Laboratório de geomecânica da PUC-Rio, com apoio da Equinor e ANP, reforça exploração segura no pré-sal.
A Equinor e a PUC-Rio inauguraram, na quarta-feira (9), um moderno laboratório voltado à pesquisa de rochas do pré-sal brasileiro, no Rio de Janeiro.
O espaço, totalmente reformado e equipado com tecnologia de ponta, recebeu R$ 21 milhões em investimentos por meio da cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
A iniciativa busca aprofundar o conhecimento sobre a dinâmica de rochas carbonáticas e salinas encontradas em campos petrolíferos, como o de Bacalhau, operado pela própria Equinor.
-
Energisa aponta gás natural como solução energética para data centers no Brasil
-
IBP celebra isenção dos EUA para petróleo e gás brasileiro e destaca importância no comércio bilateral
-
Mega gasoduto de Uberaba de 300 KM impulsionará industrialização no Triângulo Mineiro até 2030
-
Setor energético comemora: Brasil fura bloqueio tarifário e garante acesso total ao mercado americano
A parceria entre a universidade e a multinacional norueguesa promete transformar a forma como são conduzidas as operações no pré-sal, combinando conhecimento técnico e experiências internacionais.
Equipamentos de ponta vão simular condições extremas do pré-sal
O novo laboratório da PUC-Rio, com apoio da Equinor, passa a contar com uma prensa triaxial customizada, capaz de simular diferentes pressões e temperaturas.
Essa tecnologia permitirá a realização de testes em amostras reais de rochas do pré-sal, coletadas no campo de Bacalhau, o primeiro da camada a ser operado por uma empresa estrangeira.
Esses ensaios visam prever como os reservatórios de petróleo se comportam durante os processos de produção e injeção, contribuindo para a segurança e eficiência das operações offshore.
Segundo a Equinor, esses dados serão essenciais para otimizar o desempenho dos poços e aumentar a vida útil dos campos.
Intercâmbio técnico entre Equinor e PUC-Rio fortalece inovação no setor
Além dos testes laboratoriais, o projeto se destaca pela troca de conhecimento entre profissionais da Equinor e pesquisadores da PUC-Rio.
Equipes multidisciplinares do Brasil e da Noruega atuarão juntas para ampliar o banco de dados sobre as rochas do pré-sal e refinar as modelagens geomecânicas, como as análises de estabilidade de poços.
“O novo laboratório e a linha de pesquisa serão, sem dúvidas, muito importantes para nossas operações no pré-sal. Estamos contribuindo com a pesquisa por
meio de amostras e dados de campo, além de intercâmbio de experiências entre a universidade e a Equinor”, afirmou Andrea Achoa, gerente de PD&I da Equinor Brasil.
Equinor amplia atuação em energia e inovação no Brasil
Além da parceria com a PUC-Rio, a ANP autorizou nesta semana mais de R$ 120 milhões em projetos de PD&I em diversas instituições. A Petrobras, por exemplo, vai investir R$ 10 milhões em outro laboratório da universidade carioca e R$ 1,5 milhão na Unicamp.
Já um projeto do Senai/Cimatec da Bahia receberá aportes de R$ 72,3 milhões com participação de empresas como TotalEnergies, Shell Brasil e CNODC Brasil. A Petrobras também recebeu sinal verde para aplicar R$ 36,2 milhões em infraestrutura do Cenpes, seu centro de pesquisas.
Presente no Brasil com diversos projetos, a Equinor mantém cerca de 38 iniciativas de PD&I em andamento, com investimentos que já somam R$ 640 milhões. Além de Bacalhau, a empresa é operadora do campo de Raia, na Bacia de Campos, e tem participação no campo de Roncador, operado pela Petrobras.
No setor de energias renováveis, a Equinor também marca presença com os complexos solares Apodi e Mendubim. Em 2023, a companhia reforçou sua posição no mercado ao adquirir a Rio Energy, responsável pelo complexo híbrido Serra da Babilônia.