A Justiça suspendeu a construção da ferrovia de R$ 15 bilhões da Rumo Logística em Mato Grosso, destacando riscos ambientais e sociais. O projeto, que deveria criar 162 mil empregos e facilitar o escoamento de grãos, enfrenta agora um futuro incerto.
Um dos projetos mais ambiciosos de infraestrutura do Brasil, a construção da ferrovia F.A.T.O (Ferrovia Autorizada de Transporte Olacyr de Moraes), sofreu um duro golpe nesta terça-feira (30).
Isso porque a Justiça de Rondonópolis determinou a suspensão imediata das obras, um investimento bilionário que prometia conectar o Mato Grosso a importantes centros logísticos e comerciais.
A decisão foi tomada pela juíza Milene Aparecida Pereira Beltramini, da Terceira Vara Cível de Rondonópolis, e atende a uma ação civil pública movida pela Prefeitura local.
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A ordem judicial destaca que a Rumo Logística, empresa responsável pelo projeto, alterou o traçado original da ferrovia, trazendo-a mais próxima da área urbana sem o devido processo de consulta pública ou avaliação dos impactos ambientais e sociais.
Motivações e consequências da decisão judicial
A modificação no percurso da ferrovia, que agora passaria a uma distância de apenas 40 a 50 metros da área urbana de Rondonópolis, levantou sérias preocupações.
Segundo a Prefeitura e a magistrada, o novo traçado representa um risco significativo para a população local.
“As construções de ferrovias são, normalmente, em locais afastados do perímetro urbano, porquanto os sons emitidos pelas máquinas ocasionam incômodos às pessoas e aos animais”, afirmou a juíza Beltramini.
Ela também destacou que, se a proximidade com uma área militar foi considerada um risco pela empresa, o mesmo cuidado deveria ser aplicado aos residentes da cidade.
Impactos da suspensão da construção da ferrovia
Com o custo estimado entre R$ 14 e R$ 15 bilhões, a suspensão da obra não é apenas um obstáculo financeiro para a Rumo Logística, mas também um desafio logístico para o estado.
O projeto era visto como uma solução vital para o escoamento da produção agrícola e industrial do Mato Grosso, um dos maiores produtores de grãos do país.
Além disso, a expectativa de gerar mais de 160 mil empregos durante a fase de construção agora está em suspenso, impactando a economia local.
A juíza determinou que, antes de qualquer retomada das obras, deve-se realizar uma audiência pública com a população e obter pareceres técnicos dos órgãos ambientais.
A multa diária para o descumprimento da suspensão é de R$ 50 mil, uma quantia significativa que pressiona a Rumo a resolver a situação com celeridade.
Reações e próximos passos
A Rumo Logística, por meio de seu site oficial, destacou a importância do projeto para a infraestrutura do estado e sua disposição em cumprir todas as exigências legais.
A empresa reafirmou seu compromisso com a sustentabilidade e a segurança das operações, mas ainda não divulgou detalhes sobre como planeja responder à decisão judicial.
A suspensão das obras levanta questionamentos sobre o futuro da logística no Mato Grosso e a capacidade do estado de se manter competitivo no cenário nacional e internacional de agronegócios.
Será que a Rumo conseguirá ajustar o projeto para atender às demandas legais e sociais sem comprometer a viabilidade econômica da ferrovia? Deixe sua opinião nos comentários!