para estrear no Brasil: o lançamento está previsto para o primeiro trimestre de 2026, com dois modelos já definidos para abrir os trabalhos — os SUVs Jetour T1 e T2.
A Jetour chega com uma proposta ousada e bem clara: oferecer SUVs robustos, estilosos e com apelo aventureiro, seguindo a estética que tornou a Land Rover uma referência global no segmento. A fabricante já oficializou sua operação na Junta Comercial de São Paulo e está em ritmo acelerado de contratações, inclusive com profissionais experientes do setor automotivo brasileiro.
Contratações estratégicas e bastidores da chegada
A movimentação nos bastidores revela que a Jetour está montando uma equipe de peso. Muitos dos recém-contratados já atuaram em marcas como Neta — aquela que desembarcou no Brasil em 2024, mas teve dificuldade de emplacar e está perto de encerrar suas operações no Espírito Santo. Há também executivos com passagens pela própria Chery e até pela Caoa, o que indica que o conhecimento prévio da dinâmica das montadoras chinesas foi um diferencial importante nas seleções.
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As oportunidades não se limitam à área técnica: há vagas em setores como finanças, marketing e estruturação da rede de concessionárias. Tudo indica que a Jetour quer repetir o sucesso da Omoda Jaecoo, mas com uma abordagem ainda mais direta ao consumidor interessado em SUVs parrudos e tecnológicos.
Quem está por trás da operação?
Embora atue de forma independente no Brasil, a Jetour tem DNA totalmente ligado à Chery. A responsável direta pela operação é a empresa Jetour Auto Brasil, cujo único sócio é a Wuhu Ruiqing Enterprise Management — controlada em 85% pela Chery Automobile e em 15% pela Wuhu Jietu Automobile Sales, que cuida da distribuição.
Ou seja, mesmo com nomes diferentes, tudo faz parte do mesmo guarda-chuva empresarial. A lógica é semelhante à da chegada da Omoda Jaecoo: diferentes marcas, estratégias distintas, mas sob a mesma holding chinesa. O objetivo é diversificar o portfólio e atacar nichos específicos do mercado nacional com mais precisão.
Os SUVs T1 e T2: visual marcante e ficha técnica robusta
Dois modelos já estão circulando em testes pelo país: o Jetour T1 e o T2, este último também conhecido pelo nome internacional “Traveller”. E basta bater o olho para perceber a semelhança estética com o lendário Land Rover Defender — linhas quadradas, imponência e pegada off-road.
O Jetour T2 impressiona pelas dimensões: são 4,78 metros de comprimento, 2 metros de largura e 1,87 m de altura, com um generoso entre-eixos de 2,80 m. Debaixo do capô, a versão a gasolina traz um motor 2.0 turbo com 254 cavalos de potência e torque de 39,8 kgfm, acoplado a uma transmissão automatizada de dupla embreagem com sete marchas.
Mas o SUV também será vendido em versão híbrida plug-in, equipada com motor 1.5 turbo (156 cv e 22,4 kgfm) combinado a dois propulsores elétricos dianteiros. A bateria de 26,7 kWh garante uma autonomia de 139 km no ciclo NEDC, segundo o site oficial da montadora.
No interior, o T2 traz itens dignos de segmentos premium: central multimídia de 15,6 polegadas, sistema de som Sony com 12 canais, teto solar panorâmico, bancos com aquecimento e ventilação, câmera 360 graus e carregador de celular por indução.
Já o Jetour T1 segue a mesma linha estética, com visual semelhante e quase as mesmas medidas: 4,70 m de comprimento, 1,96 m de largura e 1,84 m de altura, também com entre-eixos de 2,80 m. O modelo poderá ser equipado tanto com motor 1.5 turbo (acoplado ao câmbio de dupla embreagem com sete marchas), quanto com a mesma motorização 2.0 turbo de 254 cv, mas nesse caso associada a uma transmissão automática de oito velocidades.
Jetour quer incomodar as marcas tradicionais no Brasil
Ainda que as vendas só comecem em 2026, o recado está dado: a Jetour não veio para brincar. A aposta é clara em SUVs com apelo visual agressivo, desempenho acima da média e preço competitivo, mirando diretamente consumidores que sonham com um Land Rover, mas querem uma alternativa mais acessível — e ainda moderna.
Se conseguir repetir o bom desempenho da Omoda e da Jaecoo no Brasil, a Jetour pode rapidamente conquistar seu espaço e se tornar mais um nome forte no novo mapa automotivo do país, cada vez mais dominado por marcas chinesas. A concorrência que se prepare.