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Kerui Método atrasa pagamento e equipamentos do Comperj ficam parados no Porto do Rio

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 12/06/2020 às 16:13
Kerui Método atrasa pagamento e equipamentos do Comperj ficam parados no Porto do Rio
Kerui Método atrasa pagamento e equipamentos do Comperj ficam parados no Porto do Rio

Estruturas da UPGN, do Comperj estão parados no Porto do Rio. Empresa responsável pelo transporte “segura” equipamento por falta de pagamento

Com mais de 50 dias paradas no Porto do Rio de Janeiro, as Estruturas modulares da unidade de processamento de gás natural (UPGN) do Comperj estão retidas por falta de pagamento. Comperj: Petrobras adota testagem para Covid-19 em mais de 4 mil trabalhadores das obras do GasLub, em Itaboraí

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De acordo com informações dada ao Petróleo Hoje, o Consórcio Kerui Método (KM) – responsável pelas obras no Comperj, em Itaboraí (RJ), não pagou a empresa de logística responsável pelo transporte, via balsas, dos equipamentos.

As obras foram reduzida no Comperj, com a pandemia, não só a Petrobras mas todas as petroleiras vão tirar o pé do acelerador afetando os empregos em toda a cadeia de fornecedores do setor.

A paralisação das obras da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Comperj pelo consórcio formado pela chinesa Kerui e pela brasileira Método Engenharia trará consequências graves na região, podendo acarretar demissão em massa.

No início de maio, carta aos fornecedores da construção da UPGN alertando que o cenário a impediria de cumprir “certas obrigações” e que, por isso, negociaria o reagendamento de pagamentos.

Na carta enviada aos fornecedores, Kerui responsabiliza a pandemia e preocupou as empresas brasileiras que participam do projeto de construção da UPGN, fornecendo equipamentos e serviços além de apavorar as companhias nacionais que já são credoras da obra.

Segundo a Kerui, o consórcio vai priorizar o pagamento das empresas fornecedoras chinesas e estrangeiras. Um novo baque deste tipo pode significar a falência destas empresas brasileiras, o agravamento do desemprego.

Sem a entrega dos equipamentos, gera-se uma espécie de “bola de neve”, já que, sem sua chegada ao Comperj, a Petrobras não faz a medição e, com isso, não libera os pagamentos ao Kerui.

O Projeto Integrado Rota 3 vai disponibilizar a terceira rota de escoamento para o gás natural do pré-sal. O projeto é composto pela Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) que terá capacidade de processar até 21 milhões de m³ por dia. Além da UPGN, o projeto contempla a construção de um gasoduto com aproximadamente 355 km de extensão total, sendo 307 km de trecho marítimo – já construído – e 48 km de trecho terrestre, que está em construção, e escoará o gás natural do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos até a UPGN.

Andamento das obras no Comperj

A Petrobras divulgou em comunicado informando que a Prefeitura Municipal de Itaboraí autorizou que o contingente de trabalhadores nos canteiros do GasLub fosse aumentado de 30% para 65% do total que atuava antes da pandemia.

A estatal diz que diante da situação, o cronograma das obras será reavaliado, uma vez que, cerca de 2100 trabalhadores permanecem afastados temporariamente das atividades locais, o que representa 35% do contingente que estava mobilizado anteriormente.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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