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Jericó: a cidade mais antiga do mundo onde as muralhas caíram, mas a história nunca ruiu — 12 mil anos entre guerras, fé, enigmas arqueológicos e curiosidades que desafiam o tempo e a lógica

Escrito por Sara Aquino
Publicado em 12/07/2025 às 06:13
Conheça Jericó, a cidade mais antiga do mundo: 12 mil anos de história, guerras, cultura e curiosidades que desafiam o tempo.
Foto: Divulgação Passagens Promo.
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Conheça Jericó, a cidade mais antiga do mundo: 12 mil anos de história, guerras, cultura e curiosidades que desafiam o tempo.

Enquanto o Brasil abriga cidades que mal passaram das três décadas, como Palmas (TO), um pequeno ponto no Oriente Médio carrega cerca de 12 mil anos de história. Trata-se de Jericó, localizada na Cisjordânia, próxima ao Rio Jordão e ao Mar Morto, considerada por arqueólogos e historiadores como a cidade mais antiga do mundo com ocupação contínua.

A presença humana remonta a cerca de 10.000 a.C., e o local já exibia muros de pedra e estruturas urbanas quando a maioria da humanidade ainda vivia em pequenos grupos nômades.

Além da importância histórica, religiosa e cultural, Jericó também é cenário de conflitos modernos, resultado de décadas de disputas políticas e militares envolvendo Israel e Palestina.

Cidade mais antiga do mundo impressiona arqueólogos

Jericó se destaca entre as grandes descobertas da arqueologia. Situada em um dos pontos mais baixos da superfície terrestre — cerca de 260 metros abaixo do nível do mar —, ela reúne registros de presença humana há cerca de 12 mil anos.

Vestígios encontrados em escavações revelam muralhas de defesa, torres de pedra e ferramentas primitivas, indicando um grau avançado de organização urbana para o período neolítico.

Entre os achados mais emblemáticos está uma torre circular com mais de 8 metros de altura, datada de aproximadamente 8.300 a.C.

História de guerras e resistência ao longo dos séculos

Além de sua antiguidade, Jericó também é marcada por sua capacidade de resistir às guerras e conflitos territoriais que assolaram a região ao longo dos milênios. Camadas sobrepostas de construções revelam as múltiplas civilizações que passaram por ali, cada uma deixando sua marca.

Apesar das destruições, a cidade nunca foi completamente abandonada, o que reforça seu título como a cidade mais antiga do mundo com ocupação contínua. Sua localização estratégica, entre rios e terras férteis, foi um fator essencial para sua longevidade.

Curiosidades que tornam Jericó única

A longevidade de Jericó não é seu único feito. A cidade é mencionada em textos bíblicos, cristãos e islâmicos, incluindo o famoso relato da queda das muralhas no Livro de Josué, quando, segundo a tradição, os israelitas conquistaram a cidade ao som de trombetas.

Hoje, Jericó atrai turistas do mundo todo que buscam explorar suas ruínas milenares e vivenciar o contato com uma das civilizações mais antigas do planeta.

Muitos visitantes relatam a sensação de “voltar no tempo” ao caminhar por ruas que já existiam milênios antes do surgimento de impérios como o Romano ou o Babilônico.

O presente de Jericó ainda é marcado por guerra e ocupação

Apesar de sua herança valiosa, Jericó enfrenta desafios modernos. Desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, a cidade e boa parte da Cisjordânia passaram a ser controladas militarmente por Israel, o que tem gerado diversas tensões e denúncias internacionais.

A cidade está situada na chamada Área A, sob administração da Autoridade Nacional Palestina. No entanto, o entorno permanece cercado por postos de controle militar, assentamentos israelenses e restrições de mobilidade impostas à população local.

A presença militar e a construção de novos assentamentos são consideradas ilegais pelas Nações Unidas e por diversas organizações de direitos humanos.

História viva entre ruínas e conflitos

Jericó é uma cidade que vive entre dois extremos: de um lado, é símbolo da origem da vida urbana; do outro, reflete as feridas abertas pela guerra e pelos conflitos contemporâneos.

Sua trajetória mostra que a história não é apenas feita de conquistas, mas também de resistências.

Para os estudiosos, Jericó representa mais do que ruínas: é um lembrete de como a humanidade evoluiu, enfrentou desafios e lutou por território, cultura e identidade.

E para o povo palestino, ela é símbolo de esperança e resistência diante de uma luta que, infelizmente, ainda não chegou ao fim.

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Sara Aquino

Farmacêutica Generalista e Redatora. Escrevo sobre Empregos, Cursos, Ciência, Tecnologia e Energia. Apaixonada por leitura, escrita e música.

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